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Metal Gear Solid V: Ground Zeroes – Review

Metal Gear Solid é uma franquia que com certeza pode ser considerada como clássica dos videogames, e, principalmente, do PlayStation, plataforma onde o jogo foi exclusivo por anos. Agora, a série está tentando caminhar numa nova direção, introduzindo o conceito de mundo aberto na sua fórmula. Além disso, HIdeo Kojima está buscando tratar de assuntos mais profundos e sombrios, e reflexos dessa vontade já podem ser vistos em Ground Zeroes.

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O jogo serve como introdução para a história completa que será contada em Metal Gear Solid V: The Phantom Pain. Contendo uma missão principal, intitulada Ground Zeroes, e mais 6 paralelas, o jogo rende algumas horas de diversão, e cabe a cada jogador decidir se esse tempo valeu a pena em relação ao valor pago no jogo. No meu caso, eu não teria ficado muito feliz em pagar os 30 dólares cobrados pelo título na PSN. Permitam-me explicar porquê.

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Já vou dizer que não sou um fã assíduo da série Metal Gear. Claro, reconheço que os seus jogos têm uma história muito bem escrita, por vezes complicada, e não é por nada que os jogos fazem tanto sucesso. Mas eu nunca tive a paciência para ver as cutscenes absurdamente longas que os jogos têm. Felizmente, isso é algo que não acontece em Ground Zeroes, e espero que seja algo que também não aconteça em The Phantom Pain. Isso com certeza faria eu jogar o jogo. Então, se você também hesitava em comprar o jogo por causa das cutscenes, saiba que isso não é um problema aqui.

Quando comparado com o último, e único, título da franquia que eu joguei, Guns of the Patriots, o jogo está tanto visual como mecanicamente melhor. Big Boss se mexe muito bem pelo cenário, com muita fluidez e naturalidade. A transição entre ficar em pé, agachado ou rastejando é muito boa, praticamente impercetivel e não atrapalha em nada a experiencia. Andar por aí, pular grades e obstáculos é feito com bastante naturalidade. Mas há um problema que acaba diminuindo bastante a diversão.

O jogo não possui um botão específico para cobertura. Não é como em alguns jogos em terceira pessoa, onde basta pressionar um dos botões para que o personagem se escore numa parede, e só saia dali quando o botão for apertado novamente. Tentando simplificar o processo, Hideo Kojima preferiu fazer com que Big Boss fizesse essa ação automaticamente. Para isso, basta se aproximar bem de uma parede para que o personagem se escore ali. Isso traz um problema bem grande: o nosso famoso agente também sai da posição de cobertura automaticamente. Isso faz com que você acabe saindo de trás de uma parede ou mureta sem querer, enquanto tentava enxergar o mais longe possível. Assim, por várias vezes acabei saindo da cobertura em momentos inoportunos, fazendo com que alguns guardas me vissem e, consequentemente, estragando um pouco da diversão.

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A história do jogo não me chamou muito a atenção, em parte por eu ter pouco conhecimento sobre o enredo geral da franquia, mas o estúdio, prevendo isso, criou uma opção chamada “Backstory”, onde um pouco de contexto é dado aos jogadores. Selecionando Start Mission, temos uma animação de cerca de 10 minutos (relativamente curto em relação ao que já vi em Guns of the Patriots) e depois o jogo te coloca na ação. Big Boss deve invadir uma base em Cuba para resgatar dois alvos, Paz e Chico. Os motivos para eles estarem lá são explicados, e não é nada muito inovador, mas é o suficiente. Com a missão concluída, temos mais uma cutscene de encerramento. Não vou dar spoilers, evidentemente, mas ela é um tanto quanto polêmica. Não entrarei em detalhes.

Joguei Metal Gear no PS4, então não tive a oportunidade de ver como o jogo está graficamente nos consoles da geração passada. Mas o que posso dizer é que Ground Zeroes está muito bonito. Rodando em 1080p, a riqueza dos detalhes é muito grande. Apesar de uma tonalidade geral mais sombria e escura, a beleza dos cenários ainda está presente. Os personagens são muito detalhados e os efeitos de luz em geral são muito bem trabalhados. Evidentemente, estamos bem no início do ciclo dessa geração, e os gráficos melhorarão muito ainda e um dia olharemos para esse jogo e diremos que os gráficos são apenas medianos, mas pros padrões que temos hoje eles estão muito bonitos e merecem destaque.

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Pela primeira vez, a voz do protagonista não é dublada por David Hayter. Quem assumiu foi Kiefer Sutherland, o Jack Bauer da série 24 horas. O trabalho dele é bom, mas ele não tem uma participação muito grande. Claro, o jogo é curto, mas pouco se ouve a voz dele. Talvez o plano sempre tenha sido esse, ou talvez o cachê dele é significativamente maior que o de David. De qualquer forma, pra mim não fez tanta diferença assim, mas com certeza os fãs de longa data da série estranharão um pouco. Os outros personagens também têm dublagens boas. A trilha sonora do jogo é boa, porém não é algo que se destaque. Ela complementa o jogo de forma satisfatória.

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Para os fãs da série, Ground Zeroes provavelmente será uma boa forma de matar a saudade da franquia e acalmar os ânimos até o lançamento de The Phantom Pain, um jogo muito mais completo. Por possuir missões relativamente curtas, o jogo permite e encoraja múltiplas tentativas e abordagens em cada missão, o que deve satisfazer os fãs. Para quem não era louco pela série, o título garante algumas horas de diversão. Os desafios extras em cada missão também podem render mais umas boas horas de jogo, caso você tenha paciência pra andar pelo mapa catando coisa.

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Resumo para os preguiçosos

Metal Gear Solid V: Ground Zeroes é um jogo muito bonito e mecanicamente superior ao seu antecessor, com bastante fluidez. A ausência de um botão especifico para entrar e sair da cobertura causa situações frustrantes que podem estragar um pouco a experiencia. O jogo possui missões curtas, mas que podem ser jogadas novamente várias vezes. Se isso faz valer o valor cobrado pelo título, fica a critério de cada jogador.

Nota final

75
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Gráficos detalhadíssimos
  • Mecanicamente fluido e natural
  • Alta “rejogabilidade”

Contras

  • Pouco conteúdo pelo preço cobrado
  • Ausência de botão dedicado para cobertura estraga experiência em momentos
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Leonardo Koakowski
Leonardo Koakowskihttp://criticalhits.com.br
Sonysta, Sommelier de Destiny e Cyber Atleta de final de semana de Rocket League