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The Raven: Legacy of a Master Thief – Review

The Raven é um adventure point & click separado em 3 capítulos: o primeiro é Legacy of a master Thief, o segundo é Ancestry of Lies e o terceiro A Murder of Ravens feito pela King Art Games, que ficou conhecida pelo sucesso de The Book of Unwritten Tales. O jogo conta sua história nos anos 60, pela visão do policial suíço Anton Jakob Zellner, e é baseado nos romances policiais da época, contando até com uma personagem da rainha dos romances policiais, Agatha Christie.

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  • Nome: The Raven: Legacy of a Master Thief
  • Plataforma: PC, Mac, Linux
  • Desenvolvedora/Publisher: KING Art/Nordic Games
  • Lançamento: 23 de julho de 2013

Um famoso ladrão domina todos os grandes roubos da Europa, até que o detetive francês Nicolas Legrand supostamente o mata e acaba com o seu reinado no mundo do crime. Porém, em 64, um dos “Olhos da Esfinge”, os dois rubis mais caros do mundo, é roubado por um ladrão oculto. Alguns afirmam ser o próprio Raven de volta a ação, outros acreditam ser um novo discípulo do antigo ladrão lendário, uma vez que o modus operandi não é o mesmo. O jovem Legrand, que ganhou muita fama após pegar o lendário Raven, é escolhido para escoltar o outro rubi que sobrou até a cidade de Cairo, no Egito, onde os dois Olhos seriam expostos. Legrand fica sem ter certeza se matou o “verdadeiro” Raven ou um impostor, e acaba ficando louco em sua obsessão por descobrir a verdade. É aí que o policial Zellner entra em ação, de metido mesmo, para investigar com maior lucidez o caso.

O jogo tem uma fotografia, uma história e uma trilha sonora dignas de cinema. O jogo começa com uma cena de um trem atravessando a Europa, enquanto os créditos vão passando, o nome do jogo vai aparecendo e uma música simplesmente fantástica vai tocando. A cena inicial te dá o clima necessário pra se envolver na história, dando a verdadeira impressão de estarmos assistindo um filme no cinema.

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Cada personagem tem sua história, suas características, e elas são exploradas a fundo. A dublagem perfeita dos atores ajuda mundo a prestar atenção em cada pedacinho da história de cada um, apesar de a sincronia com a boca dos personagens não ser muito boa. Além disso dá pra passar as conversas com um simples toque do mouse, o que às vezes é bom, quando já passamos por aquela parte e estamos repetindo, ou quando já lemos o texto nas legendas e não queremos esperar o personagem terminar de dar a fala. Mas tem o outro lado da moeda, de que a gente presta atenção muito menos na ótima dublagem, ficando um jogo mais corrido e quebrando a ideia de estarmos assistindo uma história interessante, nos lembrando que estamos num jogo de videogame, focando mais na ação. Sem contar que eu apertei pra passar muita conversa sem querer, apertando o mouse por acidente (sim, sou retardado, fazer o que?).

Os gráficos do jogo me dão uma certa agonia. Conforme vamos jogando vamos liberando artes conceituais e outros desenhos e modelos do jogo. Em alguns desses modelos e desenhos dá pra ver que eles não quiseram deixar os gráficos muito infantis, como um desenho animado, mas também não quiseram deixar muito sério, chato, então escolheram um meio termo. Mas ficou um tanto quanto bizarro. Os personagens parecem bonecos infláveis, sem contar que às vezes o jogo dá um glitch que mostra os dentes deles por cima da boca.

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Aliás, eu sofri bastante com os bugs do jogo. Em determinados momentos, mandava Zellner falar com alguém. Ele chegava, falava e ficava num vácuo de uns 5 segundos até o outro personagem responder, todo travado. Em outras partes, mandava ele andar pra algum lugar e ele simplesmente sumia do jogo, tinha que reiniciar tudo de novo.

A jogabilidade é bem travada e relativamente ruim. Em algumas salas que entramos a câmera pega um ângulo que mostra toda a sala e, assim, todas as opções dela. Mas em alguns momentos a câmera não consegue mostrar tudo, e aí ficamos horas girando, procurando algo de interessante numa sala, sem saber que tinha mais um pedacinho que só aparecia se andássemos até lá. Além disso, pra passar pra outras salas às vezes aparece o ícone de uma maçaneta, mas às vezes não.

Dentro do navio, quando ele se solta da cadeira, demorei muito pra conseguir sair dali de trás e voltar pra escada. Sem contar que alguns itens ficam atrás de outros elementos do cenário, às vezes. Daí só pedindo ajuda pros universitários, mesmo: o jogo tem um sistema de dicas. Apertando a barra de espaço o jogo te mostra todos os elementos “clicáveis” da sala, marcando com um lupa. Isso consome alguns pontos, que são adquirindo avançando na história. Porém tu ganha tantos pontos durante o jogo, que eles são praticamente infinitos, pode pedir ajuda sem medo. Além dos elementos do espaço, no caderno de anotações dá pra pedir dicas pro jogo pra ter uma ideia de por onde começar a resolver o caso.

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O caderno é outra parte legal do jogo. Tudo que acontece fica anotado lá, é bom pra entender ainda mais da história do jogo, com informações extras de cada personagem, segredos e várias dicas de pra onde ir.

Além de clicar pelo cenário e juntar elementos pra destravar coisas, tem também os diálogos. Porém eles me pareceram bem clichês e sem importância. Não importa qual opção tu escolher, depois que o personagem te responder tua pergunta, tu pode fazer a outra que tu não escolheu, até não ter mais assunto. Não faz diferença nenhuma sobre o que tu escolhe falar, no fim tu vai ter que usar todas as alternativas, mesmo.
Além da história principal (saber quem é o Raven), tem várias side quests, por assim dizer.

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No primeiro capítulo, por exemplo, eu não consegui descobrir quem havia roubado a bolsa da baronesa. Não sei o quanto isso influenciaria na minha história, talvez algo tivesse saído diferente. No fim a jogabilidade travada, cheia de bugs, repetitiva e sem muito poder de decisão do jogador acaba te deixando meio sem vontade de continuar. Digo, os quebra-cabeças são realmente difíceis (passei horas tentando fazer a tocha com o pé de cadeira, a cortina e a vodca, até eu descobrir que tinha que esfregar a cortina na roda do trem, pra sujar de óleo), porém se compararmos com The Walking Dead, Deponia ou Monkey Island, The Raven ainda tá muuuito longe.

No fim, a história é muito boa, digna de cinema, mas a jogabilidade incomoda demais, sendo incompatível com a história excelente. Os point & click’s estão de volta, porém a Telltale ainda é a dona do gênero no mercado, e fica difícil outras séries virem “se meter” quando temos jogos tão bons pra compararmos.

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Nota final

50
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

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Contras

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