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The Walking Dead – Review

Tristeza. Nenhuma outra palavra define melhor este jogo. Tia Martha disse que jogo não é cultura. The Walking Dead me passou uma tristeza que nenhuma peça de teatro já me passou na vida. E olha que eu sou ator de teatro, aqui em Porto Alegre (apesar de só fazer comédia). O jogo é uma história, e uma história de tristeza.

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Pra não dizer que passei batido pelos pontos técnicos do jogo, vou falar rapidamente sobre esta parte menos importante. Os gráficos cartunizados são bons. São tão bem desenhados que parecem ter sido retirados direto de histórias em quadrinho e colocados no computador. No começo do jogo, dentro do carro de polícia, a estrada ficou muito vazia e a cidade é muito cinza em volta. Foi a única parte que não gostei muito. Mas o principal objetivo do gráfico nesse jogo é a expressão facial de cada personagem. A expressão diz tudo no rosto de cada um.

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O som é bom. Não lembro de músicas, sinceramente. Talvez o jogo tenha uma trilha sonora de fundo, porém não me lembro de ter prestado atenção. As vozes são muito bem trabalhadas, cada personagem é verdadeiramente único, mais único do que na obra prima dos NPC’s Mass Effect. Os momentos de exaltação são retratados por gritos, os momentos de tristeza por quase sussuros.

A jogabilidade não tem muito o que se dizer. O jogo até te oferece um “modo hard”, onde não aparecem as bolinhas brancas indicando onde clicar e sem te dar um feedback de que consequência a tua ação causou. Porém fica claro que o mais importante é a história. Em alguns momentos temos que realizar quick time events, que são bastante fáceis de se concluir, sem precisar destruir nenhum botão. As poucas cenas de tiro não contam se tu é um expert de Call of Duty. É só atirar e matou, não importa se tu mirou um head shot ou se tentou só um tiro no pé. Aqui não conta a habilidade, só o terror de estar numa situação de vida ou morte.

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A história é triste. Sim, eu já disse isso umas 3 ou 4 vezes no texto, mas não importa quantas vezes eu repetir, nunca vou conseguir explicar o quão triste é o jogo. Eu particularmente não consigo gostar de seriados de TV. Acho legal a história, mas me dá uma agonia ficar parado, sem apertar nenhum botão, sem interagir em nada, sem deixar a MINHA marca na história. Walking Dead me deu exatamente o que eu queria: eu tinha controle TOTAL sobre a história. Eu que decidia apoiar Kenny ou Lilly. Eu que decidia falar pra Doug sobre o irmão de Lee ou não. E, mais importante de tudo, eu que decidia tomar conta de Clementine ou não.

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A minha dica pra quem vai jogar é: não se apegue à NINGUÉM. No momento que eu estava gostado de um personagem X, ele tinha que ir embora ajudar um amigo, tinha que ficar pra trás pra cuidar de outros assuntos…ou morria. A maioria morreu. O único resquício de esperança que restou na minha mente depois de jogar este jogo foi Clementine. Esta garotinha nos cativa de um jeito quase único. Dizem que Elizabeth, de Bioshock Infinite cativa tanto os jogadores quanto ela, porém ainda não joguei este outro título. Ela vai entrar na mente, encantar todo mundo e mudar a cabeça de quem jogar.

Esse foi um jogo único, nunca tinha jogado nada parecido. Mais que um jogo, é uma história, da qual o controle todo depende do que escolhemos falar e fazer. E o sentimento de arrependimento (“Puxa, devia ter dito isso lá atrás”) é aterrador. Não sei se algumas coisas simplesmente tinham que acontecer ou se tinha algo que eu podia fazer pra os capítulos terem se desenrolado de uma forma diferente. Terei que jogar de novo pra saber. Dessa vez seguindo meus próprios conselhos: não se apegar em nenhum personagem.

Resumo para os preguiçosos

The Walking Dead é um jogo que todos devem jogar pelo menos uma vez na vida. Ele apresenta uma jogabilidade simples com escolha de diálogos e ações que trazem consequências durante todo o jogo. Sua história é maravilhosa e os personagens são tão carismáticos que é impossível não ficar pra baixo quando um deles morre – e acredite, vários deles morrem.

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Nota final

100
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Gráficos lindos que lembram histórias em quadrinhos
  • História muito bem escrita
  • Escolhas importam
  • Atinge os jogadores de maneira única

Contras

  • Não há
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