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Titanfall – Review

Titanfall finalmente chegou, e com uma grande missão: mostrar o que a próxima geração tem a oferecer para o gênero de tiro em primeira pessoa. Com a adição de robôs gigantes ao tiroteio e uma mistura que coloca um pouco de Battlefield, Call of Duty e clássicos como Unreal e Quake, ele é a força nova que o gênero estava precisando, ainda que tenha seus problemas.

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Em Titanfall, você controla ou a Milícia ou o IMC, dois grupos que estão lutando por alguma coisa que você realmente não vai entender o que é, porque o jogo não tem bem uma história. Na verdade tem, mas é um pretexto tão bom para trocar tiros quanto o que os EUA usou para invadir o Iraque: petróleo.

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No jogo, você participa de uma das facções que estão lutando pelas fontes de combustível restantes no sistema planetário onde o game se passa. Como eu disse antes, isso é só um pretexto para ter dois grupos se antagonizando, já que Titanfall é exclusivamente multiplayer, inclusive na campanha.

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O jogo começa te ensinando as mecânicas básicas de como lutar, e você logo vai perceber que ele lembra um pouco Call of Duty no início, mas essa impressão passa logo. Você pode dar dois pulos graças a um jetpack que cada piloto carrega, você pode fazer parkour pelas paredes inclusive pulando de parede em parede várias vezes, você pode ficar invisível, além de diversas outras adições muito bem-vindas à ação.

O prato principal, porém, de Titanfall, é poder controlar um Titan. Os robôs gigantes são quase que uma extensão do corpo do jogador, e o combate deles envolve muito mais estratégia do que músculos, já que você deve recuar e avançar a todo momento, e aproveitar as brechas dadas pelo inimigo.

Felizmente, o jogo não deixou o combate desproporcional entre humanos e robôs, já que, apesar de sua fragilidade comparada com a de um robô de aço de vários metros de altura, um piloto bem treinado consegue derrubar um robô sem grandes problemas, mesmo que esteja sozinho. Outro ponto importante é que eles não estão disponíveis de início na maioria dos modos, e você só pode invocar o seu após uma contagem regressiva, que é acelerada se você cumpre certos objetivos, como matar inimigos, manter pontos de defesa, capturar pontos etc.

Como eu havia dito no começo, o combate do jogo parece mais uma mistura de vários jogos que definiram o gênero por décadas. Ele tem um ritmo de uma partida de Unreal e Quake, com a jogabilidade que lembra um pouco a de Call of Duty e com os mapas imensos e povoados de Battlefield, e o resultado disso é muito divertido.

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O combate inteiro é bastante natural e super fluído, você enfrenta inimigos (outros pilotos ou soldados controlados pela inteligência artificial), morre, nasce de novo e assim vai. Pode parecer simples e até uma “cópia de Call of Duty com robôs”, mas Titanfall é muito mais do que isso. O jogo realmente brilha no combate, e faz a partida não tornar-se frustrante mesmo para os jogadores menos habilidosos do gênero, já que há muitas manerias de se combater os inimigos, o que te dá margem para descobrir qual a sua forma favorita de combate e adotá-la.

Uma novidade interessante em Titanfall também são as Burn Cards (mais sobre elas aqui no nosso guia). Esse sistema te permite carregar até três bônus pro campo de batalha, que podem ser ativados um de cada vez dando uma arma mais potente que a tradicional, um “sentido aranha” (que te informa se tem algum inimigo por perto), um jetpack mais poderoso etc. As cartas são ganhas ao se matar pilotos e ao concluir desafios, e podem acabar mudando o rumo da batalha. Apesar disso, elas estão longe de causar um desequilíbrio na partida.

O jogo traz modos de combate clássicos dos jogos de tiro, como Team Deathmatch (aqui chamado de Atrition), Capture the Flag e Domination. Além desses, há três modos exclusivos do jogo: Last Titan Standing, onde todo mundo começa com um Titan, não há respawn e vence quem sobreviver por último, Pilot Hunter, um combate onde só ganha pontos quem matar outros pilotos e o Variety Pack, uma modalidade onde cada uma das outras descritas acima é selecionada aleatoriamente a cada partida.

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Além dos modos de combate, Titanfall ainda tem um bom sistema de progressão de nível e desbloqueio de habilidades, mas que só destrava parte de tudo o que o jogo tem a oferecer. O resto é feito com desafios, que variam de matar inimigos com uma certa arma (para liberar melhoras para ela) a jogar um número X de partidas com certa marca de Titan.

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Todos os combates são desempenhados em 15 mapas, que, apesar de um parecer com o outro, apresentam algumas peculiaridades que vão fazer você se surpreender em combate, como certas plataformas que fazem você andar inclinado e coisas do tipo.

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Titanfall conta com belos gráficos, que, apesar de não fazerem o queixo de ninguém cair, cumprem muito bem o papel do jogo. Apesar das críticas quanto à resolução do jogo, o combate é muito bem fluído e não há um slowdown sequer, algo que seria bem chato num FPS multiplayer online.  O departamento sonoro em Titanfall cumpre bem o papel do jogo, com dublagens bem executadas e efeitos sonoros do calibre que se espera dum título desse porte.

Resumo para os preguiçosos

Titanfall reúne a mistura de diversos clássicos dos jogos de tiro em primeira pessoa e cumpre muito bem o papel de apresentar uma alternativa aos que estão cansados dos títulos de sempre. O jogo é divertido, muito fluído e dá a oportunidade a você escolher um estilo de combate próprio, além de mostrar do que a próxima geração é capaz.

Nota final

95
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Combate muito divertido e bem executado
  • Datacenter no Brasil, minimizando a possibilidade de lag
  • Controlar um Titan é uma experiência única

Contras

  • Falta de um modo história de verdade
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.