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Prince of Persia: The Lost Crown – Análise – Vale a Pena – Review

Prince of Persia: The Lost Crown tem uma grande missão, que é a de carregar nas costas o legado não apenas da série clássica, mas também da tetralogia criada pela Ubisoft nos anos 2000 e que foi o primeiro contato de muita gente com a franquia, será que o jogo consegue?

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Em Prince of Persia: The Lost Crown, você controla Sargon, um dos Imortais, ou seja, um dos maiores guerreiros, da Pérsia, e tem como objetivo resgatar o Príncipe Ghassan, que foi sequestrado e levado para o Monte Qaf, um local mágico onde o tempo flui de maneira diferente do resto do mundo.

Quando o jogo foi anunciado, ficou estabelecido de cara que ele funcionaria como um Metroidvania, ou seja, mais puxado para a fase clássica de Prince of Persia do que para os jogos tridimensionais em terceira pessoa da fase mais moderna da franquia.

Prince of Persia: The Lost Crown

Como Metroidvania, o jogo funciona bem, mas ao invés de se parecer mais com Metroid ou com Castlevania, o jogo acaba lembrando bem mais Guacamelee do que qualquer um desses dois, já que os desafios de plataforma são uma constante dentro do jogo.

Esses desafios, aliás, são uma das partes mais interessantes do jogo. Aqui, eu me senti jogando algo como Celeste, tendo que calcular perfeitamente os pulos, dashes e teletransportes para conseguir chegar nos objetivos. Há momentos em que eu queria arrancar os cabelos da cabeça de raiva por causa deles? Com certeza, mas foi bem legal a forma como a Ubisoft conseguiu incorporar uma das características principais da franquia dentro desse jogo.

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Os desafios de plataforma, além de necessários dentro do jogo, também servem para você encontrar diversos colecionáveis e itens de upgrade dentro do jogo. Cada área do mapa tem uma certa quantidade deles, e você vai precisar passar por altos perrengues para conseguir alguns, pode apostar.

Prince of Persia: The Lost Crown

Além desses desafios, os mapas ainda escondem segredos e itens colecionáveis para você, e além da missão principal do jogo, Sargon ainda pode realizar uma série de missões extras para outros personagens que estão perdidos dentro do Monte Qaf, e que vão te fazer perambular por aí para depois ser recompensado e melhorar os equipamentos do Imortal.

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Além da exploração característica do gênero, onde partes do cenário são acessíveis apenas após você encontrar certas habilidades, o jogo também tem um sistema de combate que progressivamente vai ficando melhor.

Inicialmente, ele é bem simples, com você apenas apertando o botão de ataque incessantemente para fazer os combos (e dependendo da direção que você combina o ataque, Sargon faz algo diferente), e leva umas boas duas ou três horas para você encontrar a próxima habilidade que adiciona algo ao combate, mas ao final do jogo, Sargon terá não apenas golpes de espada, como especiais, habilidades temporais e muito mais para enfrentar seus inimigos, e acredite, você fará uso de todas essas habilidades para vencer os diversos chefes que o jogo oferece.

Prince of Persia: The Lost Crown

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Aqui ainda é importante frisar que o design dos inimigos dentro de Prince of Persia: The Lost Crown poderia ter um pouco mais de variação. Há poucos inimigos realmente diferentes dentro do jogo, com você enfrentando alguns soldados, arqueiros, inimigos voadores e assim por diante, mas a maioria sendo combatido mais ou menos da mesma forma.

Já os chefes são bem diferentes entre si, oferecendo combates que realmente vão desafiar até mesmo os mais habilidosos dos jogadores, mas aqui ainda é importante ressaltar uma coisa: eu sinceramente achei que eles têm um pouco de vida a mais do que deveriam, principalmente no começo do jogo, onde eles são umas esponjas de dano e você tem poucas oportunidades de cura.

Além desse detalhe dos chefes, outro ponto negativo que me chamou a atenção em Prince of Persia: The Lost Crown é o tamanho exagerado dos mapas do jogo. Eu não sei se a ideia é passar uma impressão de grandeza, de que estamos numa área grandiosa ou algo do tipo, mas são tantos mapas que servem apenas para você andar de uma ponta a outra sem fazer nada que poderiam ser reduzidos que certamente fariam a gente economizar pelo menos umas duas horas dentro do jogo.

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Prince of Persia: The Lost Crown

Além disso, há diversos segmentos dentro do game que parecem estar ali apenas para fazer o jogo render mais, já que não é uma nem duas vezes em que o jogo vai te mandar em alguma missão na outra ponta do mapa, e apesar de existir pontos de fast travel no mapa, eles não são tão abundantes assim, então em muitos momentos você ainda vai ter que passar por locais que já concluiu apenas para chegar no próximo destino.

A impressão que eu tenho é que se o jogo fosse uns 20 a 25% menor do que ele é, ele teria o tamanho ideal, já que em diversos momentos do jogo eu pensei “meu deus do céu, sério mesmo que eu vou ter que ir lá na PQP agora???”, além do fato de que quando você pensa que o jogo está acabando, ele vai lá e te surpreende com mais coisa ainda pra você fazer. Há quem ache isso positivo, afinal o dinheiro investido no jogo tem que render, mas eu sinceramente prefiro a escola do “menos é mais” onde um jogo tem que ter o tamanho certo, não ser nem curto demais e nem longo demais.

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Para completar, o jogo ainda dá a possibilidade de você fazer upgrades em suas armas e equipamentos, conta com um sistema de talismãs que te dão vantagens no combate e três tipos de moedas para você comprar esses itens e melhorias com os vendedores do jogo.

Graficamente, Prince of Persia: The Lost Crown é um belo jogo, com um estilo de arte que eu gostei demais e com gráficos que apresentam uma excelence performance, sem nenhum tipo de engasgo, o que é essencial para um jogo onde você está sempre tentando ser o mais detalhista possível. Por fim, a trilha sonora do jogo também é boa, e a dublagem excelente.

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Antes de finalizar, ainda é importante falar sobre as opções de acessibilidade que o jogo possui. Além da Ubisoft ter encontrado formas de tornar o jogo acessível para quem tem dificuldades com plataformas e combate, o jogo ainda tem opções que vão facilitar os perdidos, como mostrar no mapa para onde você deve ir para o próximo objetivo, locais que você ainda não consegue acessar com suas habilidades e até mesmo uma ferramenta de tirar uma foto do local do mapa em que você se encontra, pro caso de você achar algum colecionável ou desafio que não conseguiu naquele momento e queira voltar depois, mas tem medo de se esquecer onde ou o que exatamente era aquilo, algo que mais jogos do gênero deveriam adotar.

Mas e aí, Prince of Persia: The Lost Crown vale a pena?

Prince of Persia: The Lost Crown é uma bela forma de começar o ano, com um jogo que certamente vai agradar quem é fã da franquia, seja da etapa dos anos 90, seja dos anos 2000, com um combate bastante divertido, sessões de plataforma desafiantes e muita exploração. O jogo poderia ser um pouquinho menos inflado? Poderia, mas eu me diverti bastante nele (e passei um pouquinho de raiva em alguns desafios e chefes, mas isso é normal).

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Análise elaborada com uma cópia do jogo para Xbox Series S e X. Jogo disponível para PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series e Nintendo Switch.

Resumo para os preguiçosos

Prince of Persia: The Lost Crown é um capítulo bem interessante da franquia, e trazê-la para o gênero metroidvania foi um acerto da Ubisoft. O jogo conta com muita exploração, sessões de plataforma e puzzles que vão desafiar até os veteranos e lutas contra chefes bem desafiantes.

Apesar disso, a sensação que eu fiquei é que ele é um pouco mais longo do que deveria, se tornando cansativo em algumas partes, mas a experiência foi muito positiva mesmo assim.

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Nota final

80
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Belos gráficos e performance
  • Desafios de plataforma e puzzles excelentes
  • Lutas épicas contra chefes
  • Diversas opções de acessibilidades muito bem pensadas

Contras

  • O jogo é um pouco maior do que deveria ser, e conta com algumas partes bem cansativas
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.