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Rage 2 – Review

O mundo dos jogos pós-apocalípticos cyberpunk está passando por uma verdadeira ressurgência nos últimos anos com títulos como Mad Max e Far Cry New Dawn, e agora com Rage 2, que chega prometendo misturar a experiência de mundo aberto da Avalanche Studios com a maestria da id Software em jogos de tiro. Será que essa combinação dá liga? É o que vamos descobrir.

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Em Rage 2, você faz parte de um acampamento destruído logo no começo pelo comandante do “Esquadrão do Mal” e deve levar a luta até o território inimigo. Como dá pra ver, história não é exatamente o forte do jogo, e eles também parecem não fazer questão de incomodar você com muitos detalhes.

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O seu objetivo principal no jogo é ir até três acampamentos de sobreviventes, encontrar os líderes dos três e realizar missões para cada um deles para ativar o “Project Dagger” um protocolo de combate ao esquadrão do mal onde você se torna um super soldado.

Com esta grande missão em mãos, você parte em direção aos acampamentos dentro do Sandbox do jogo e basicamente está livre para fazer o que der na telha, seja ir até os locais estabelecidos no mapa ou sair correndo atrás das interrogações, a escolha é sua.

Apesar de ser um jogo de mundo aberto, Rage 2 não é um jogo tão grande assim. De acordo com os meus cálculos, eu fiz a campanha completa e uma boa parte das atividades extras em cerca de 17~20 horas, principalmente por um motivo: Rage 2 não tem tantas missões assim.

Na verdade, esta falta de missões inclusive é um ponto negativo do jogo, já que cada um dos locais onde você vai para cumprir as etapas do Project Dagger é composto de duas missões, a que você ganha quando chega no lugar e a missão subsequente, que serve para você completar esta etapa do projeto.

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O resto do tempo o jogo te incentiva a ficar explorando o mapa, procurando power ups, escondidos dentro das arcas, e também cumprindo atividades como destruindo acampamentos de bandidos, participando de corridas, destruindo as tropas do exército do mal e assim por diante.

Por causa disso, a experiência do sandbox de Rage 2 acaba sendo um dos principais pontos do jogo, e ela é boa, mas está longe de ser espetacular. A princípio, a impressão que o sandbox do jogo te dá é que ele é chato, mas ele vai melhorando conforme o jogo avança.

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Não há uma variedade tão grande assim de atividades espalhadas pelo mapa. Na maioria dos casos, você vai repetir o que já fez em outros lugares com um mapa diferente. Outro ponto que vale ser ressaltado aqui é que a variedade de inimigos é bem pequena, o que acaba transformando o combate em algo bem previsível e pouco inspirado.

Falando sobre o combate, ele é um ponto bem forte do jogo, afinal de contas, ele foi feito pelo pessoal da id Software, responsável pelo maravilhoso Doom. Vale ressaltar que, ainda que o gunplay seja feito pelos mesmos caras de Doom, ele está longe de ser como o de Doom. Ele está mais para um “Doom da Série B”, mas que ainda o torna melhor do que o de muitos outros jogos. Só não tem como competir com Doom mesmo. Como em todo review, aqui vai uma comparação com Dark Souls. Doom está para Rage 2 como Dark Souls está para Lords of the Fallen, ou seja, este lembra aquele, mas aquele está num nível bem acima.

Ainda assim, é bom ressaltar: o combate de Rage 2 não é ruim, muito pelo contrário, em diversos momentos a combinação de música pancadaria e da pancadaria e do tiroteio realmente divertem.

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Um ponto legal de inovação em Rage 2 é que você vai conquistando habilidades conforme avança no jogo, e assim pode fazer coisas legais como dar um salto e cair feito uma bomba nos inimigos, ou usar uma força de repulsão que atira os adversários longe. Estas técnicas acabam adicionando uma camada de criatividade a mais no combate do jogo.

Como eu havia falado acima, o principal problema de Rage 2 no fim das contas é a falta de variação no que ele te oferece. Quando há essa variação é quando você está fazendo as missões para os líderes dos acampamentos, mas elas são tão poucas que a maior parte do jogo você vai passar é fazendo as mesmas atividades. Pode ser que você canse, pode ser que você goste deste tipo de repetitividade, no meu caso, eu consegui terminar o jogo porque ele era relativamente curto, mas se levasse mais tempo provavelmente iria acabar se tornando algo maçante.

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Graficamente, Rage 2 foge daquele padrão marrom e cinza dos jogos de tiro normais e abusa das cores com contraste estourado como o rosa choque e o roxo. O mundo de Rage 2 é realmente bonito, e a estética dos personagens é bem legal. Além disso, o jogo ficou realmente bonito e fluído no Xbox One X, console usado para elaborar o review. No departamento sonoro, Rage 2 conta com excelentes músicas, efeitos sonoros que combinam bastante para criar o ambiente de cyberpunk do jogo e uma dublagem bem feita também.

Mas e aí, Rage 2 vale a pena?

Rage 2 é aquele tipo de jogo para quem gosta de explorar um sandbox e sair atirando em tudo o que ele encontra pela frente. O jogo tem um tiroteio bem divertido, mas peca na diversidade de missões e atividades. Os melhores momentos do jogo são cumprindo a campanha e não no sandbox. Só é uma pena que essa campanha seja bem curta.

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Review elaborado com uma cópia do jogo fornecida pela Bethesda do Brasil.

Resumo para os preguiçosos

Rage 2 é aquele tipo de jogo para quem gosta de explorar um sandbox e sair atirando em tudo o que ele encontra pela frente. O jogo tem um tiroteio bem divertido, mas peca na diversidade de missões e atividades. Os melhores momentos do jogo são cumprindo a campanha e não no sandbox. Só é uma pena que essa campanha seja bem curta.

Nota final

70
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Tiroteio divertido
  • Boas missões
  • Visual e trilha sonora

Contras

  • Campanha curta
  • Sandbox pouco inspirado
  • Pouca variação nas atividades e também nos inimigos e chefes
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.