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Undertale – Review

Você alguma vez já pensou em como seria se você não precisasse matar um inimigo ou fugir toda vez que você encontra uma batalha aleatória em um RPG? Provavelmente já, não é mesmo? Pois esta é a proposta de Undertale, um RPG em que ninguém tem que se machucar, se você quiser assim.

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Em Undertale, controlamos um humano que caiu em um buraco e foi parar em uma caverna. Ao acordar, nos encontramos com Flowey, uma florzinha aparentemente simpática que explica um pouco do lugar em que estamos, e até se oferece para nos ensinar como tudo funciona. Porém, ela nos ataca e diz que no lugar onde estamos, compaixão não existe e que é matar ou morrer. Entretanto, antes de sermos mortos pela flor, ela é acertada por uma magia e desaparece. Eis que surge Toriel, uma mulher-cabra bastante amigável, que explica que estamos em um lugar chamado Subterrâneo, que é repleto de monstros, mas esses monstros não querem lutar, pelo menos a grande maioria deles. Toriel diz que não precisamos lutar caso encontremos com um inimigo durante nossa passagem pelo subterrâneo, e que podemos ser piedosos e poupar a criatura. E é aí que o ponto-chave do jogo é introduzido.

Exatamente como Toriel disse, a maioria dos monstros que encontramos não querem lutar, e você não precisa atacá-los se não quiser. Você pode ajudá-los a resolver seus problemas, e quando isso é feito, a batalha acaba. O sistema de batalha é bastante simples, temos quatro Menus principais, atacar, agir, itens e poupar. Quando encontramos com um monstro, podemos selecionar a opção agir, e você pode escolher entre algumas ações para ajudar o inimigo em questão. Um dos inimigos, por exemplo, é um alce que está enfurecido por ter diversos itens presos nos seus chifres. Você pode ajudá-lo retirando os itens para acalmá-lo, ou colocar mais coisas para enfurecê-lo ainda mais. Você é totalmente livre para fazer o que quiser com os monstros que encontrar, inclusive matá-los.

Porém o jogo não se resume somente a isso. Entre as suas ações, os monstros lhe atacarão e um mini-game começará. Nele, nós controlamos um coração e temos que desviar de tudo que é desviado em nós, como se fosse um Touhou da vida. Os ataques variam de inimigo para inimigo, e cada um deles tem pelo menos dois tipos de ataques. E se você encontrar dois monstros ao mesmo tempo, você terá que desviar dos ataques dos dois ao mesmo tempo, mas fique tranquilo, é mais fácil (e divertido) do que parece. A dificuldade do jogo aumenta gradativamente conforme você se acostuma com ela, e o jogo sempre dá um jeito de introduzir algo novo nas batalhas, principalmente nas contra chefes. É bom você estar preparado, porque os chefes do jogo são bem difíceis e talvez te matem algumas vezes, até você decorar os seus ataques.

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Tenha cuidado para não estragar seu Save matando alguém acidentalmente caso você opte por terminá-lo pacificamente. Preste bastante atenção em todas as mensagens de tutoriais que você receber, para não repetir o mesmo erro que eu, que acabei matando um dos personagens chaves do jogo por não ter lido direito os tutoriais, coisa que comprometeu o meu gameplay e me fez terminar o jogo duas vezes.

Por mais que Undertale seja um RPG em que ninguém tem que se machucar, você é livre para atacar e matar qualquer criatura que encontrar. Mas o que isso muda no jogo? Primeiramente, você não ganha XP ao poupar os inimigos, então se você quiser terminar o jogo sem matar ninguém, você vai ter que fazer isso no nível 1. Outro ponto importante é o tratamento que recebemos pelos NPCs do subterrâneo, que muda completamente dependendo do modo que estivermos jogando. Podemos ser tratados como um dos monstros e ser bem-vindos nas cidades, assim como podemos ser tratados como algo pior do que os monstros caso matemos todos os inimigos que encontrarmos, algo que nós realmente somos: Humanos.

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O próprio jogo também muda com a forma como jogamos, ele pode ser um jogo agradável, que nos faz querer continuar jogando para encontrar mais personagens carismáticos e engraçados, como também pode ser um jogo com um clima pesado, que constantemente nos faz pensar em como o que estamos fazendo é errado, e se realmente vale a pena fazer isso. Tudo isso de uma maneira extremamente bem executada e com um gameplay divertidíssimo.

Graficamente, o jogo é um tanto quanto diferente. A arte do jogo é algo bem fora do comum e demora um pouco até se acostumar com ela, o que pode afastar alguns jogadores. A trilha sonora do jogo é incrível, todas as músicas combinam perfeitamente bem com o momento e o personagem que estamos enfrentando, com músicas que grudam na cabeça e te fazem comprar a trilha sonora do jogo só para poder ouvi-las em Loop.

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Undertale é um ótimo jogo para quebrar a monotonia dos jogos atuais, e proporcionar boas risadas (ou um sentimento de culpa fortíssimo) ao jogador e mesmo tendo um estilo gráfico fora do comum, ele recompensa os jogadores que continuam jogando com uma experiência memorável e única.

Resumo para os preguiçosos

Undertale é um RPG diferente de tudo o que você já viu, com uma proposta e um gameplay inovador dentro de um universo muito bem criado com personagens carismáticos e repletos de humor. Ou pode ser o contrário disso, com personagens desprezando ou fugindo de medo de você, pelas atitudes que você toma. Porém independente do caminho que você escolher, a diversão do jogo não muda.

Nota final

90
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Sistema de batalhas inovador, divertido e desafiador
  • Todo o universo do jogo muda conforme escolhemos o caminho que queremos seguir
  • Personagens carismáticos e inesquecíveis
  • Trilha sonora impecável

Contras

  • Gráficos  “diferentes”, podendo afastar os jogadores que se deixam levar por este fator.
  • A primeira área do jogo também pode afastar alguns jogadores, pois é um lugar grande com o mesmo esquema de cores e salas praticamente iguais.
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David Brito
David Britohttp://criticalhits.com.br
Fã de Roguelikes e J-RPGs, David passa a maior parte do seu tempo livre testando novos jogos e lembrando a todos o quanto ele ama a franquia Persona.