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Tomb Raider – Review

Lara Croft foi provavelmente o personagem feminino mais influente da história dos games, e deve isso a dois motivos, um bom, por ter sido um excelente jogo de ação para a geração do PlayStation, e outro não tão bom assim, por ser dois peitos gigantescos e triangulares em ação. Líder de uma “revolução feminina” onde as curvas começaram a saltar nos personagens, Lara acabou perdendo espaço conforme os anos foram passado e, quando parecia que a série não tinha mais futuro, a Square Enix decidiu jogar tudo no lixo e começar do zero, algo que provavelmente foi a decisão mais acertada da companhia para a personagem.

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Tomb Raider começa com uma Lara Croft muito mais jovem do que a experiente arqueóloga que comandava a ação nos jogos dos anos 90. Aqui, você é uma garota de 21 anos que não tem nada demais, exceto por um grande conhecimento de arqueologia e a vontade de fazer uma grande descoberta. Pena que tudo, literalmente tudo, dá errado já no começo do jogo. Seu navio acaba se partindo em dois e afundando após uma grande tempestade, seus amigos desaparecem e você é sequestrada por nativos estranhos. Está bom pra você? Que nada, que tal cair em cheio num espeto no chão logo no começo do jogo, algo que foi o suficiente para tirar Joel, de The Last of Us de ação por um bom tempo? Então, é aí que começamos.

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O jogo inicia-se exatamente assim, com tensão aos montes, você deve sair de uma caverna que era usada para sacrifícios e que está para desmoronar, porque algum idiota resolveu explodir dinamite dentro dela. Bobeou por um estante? Morreu! Sim, a ação é incessante e os mais desatentos acabam morrendo várias vezes até concluir algumas partes do jogo, como essa do início.

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Terminado esse batismo quase que de fogo, você realmente começa a aventura e é aí que começamos o review de fato. Tomb Raider apresenta nessa nova encarnação um esquema de jogo diferente do clássico. Aqui você vai fazer menos piruetas e se concentrar mais em correr e atirar. O jogo alterna momentos de ação com momentos de furtividade, além da coleta de tesouros pelo mapa, que varia de intensidade de área para área e que está muito bem distribuída entre as mais diversas áreas do game.

Em Tomb Raider, você vai se preocupar muito mais em enfrentar inimigos humanos do que qualquer tipo de força da natureza. Para isso, você tem à sua disposição uma série de armas, como uma pistola, uma metralhadora antiga, uma picareta de escalada e até um arco e flecha, nova arma característica de Lara Croft, pelo menos nesse novo jogo.

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Dependendo da situação, cada uma dessas armas acaba sendo mais útil, já que às vezes vale mais a pena ser furtivo e não atrair um bando de inimigos para cima de você e às vezes vale mais a pena explodir todo mundo, o que acaba obrigando você a não se acostumar apenas com uma forma de combate, que é bastante sólido, aliás.

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Quanto aos inimigos humanos, a variação não é tão grande assim, há o cara da pistola, o cara da metralhadora, o cara que joga granadas, o cara que usa um facão e um escudo e por aí vai. Depois de algum tempo, você já enfrentou todos eles e o máximo que o jogo faz para aumentar a sua dificuldade é posicioná-los em locais diferentes ou jogar mais deles contra você, o que não é lá muito legal, já que mais inimigos acaba sendo apelação em certos momentos.

A história do jogo é apresentada, na verdade, após esse naufrágio original. Você está a procura do Yamatai, uma espécie de civilização japonesa perdida há muito tempo, que era controlada por uma rainha de nome Himiko. Essa civilização acaba sendo encontrada por Lara e sua equipe, mas uma das integrantes dela, e amiga pessoal de Lara, Sam, acaba sendo sequestrada pelos nativos, que acham que ela pode ser a próxima encarnação de Himiko.

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Para completar as coisas, você está preso dentro da ilha, pois ela meio que é amaldiçoada por Himiko, que não deixa ninguém sair de lá. O enredo em si não é nada de grandioso, para falar a verdade, e tem até alguns clichês bem previsíveis que eu não vou entregar aqui para não acabar com a graça dele, mas é uma boa história de “nascimento” da heroína, e certamente está longe de ser ruim.

No departamento gráfico, Tomb Raider exibe belos visuais, tanto dos personagens quanto dos ambientes. Algo que eu achei bem legal neles são as destruições de cenários, tanto em construções quanto cavernas, algo que não é tão frequente assim nessa geração de consoles.

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Já a trilha sonora do jogo é um tanto engraçada. Ou melhor, os efeitos sonoros do jogo são engraçados, já que o começo do jogo parece mais um filme pornô com todos os gritos e gemidos que Lara dá. Eu aconselho a vocês jogarem as primeiras horas do jogo com um fone de ouvido, a menos que não tenham problema de alguém vir ver o que diabos você está fazendo para gerar esses sons.

Tomb Raider ainda oferece uma boa quantidade de extras além da história principal. Como uma evolução da série, você agora ganha níveis de experiência a completar as mais diferentes tarefas, como as da história principal e side quests, além de explorar tumbas (daí o nome do jogo, afinal) e coletar tesouros.

Esses pontos de experiência servem para você aprender novas habilidades para Lara Croft, como saber onde os tesouros de cada mapa estão, ganhar mais experiência, encontrar mais loot etc. Depois de algum tempo, a sua vida vai ficar bem mais fácil com todos os níveis que Lara ganha, então é uma boa fazer um ou dois extras de vez em quando.

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Além disso, você ainda pode melhorar suas armas e acessórios, como a picareta de escalada, basta encontrar “salvage” um item que serve para adicionar upgrades. Cada arma tem um certo número de upgrades que pode ser adicionado para as mais diferentes funções, como aumento da precisão, habilidade extra, balas explosivas, que ateiam fogo e por aí vai, transformando você num tanque de guerra pronto para parar um exército no fim do jogo.

Resumo para os preguiçosos

Tomb Raider foi um dos melhores reboots desse ano. O jogo apresenta belos visuais, uma Lara Croft mais humana e jogabilidade sólida. Se você ainda não teve a oportunidade de jogar, aproveite essa Black Friday e compre o jogo, pois ele é indicado mesmo para quem não era lá muito fã da série.

Nota final

90
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Belos visuais
  • Lara Croft definitivamente precisava de um reboot
  • Alternância entre ação e stealth na medida certa

Contras

  • Falta de variação dos inimigos, principalmente no final
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.