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Shovel Knight – Review

Sabe aquele tipo de jogo que te deixa com uma sensação nostálgica e boa ao mesmo tempo? Esse é Shovel Knight. Nostálgica e boa porque nem sempre nostalgia é algo bom, podemos nos lembrar de como era ruim ter que ir na casa da tia para o almoço de domingo e ter que ficar lá com os primos chatos a tarde toda. Aquilo era muito ruim. Shovel Knight, ao contrário, desperta os melhores sentimentos de uma era de jogos que já tem seus bons vinte anos.

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Em Shovel Knight, você contra, obviamente, o próprio Shovel Knight, um cavaleiro que desistiu da vida de aventuras após ter sido separado de sua parceira, a Shield Knight. Sim, Shovel Knight é um jogo que gravita em torno de uma história de amor. Shield Knight e Shovel Knight eram um casal que se aventurava pelo mundo caçando tesouros e tudo mais. Num belo dia, eles encontraram a Tower of Fate e acabaram sendo atingidos por uma magia negra de um amuleto amaldiçoado.

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Quando Shovel Knight acorda da maldição, ele não encontra Shield Knight em nenhum lugar, e acaba decidindo desistir da vida de cavaleiro e retirando-se do mundo, vivendo uma vida triste, um dia após o outro. A Tower of Fate acaba tendo seu selamento quebrado após algum tempo e a Enchantress, vilã do jogo, desperta, trazendo males para o mundo todo. É aí que Shovel Knight decide tirar a pá do armário novamente para combater o mal, na forma da Enchantress e da Order of No Quarter, e é aí que a nossa jornada se inicia.

Shovel Knight é um jogo onde você vai encontrar as melhores características de diversos jogos clássicos da era 8 bits. A paleta de cores é super reduzida, a música é um chiptune que poderia ser tocado pelo NES (apesar de que a qualidade de áudio provavelmente pioraria bastante nesse caso), e a jogabilidade também não apresenta nenhuma novidade em relação ao que já nos é apresentado desde a segunda metade dos anos oitenta, mas é tudo tão bem executado e tão bem feito que Shovel Knight certamente seria um hit do NES e um dos jogos mais bem quistos pelos saudosistas caso ele fosse feito naquela época.

O jogo basicamente funciona como um misto de Castlevania com Super Mario Bros 3 e Mega Man. Você atravessa estágios enfrentando inimigos, passando por checkpoints e chega a um chefão de estágio. Derrotando ele, você pode passar para o próximo conjunto de estágios e desafios. Durante essas fases, é possível pegar dinheiro e descobrir alguns segredos, como magias, partituras musicais e afins.

Algumas fases ficam consideravelmente mais fáceis caso você consiga acesso a uma magia ou outra, mas nenhuma delas chega a ser obrigatória durante o jogo. Tudo pode ser resolvido com um bom golpe de pá no meio das ideias do inimigo, ou vários. Por falar em fases, elas seguem exatamente a mesma estruturados Mega Man clássicos. Há a fase normal, a fase no subsolo, a fase da água (para você se odiar um pouco, pois ela obviamente é repleta de espetos), a fase de gelo (pra você se odiar mais ainda) e a fase no ar (para os que ainda não se suicidaram). Todas elas apresentam as mesmas sacanagens que a Capcom apresentava nos Mega Man antigos, e todas elas vão despertar alguma emoção em você.

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O jogo obviamente não vive só dessa carta, Shovel Knight é um jogo extremamente bem executado. A jogabilidade dele é bem feita, os cenários são bem construídos, enfim, o jogo é uma palestra interativa de como executar game design retrô da maneira correta, afinal, isso não se resume apenas a fazer uma pixel art, jogar uma chiptune e apelar para a nostalgia das pessoas. Shovel Knight é um jogo muito bem feito.

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Como eu já havia dito, Shovel Knight é um jogo que decide adotar o estilo gráfico clássico em todos os sentidos. O game tem as limitações que um jogo de NES teria, com poucos quadros de animação, uma paleta de cores reduzida e tudo mais, mas é o tipo de arte que agrada ao olho. Por mais limitadas que as animações dos personagens sejam, elas são muito bem empregadas para expressar os sentimentos e ações dele, principalmente no final do jogo.

A trilha sonora de Shovel Knight é sensacional, sem mais. Os chiptune são muito bem feitos e grudam na cabeça. Além das músicas dos estágios normais, ainda há 46 partituras que você pode encontrar e devolver a um bardo da vila do jogo para que ele te dê uma graninha e toque essa música para você a qualquer momento.

Resumo para os preguiçosos

Shovel Knight é um jogo que desperta os melhores sentimentos de quem cresceu jogando videogame e agora tem seus 20 e poucos anos. Apesar disso, o jogo não se apoia apenas na nostalgia para despertar sentimentos no jogador, sendo muito bem executado e oferecendo um desafio recompensador, com boas cinco horas de campanha principal e uma cacetada de tempo a mais pro caso de você querer fazer os outros extras do game.

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Nota final

95
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Excelente desafio
  • Jogabilidade no ponto
  • Nostalgia de qualidade
  • Trilha sonora excelente

Contras

  • Pode não ser tão apelativo assim para o público mais jovem
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6 COMENTÁRIOS

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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.