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Final Fantasy X/X2 HD Remaster – Review

Se tem um jogo que é tão desejado quanto Half Life 3, provavelmente é um remake em alta definição de Final Fantasy VII. Como os dois provavelmente nunca vão acontecer, e como fazer uma versão remasterizada em alta definição de um jogo do PS2, a Square Enix lançou recentemente versões em HD de Final Fantasy X e X-2 para o PS3 e para o PS Vita. Como um RPG japonês com 13 anos se comporta nos dias de hoje? De uma maneira muito melhor que eu esperava.

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Final Fantasy X/X-2 HD Remaster é uma coletânea que vai te contar a história toda de Spira, um dos mundos mais originais criados pela Square Enix. Nele, há um monstro chamado Sin (pecado) que representa todas as blasfêmias cometidas pela humanidade. Sin é um flagelo que assombra os habitantes de Spira há 1000 anos. Por onde ele passa, só resta destruição e dor, e não há nada que a humanidade possa fazer contra ele.

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Para combater essa ameaça, há duas forças, os Summoners, com seus guardiões, e os Templars, uma organização armada de Yevon, a religião oficial dos humanos de Spira, que prega que Sin só desaparecerá assim que a humanidade se arrepender e pagar por seus crimes de verdade.

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Nisso tudo, você é Tidus, um jovem jogador de Blitzball, um esporte parecido com um misto de polo aquático e futebol, que acabou sendo transportado 1000 anos para o futuro por Sin, quando ele invade a sua cidade natal, Zanarkand. Para o choque de Tidus, você descobre que a cidade foi completamente destruída, e que você está num mundo desconhecido, a não ser por Auron, um antigo amigo de seu pai.

Além dele, há diversos outros personagens cativantes na trama, como Yuna, Auron, Kimahri Ronso, Wakka, Lulu e Rikku, personagens controláveis por você durante a aventura. Yuna, juntamente com Tidus, compõem os personagens principais, sendo essa uma jovem Summoner, que está em peregrinação com seus guardiães para obter a invocação final e derrotar Sin, para trazer um período conhecido como Calm, quando Sin é derrotado por algum tempo, até que ele nasça novamente.

Final Fantasy X é um jogo bastante interessante em termos de história. Apesar de alguns momentos bastante bizarros de alguns personagens, como os gritos e risadas de Tidus, que certamente vão pro Top 10 coisas estranhas que já aconteceram em Final Fantasy, o jogo tem uma trama complexa, que envolve morte, arrependimento, conflitos de interesses e religião. Cada personagem da trama realmente tem uma história de fundo complexa, e cada elemento de Spira realmente se encaixa muito bem com toda a história.

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Como um Final Fantasy tradicional, você também combaterá seus inimigos com um sistema derivado do Active Time Battle, o Conditional Turn-Based Battle, um sistema onde você pode trocar os diferentes personagens do seu grupo a qualquer momento da batalha. Cada um dos sete personagens principais de Final Fantasy X tem uma função definida a princípio, forçando você a aprender a jogar com cada um, e fazendo que nenhum desponte até que você esteja no final do jogo.

Para dar level up, Final Fantasy X apresentou uma novidade na série, o Sphere Grid, um sistema de level up onde você percorre um caminho pré-determinado de incrementos de status e novas habilidades. Aqui, você pode escolher dois caminhos a tomar, o padrão, onde uma grande linha reta de level up é definida, até próximo do fim do jogo, onde você pode começar a misturar habilidades, ou o modo avançado, onde há alguma liberdade de evolução.

Como eu disse anteriormente, cada personagem tem uma função mais ou menos definida no jogo, e você não vai conseguir personalizar todo mundo tanto assim quanto desejava, pelo menos no começo. Com o modo avançado, há mais liberdade de evolução de personagens, porém, como o jogo foi mais pensado para o primeiro modo, há algumas partes onde o jogo pode ficar um pouco mais difícil, já que você talvez não tenha as magias que facilitem a sua vida naquele momento, por exemplo.

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Além de habilidades normais, ainda há também as invocações de Yuna. A cada um dos templos que você visita durante a peregrinação da jovem Summoner, você ganha uma nova invocação, cada uma pertencente a um elemento. Os Summons de Final Fantasy X são diferentes dos que você está acostumado, já que aqui eles também são personagens jogáveis, e não apenas uma animação que dá algum golpe exagerado no inimigo. Apesar de poderosos, eles podem ser facilmente derrotados se você não controlá-los com inteligência.

O sistema de jogo muda bastante de Final Fantasy X para X-2. Na continuação direta do jogo, o Active Time Battle retorna, e o estilo de batalha lembra bastante Final Fantasy IV, com level ups tradicionais. O jogo é a primeira continuação direta de um Final Fantasy, e conta os eventos que se passam um ano após a conclusão de Final Fantasy X. Para não estragar a história do primeiro jogo, melhor ficar por aqui sobre os comentários deste.

Além dos dois jogos principais, Final Fantasy X/X-2 HD Remaster ainda vem com a Last Mission, um extra lançado anteriormente só em mercados asiáticos junto com Final Fantasy X-2, então, para quem não jogou via tradução de fãs ou algo do tipo, fica aqui um extra bem legal e desafiante de se jogar.

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O conteúdo da coletânea basicamente é o que você vai encontrar nas versões mais completas de Final Fantasy X e X-2 para PlayStation 2. O que muda aqui mesmo são os gráficos, e, se o Remaster não decepciona em termos de história e sistemas de batalha, por mais clássicos que alguns deles sejam, aqui as coisas não são tão boas quanto poderiam ser.

Sejamos honestos, os gráficos de Final Fantasy X e X-2 não ficaram tão bons assim. Apesar de acima do que os remaster em HD costumam trazer, ainda há uma baixa contagem de polígonos em diversos modelos, que acabam não casando bem com as texturas em alta resolução de alguns personagens. Outro problema encontrado são que os coadjuvantes acabam parecendo mais ripados da versão de PlayStation 2 do que refeitos. Os gráficos não chegam a ser feios, mas se Final Fantasy X parecia um jogo bonito pra caramba para a época do PlayStation 2, hoje os visuais ficam meio datados.

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A trilha sonora do jogo continua trazendo o padrão Square Enix de qualidade. Final Fantasy X tem uma das minhas trilhas sonoras favoritas de jogos. Apesar disso, por ser o primeiro Final Fantasy onde os personagens são dublados, as vozes acabam deixando um pouco a desejar, nem sempre casando direito com os eventos que estão acontecendo na tela. Já a trilha de Final Fantasy X-2 continua muito boa também, e o trabalho nas vozes está ok.

Resumo para os preguiçosos

Final Fantasy X/X-2 HD Remaster é um bom relançamento de um dos melhores capítulos da fase moderna da franquia. A coletânea é uma versão completa de tudo o que já saiu para os jogos e é recomendada tanto para quem quer jogar novamente quanto para quem quer entrar de cabeça no mundo de Final Fantasy X. Apesar disso, prepare-se para alguns probleminhas como os visuais HD não parecerem tão HD assim em alguns momentos e uma dublagem que não está tão a altura assim desse clássico.

Nota final

85
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • É sempre bom retornar a Spira
  • Ótima história
  • Sistemas de batalha que envelheceram bem

Contras

  • Gráficos abaixo do esperado em alguns momentos
  • Dublagem estranha às vezes
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.