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Fifa 22 – Review

Entra ano, sai ano, e uma coisa é praticamente certa no mundo dos games: a EA vai lançar uma nova versão do FIFA. E mesmo com uma pandemia no caminho, o FIFA 22 chegou aos consoles e ao PC em setembro de 2021, trazendo novos conteúdos, mudanças no gameplay e melhorias gráficas interessantes (mas apenas para a nova geração).

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O golaço desta nova edição é a tecnologia HyperMotion, com a qual a EA capturou mais de 4000 animações de movimentos e comportamentos de alguns dos principais jogadores profissionais. No entanto, essa também é uma “bola murcha” da companhia, pois a novidade foi disponibilizada apenas para PS5 e Xbox Series X. Com o argumento de que a mudança impactaria boa parte de sua base de jogadores, fãs do FIFA que jogam no PC ficaram, mais uma vez, com um jogo baseado no motor antigo.

Na nova geração, a melhoria gráfica é realmente perceptível, o que também impactou, de certa forma, no gameplay. É possível identificar facilmente os trejeitos de atletas como Paul Pogba e Messi, e a física, tanto da bola quanto dos jogadores, também recebeu melhorias consideráveis. Jogadores velozes ainda são os preferidos de muita gente, mas, no geral, a jogabilidade está um pouco mais cadenciada, permitindo a construção de jogadas mais elaboradas do que o tradicional “pingue-pongue” das edições anteriores.

Mas a grama não está tão verde assim no gramado do FIFA 22. Como sempre, enquanto a jogabilidade melhora em alguns aspectos, novas formas de explorar o gameplay que se distanciam do “futebol real” são descobertas. Enquanto que na edição passada o “meta” era “plantar” os jogadores da defesa e deixar a CPU realizar o trabalho de marcação sozinha, no FIFA 22 a punição para esse tipo de jogada são os chutes colocados de fora da área. Além disso, mais uma vez, os goleiros são inconsistentes: no cara-a-cara, os melhores se tornam praticamente um imã de bola; porém, de fora da área ou em chutes rasteiros, acabam tomando gols defensáveis.

Novidades no Modo Carreira e Volta

A EA finalmente resolveu olhar para o Modo Carreira, talvez um dos mais jogados para quem não gosta de enfrentar todo o estresse e competitividade do FUT. Pela primeira vez, é possível criar seu próprio time do zero, definindo desde o uniforme até o escudo e o estádio.

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Porém, seu primeiro elenco é composto por jogadores gerados pelo game, com base em alguns parâmetros definidos ao criar o seu time. Se quiser, você pode abrir a carteira e ir direto para o mercado contratar algumas estrelas, mas ainda é bem bacana sentir-se um bilionário russo transformando um time desconhecido em uma potência internacional. Ainda no Modo Carreira, algumas ações também estão mais rápidas, como pular datas pelo calendário e o processo de transferências.

Já o Volta, considerado o “sucessor espiritual” do FIFA Street, ganhou um novo modo de jogo de minigames no melhor estilo “Fall Guys”. Chamado de Volta Arcade, ele coloca até 4 jogadores para competir em diversos desafios, como versões futebolísticas de brincadeiras como “Queimada”, “Pega-pega” e “Tiro ao Alvo”.

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Há também um enfoque maior em jogar com os amigos, como o Volta Squads, no qual você pode montar seu time 4×4, sem posições fixas, e competir online contra outros jogadores pelas quadras e ruas. A árvore de habilidades foi simplificada, e o sistema de temporadas proporciona várias oportunidades para garantir Pontos Volta que podem ser “investidos” na personalização do seu jogador.

Pro Clubs e FUT

O Pro Clubs também recebeu novas atualizações. A maior e mais interessante é a possibilidade de criar jogadoras e ter times mistos de homens e mulheres em campo.

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A nova Partida Improvisada facilita jogar partidas rápidas com outros jogadores online sem precisar reunir todos os 10 jogadores da sua equipe. O desenvolvimento do seu jogador também foi atualizado, com uma árvore de habilidades mais simples focadas nos aspectos mais importantes do esporte, como melhorias de ataque, defensivas e de criatividade.

Por fim, a “galinha dos ovos de ouro” da EA continua sendo o Ultimate Team. Graças aos anos de experiência aperfeiçoando a fórmula de ganhar dinheiro vendendo cartas virtuais, o FUT recebeu apenas atualizações incrementais.

Há uma nova classe de cartas especiais, os “Heróis do FUT”, baseadas em momentos importantes da carreira de diversos jogadores “das antigas”, como Mario Gomez, Diego Milito e Clint Dempsey. E pode apostar, elas não serão baratas e muito menos “fáceis” de serem obtidas nos pacotes.

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Outras melhorias incluem a reformulação do progresso no Division Rivals, a divisão do FUT Champions em duas etapas: Play-Offs e Finais, e ainda mais itens para personalizar seu estádio. Além disso, vale lembrar que o FUT continua sendo a porta de entrada para aqueles que sonham em se tornar jogadores de FIFA profissionais, no qual os melhores da temporada se classificam para o FUT Champions.

Mas e aí, FIFA 22 vale a pena?

Caso você seja um dos afortunados donos de console da nova geração e tenha o capital necessário para investir no novo (e salgado) preço do jogo, FIFA 22 vale, sim, a pena. As melhorias gráficas e de gameplay é algo que não se via na franquia há um bom tempo, e, para quem gosta do esporte, jogar com amigos é sempre divertido.

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No entanto, para jogadores do PC ou dos consoles da geração antiga, infelizmente, o FIFA 22 é mais uma atualização incremental do que realmente uma nova versão. E como nessas plataformas também sofreram reajuste de preço, aí vai depender da sua vontade de “bater um fifinha” nesse ano, ou torcer para que a EA traga todas as novidades desse ano no FIFA 23.

Resumo para os preguiçosos

Na nova geração, FIFA 22 realmente parece uma nova versão do famoso simulador de futebol, com melhorias gráficas e de jogabilidade que (talvez) justifiquem a nova faixa de preço. Para donos da geração anterior ou de PC, nem tanto. Porém, as novidades “universais”, como o enfoque em jogar com os amigos no Modo Volta e no FUT, e as melhorias no Modo Carreira e no Pro Clubs, são bem interessantes.

Nota final

80
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Jogabilidade mais fluida
  • Melhorias gráficas e novas animações na nova geração

Contras

  • Versão do motor de jogo antiga no PC
  • Bugs de física, principalmente nos goleiros
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.