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Spider-Man – Review

O Homem-Aranha sempre foi um dos super heróis mais bem sucedidos da Marvel, seja nos quadrinhos, seja nos cinemas, seja nos games. Todo mundo tem a lembrança de algum jogo do Aranha ou com o Aranha que marcou sua vida, e o objetivo de Spider-Man, exclusivo de PlayStation 4, não é nada menos do que isso. Será que Peter Parker e a Insomniac conseguem essa missão?

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Em Spider-Man, você controla ninguém menos do que O Homem-Aranha, mas felizmente você não controla só ele no jogo. Spider-Man é um projeto realmente ambicioso da Insomniac onde você vive não só a vida como Homem-Aranha, mas também tem missões como Peter Parker e até mesmo como alguns coadjuvantes do game como Mary Jane Watson e até mesmo Miles Morales.

Essa mudança em relação a outros jogos do Aranha dá uma camada a mais de profundidade no enredo que é bem interessante, afinal de contas, ainda que seja muito legal espancar vilões aqui e ali, não é apenas a isso que se resume a vida do Aranha. Diferente de outros heróis da própria Marvel, um dos principais sub-enredos do Homem-Aranha é a tentativa de conciliar a vida de combate ao crime com o trabalho de verdade dele e também com a própria vida pessoal e relacionamentos dele.

No jogo, você encontra tudo isso, e felizmente é feito de uma forma bem legal. Outra coisa bem legal que Spider-Man faz é simplesmente partir do ponto de partida em que o Homem-Aranha já existe e já possui uma relação pré-estabelecida com a polícia. Ninguém queria ver mais uma história de origem pela bilionésima vez na última década, e a Insomniac tomou a decisão correta em não recontar a história de como Peter Parker transformou-se no Homem-Aranha.

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Obviamente a desenvolvedora não acertou apenas nisso, e, na verdade, Spider-Man é um acerto em cima de outro. É verdade que o jogo adota o template estabelecido pela Rocksteady em Batman-Arkham, mas este jogo está bem longe de ser uma cópia da concorrência. Os sistemas de combate são parecidos? É verdade que são, mas Spider-Man vai bem além disso, não tentando reinventar a roda em cima de um modelo já bem sucedido e sim melhorando-o e adaptando-o da melhor forma possível para o super herói em questão.

Um dos melhores acertos da Insomniac foi na hora de desenvolver o sistema de navegação de Spider-Man. Andar por aí soltando teia pela cidade pode ser meio difícil e desengonçado no começo, mas logo você pega o jeito. É verdade que o Aranha se prende em alguns lugares no começo (por algum motivo, o meu personagem adorava ficar preso nas escadas de incêndio dos prédios) e isso acaba irritando, mas conforme você melhora em lançar teias por aí, isso vai tornando-se um processo natural e realmente divertido (meio que como o Aranha aprendeu a andar pela cidade na primeira trilogia dele, se eu não me engano).

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Como eu havia comentado acima, o sistema de combate de Spider-Man é semelhante ao de Batman Arkham, mas uma versão adaptada para o personagem. Há diversos pontos em comum, e um dos que não é comum me desagradou logo no começo, que era o fato do Aranha não partir automaticamente para um inimigo logo após ele derrotar outro que está longe. Depois de algumas várias lutas eu percebi que ele faz isso caso você aperte o botão Triângulo (ou Web-Strike dentro do jogo). Com isso, ele joga uma teia num adversário e acerta ele com tudo usando o impulso, e fora essa mudança, basicamente o que você verá no combate é uma versão do sistema que você já está careca de saber adaptado para os poderes do aracnídeo.

É verdade que o combate é bem mais rápido do que o do Batman, e que isso meio que não combina com os momentos de stealth do jogo, mas como eles são bem mais simples e fáceis do que os da concorrência, esse ritmo frenético de luta acaba não atrapalhando. Além disso, caso você fure o stealth, não tem problema, é só sentar a porrada nos capangas dos seus inimigos.

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Mas o que você faz exatamente como o Homem-Aranha dentro de Nova York? Bom, o jogo começa com você enfrentando Wilson Fisk, o Rei do Crime. Obviamente você derrota ele, e o enredo do jogo é focado no vácuo de poder que a cidade tem após a queda dele, e na nova ameaça que começa a invadir a cidade e a forçar até mesmo antigos criminosos e conhecidos do Aranha a trabalharem para eles. É verdade que a história não é das mais originais do mundo, e há alguns twists no meio do enredo que você já havia percebido há eras, mas ainda assim o jogo tem uma história bem interessante.

Os personagens também são construídos de forma muito bem trabalhada, e você certamente vai gostar de ver o humor do Homem-Aranha fazendo piadas em situações onde talvez outras pessoas estivessem tensas, Peter Parker tentando fazer malabarismo com trabalho, vida e combate ao crime, Mary Jane tentando descobrir o próximo grande furo para o Daily Buggle (ou Clarin nas edições brasileiras do Aranha, ainda é Clarin né?).

Além do combate ao crime, você ainda tem uma porrada de atividades para fazer em Nova York. Várias delas têm a ver com combater o crime, como acabar com bases do Rei do Crime, ou atender a chamados de crimes no meio da cidade (aliás, isso é algo bem interessante no jogo, você volta e meia vai estar indo para alguma missão e tendo que parar no meio do caminho para deter algum criminoso, semelhante ao que acontece nas histórias do Aranha), procurar pelas antigas mochilas de Peter Parker que estão espalhadas por aí, tirar fotos de monumentos, caçar pombos (é sério) e assim por diante. Há bastante coisa o que fazer no jogo, e ele vai render bem mais do que as 20 horas de campanha prometidas pela produtora.

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Quanto os vilões, o jogo realmente tem uma porrada de vilões conhecidos do universo do Homem Aranha para você enfrentar. Às vezes até parece que o jogo tem vilões demais, e que no final ele acabe acelerando as coisas demais perto do final, mas ainda assim, sempre é melhor ter mais conteúdo do que menos, não é verdade?

Graficamente, Spider-Man é um espetáculo visual bastante competente. O jogo realmente é muito bonito e sem slowdowns. Eu não vou nem comentar a história das poças pois já ficou provado por A + B que o jogo tem gráficos melhores em seu lançamento do que mostrado nos trailers. Em suma, os gráficos do jogo são excelentes.

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A trilha sonora de Spider-Man não é lá das melhores do mundo, e se eu tivesse um ponto fraco do jogo para citar seria a trilha, e só ela. A dublagem de Spider-Man é excelente em seu áudio original, e é uma pena que o jogo não nos deixe usar o áudio original com legendas em português. Na versão dublada em português, os dubladores fizeram um bom trabalho, ainda que haja falas sem sincronia com as bocas dos personagens e alguns NPCs que não tiveram suas falas dubladas.

Mas e aí, Spider-Man (PS4) vale a pena?

Spider-Man é um dos melhores jogos de super herói do mercado. Além de contar com uma campanha vasta e finalmente integrar a vida pessoal de Peter Parker à ação frenética que é ser o Homem Aranha, o jogo traz uma série de missões, colecionáveis e vilões para enfrentar. Definitivamente um dos melhores jogos do ano e mais um exclusivo de peso na conta do PlayStation 4. A Insomniac está de parabéns.

Review elaborado com uma cópia do jogo para PS4 fornecida pela PlayStation do Brasil.

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Resumo para os preguiçosos

Spider-Man é um dos melhores jogos de super herói do mercado. Além de contar com uma campanha vasta e finalmente integrar a vida pessoal de Peter Parker à ação frenética que é ser o Homem Aranha, o jogo traz uma série de missões, colecionáveis e vilões para enfrentar. Definitivamente um dos melhores jogos do ano e mais um exclusivo de peso na conta do PlayStation 4. A Insomniac está de parabéns.

Nota final

95
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Excelente sistema de combate
  • Belos gráficos
  • Enredo muito bem trabalhado
  • O jogo te dá a oportunidade de viver a vida de Peter Parker, que complementa a experiência de ser o Homem Aranha
  • Excelente dublagem

Contras

  • A trilha sonora não é nada demais
  • O stealth do jogo é fácil demais por causa do excesso de velocidade do combate, que acaba não combinando com furtividade
  • Não há a possibilidade de se jogar com áudio em inglês e legendas em português
  • Alguns NPCs não tiveram suas falas dubladas para o português e acabam falando em inglês do nada
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.