Tails of Iron 2: Whiskers of Winter é um jogo onde você controle o jovem ratinho Arlo, filho do Guardião do Norte, que acaba sendo invadido pelos Asas Negras, um clã de morcegos que tem como objetivo subjugar todas as outras raças de monstros. Após ver a morte do próprio pai e de diversos companheiros queridos, Arlo parte em busca de vingança e de acabar com essa ameaça que paira sobre o mundo, mas será que ele vai conseguir? E será que este jogo vale a pena?
O jogo funciona com um sistema de combate que parece um soulslike 2D assim como o seu antecessor. Nele, você tem ataque médio e forte, defesa, parry, esquiva, ataque de longa distância e magias, além de um frasco mágico de cura. Como o jogo é bidimensional, todos esses movimentos são feitos num plano, e apesar de parecer pouco, o jogo acaba tendo um combate bastante dinâmico e que vai fazer você ir ficando cada vez mais proficiente nele conforme avança no jogo e vai enfrentando inimigos cada vez mais completos.
Uma das minhas reclamações principais de Tails of Iron 2: Whiskers of Winter é sobre a curva de dificuldade do jogo. O começo do jogo é brutal de difícil, e eu admito que senti muita vontade de largá-lo justamnete no primeiro chefe de verdade do game, já que eu acabei levando quase duas horas para derrotá-lo, e isso acabou envolvendo eu passar uma noite, deixar o jogo “descansando” na minha cabeça e jogá-lo no dia seguinte, mais tranquilo, e aí conseguir vencer na primeira ou na segunda tentativa, algo que também aconteceu em algumas das minhas jornadas em soulslike.
Depois desse começo, Arlo parte numa jornada pelos diferentes assentamentos do mundo, onde você ajuda outras criaturas de rasças como Águas e Sapos a resolverem seus problemas e também enfrentar os Asas Negras em busca de aliados para o grande combate final do jogo.
Nesses locais, novamente você vai enfrentar novos desafios com outros inimigos que também vão dar trabalho a princípio, mas conforme o jogo avança, você vai desbloqueando novos equipamentos e habilidades que vão facilitando cada vez mais a sua vida. No momento em que você desbloqueia o segundo e principalmente o terceiro nível de equipamentos, é impressionante como o jogo fica bem mais fácil.
Antes disso, o seu persoangem às vezes morria em dois golpes. Depois desse momento, há inimigos que praticamente não tiram vida de você, e que antes você precisava medir tudo o que fazia para não ver o seu progresso indo pro espaço por um movimento errado.
Os chefes de Tails of Iron 2: Whiskers of Winter geralmente são versões maiores e com mais movimentos do que os inimigos que você enfrenta normalmente no campo de batalha. Por exemplo, se você enfrentou uma aranha ou uma cobra, por ter certeza que em algum momento você vai acabar enfrentando um chefe versão gigante desses. No geral eles são divertidos de se medir forças, e exceto pelo segundo chefe do jogo (o primeiro após o tutorial) e o chefe final, eu não encontrei grandes dificuldades em derrotá-los.
Além das missões principais do jogo, Tails of Iron 2: Whiskers of Winter também conta com algumas missões opcionais que envolvem caçar chefes e também algumas missões como encontrar um item e entregar para algum NPC em uma parte específica do mapa. Ao todo, eu levei cerca de 11 a 12 horas para completar o jogo, mas certamente teria sido menos tempo se começo dele não tivesse uma dificuldade tão elevada.
Graficamente, Tails of Iron 2: Whiskers of Winter é um belo jogo com um estilo de arte bastante definido, boas animações e criaturas muito bonitinhas e simpáticas. A trilha sonora do jogo também é bem legal e ele conta com legendas em português, e o jogo é narrado por ninguém menos do que Doug Cockle, o mesmo dublador de Geralt em The Witcher 3: Wild Hunt, que colocou toda a personalidade da voz nele na hora de contar o jogo, já que os persoangens dele em si não possuem vozes próprias, apenas ilustrações do que eles estão conversando.
Mas e aí, Tails of Iron 2: Whiskers of Winter vale a pena?
Tails of Iron 2: Whiskers of Winter é um jogo que eu quase desisti de jogar na primeira hora, mas passado esse primeiro muro de dificuldade, o jogo foi ficando cada vez mais divertido e agradável, e eu gostei bastante da minha jornada com Arlo e seus companheiros. Fica a sugestão para quem gosta do gênero Soulslike e procura jogos bidimensionais com essa proposta.
Review elaborado com uma cópia do jogo para PC fornecida pela publisher.
Resumo para os preguiçosos
Tails of Iron 2: Whiskers of Winter apresenta uma experiência desafiadora com combates no estilo soulslike 2D, mantendo a dinâmica de seu antecessor. Os controles incluem ataques variados, parry, esquiva e magias, permitindo um gameplay estratégico em um ambiente bidimensional. O ponto forte do jogo está na progressão do combate, que recompensa a evolução do jogador à medida que ele enfrenta inimigos mais complexos e desbloqueia novos equipamentos e habilidades. Além disso, o estilo artístico único, as boas animações e a narração de Doug Cockle enriquecem a imersão, destacando-se como aspectos que elevam a qualidade do jogo.
Por outro lado, a curva de dificuldade inicial é brutal e pode frustrar jogadores, especialmente nos primeiros chefes, exigindo persistência para superá-los. A progressão, embora recompensadora, torna o jogo mais fácil em estágios avançados, reduzindo o desafio que caracteriza o gênero. As missões opcionais adicionam variedade, mas não se destacam em relação à campanha principal. No geral, o jogo oferece uma jornada envolvente, embora desbalanceada em termos de dificuldade, e proporciona cerca de 12 horas de conteúdo para os fãs do gênero.
Prós
- Bom sistema de combate
- Excelente narração
- Belos gráficos
- Quanto mais você joga, melhor fica
Contras
- A dificuldade inicial é brutal