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EA Sports UFC 3 – Review

A Electronic Arts tem praticamente a hegemonia do mundo dos jogos de esporte, e EA Sports UFC 2 foi um jogo que ajudou a companhia a assentar-se definitivamente no mundo dos jogos de MMA. Com um produto amadurecido, cabia a EA Sports UFC 3 pegar as áreas onde o jogo não estava tão completo assim, melhorá-las e transformar o jogo num produto final mais completo. Será que a companhia consegue isso? É o que vamos descobrir.

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A primeira grande novidade que notamos em EA Sports UFC 3 é o fato de que o jogo mexeu completamente na apresentação do título, com visuais mais bonitos (falaremos sobre eles mais abaixo) e também com uma gama nova de personalizações e movimentos, para tornar o jogo cada vez mais realista.

https://www.youtube.com/watch?v=8JCwPS6UfDQ

Desta vez, o jogo abre com a hipotética luta entra Tony Fergusson e Conor McGregor (que provavelmente nunca vai acontecer, aliás) e você tem a missão de nocautear Fergusson para passar do tutorial. Logo de cara, você nota que os controles mudaram um pouco, para um sistema que eu não tenho certeza se veio para facilitar ou para complicar a vida dos jogadores.

O interessante dessa mudança é que o sistema de luta mudou na parte de trocação, que me parecia ser a parte em que o jogo fazia um bom serviço, e não na parte de solo, que continua sendo da mesma forma como era antes, ou seja, um minigame de fugir de uma gaiola antes que o adversário consiga te pegar para que você finalize o adversário. O modo de clinch também continuou o mesmo, o que não é um defeito, já que o jogo já era bem competente nele.

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Depois disso, o jogador está livre para fazer o que quiser, como criar um lutador e começar o modo carreira, jogar partidas online, jogar localmente ou ir para o modo Ultimate Team.

No modo Carreira, notamos que a EA Sports investiu um bom tempo criando uma experiência muito mais realista do que as anteriores. Agora, você deve administrar o seu dinheiro e a sua fama, e ir subindo nos degraus do UFC até chegar ao posto de campeão. Uma novidade desse modo é que agora você tem rivais, sejam eles fictícios, quando você ainda é um amador, sejam eles lutadores de verdade do UFC (no meu caso, eu acabei pegando o Travis Browne de rival, me dei bem).

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Se você jogava o modo carreira nos jogos anteriores, você vai notar que ele foi completamente reformulado. Nem os treinamentos são os mesmos, e aqui eu infelizmente achei que a EA acabou errando na escolha. Logo no começo, o seu lutador não tem grandes movimentos, apenas socos e chutes básicos. No meu caso, o lutador não conseguia nem dar um chute alto na cabeça do adversário, sendo que ele tinha grande potência de chutes, segundo as estatísticas dele. Como o meu lutador deveria aprender um chute alto? Treinando na academia, só que a academia que desbloqueava chutes altos só vinha lá pra frente, quando eu já estava no Top 10 dos Pesos Pesados.

Anteriormente, você comprava habilidades novas com pontos que você ia ganhando conforme vencesse as lutas. Um método menos realista, mas muito mais efetivo na progressão do seu personagem.

Uma coisa legal que dá pra fazer agora é interagir com os fãs, seja criando um canal de transmissão de gameplay para conversar com os fãs e descansar dos treinos para a próxima luta, seja criando rixas e discussões no Twitter, por exemplo. No fim das contas, o modo carreira de EA Sports UFC 3 é uma evolução, ainda que, como no caso da luta, eu ache que a EA Sports mexeu em coisas que ela não precisava ter mexido e que acabaram tendo um resultado inferior ao título passado.

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Além disso, o jogo conta com diversos desafios para você ir concluindo conforme avança na carreira, como conseguir um número X de vitórias por nocaute seguidas, adquirir um número X de fãs e assim por diante. Salvo essa pequena mudança no sistema de progressão dos movimentos e bônus do lutador, eu diria que o modo carreira evoluiu na direção certa, e eu já estou bem curioso para ver o que a EA Sports vai trazer no modo carreira do próximo título da franquia.

O modo Ultimate Team também traz novidades interessantes, como a possibilidade de você combinar o seu lutador criado a outros lutadores do mundo real. Além disso, os desafios do modo ficaram bem interessantes, e certamente vão agradar ao público que gosta desse eterno vício de colecionar cartas cada vez mais raras dos jogos da EA.

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Graficamente, o jogo continua sendo um espetáculo visual, com belíssimos gráficos, movimentação fluída e realista e muito sangue voando na tela. Há momentos em que dá até para você ser enganado e achar que está assistindo a uma luta do UFC de verdade, e não apenas um jogo. A trilha sonora do game também é muito boa, seja nas vozes emprestadas de nomes famosos do UFC como Dana White, seja nas músicas de fundo.

Mas e aí, o jogo vale a pena? EA Sports UFC 3 é uma evolução natural do que EA Sports UFC 2 foi. Há alguns pontos em que eu não gostei das mudanças feitas, como alguns detalhes da luta em pé e na evolução do personagem no modo carreira, mas fora isso, o jogo é a experiência mais completa já oferecida pela companhia. Quem gosta de simulações vai adorar passar os dias jogando o modo carreira e o modo Ultimate Team, então, sim, o jogo vale sim a pena para quem já gostou de UFC 2. Se você não gostou dos títulos anteriores da franquia, talvez esse não traga tantas novidades assim para lhe convencer.

Review elaborado com uma cópia do jogo para Xbox One X fornecida pela Electronic Arts do Brasil.

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Resumo para os preguiçosos

EA Sports UFC 3 traz uma evolução de um produto que já parecia bastante amadurecido em EA Sports UFC 2. O jogo está belíssimo e certamente vai agradar aos fãs da franquia, ainda mais por causa das evoluções dos modos Carreira e Ultimate Team. Se você não gostou dos títulos anteriores, talvez esse jogo não tenha apresentado mudanças o suficientes para convencer você a gostar dele.

Nota final

75
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Uma verdadeira evolução do jogo passado da franquia
  • Modo Carreira repaginado e mais completo do que nunca
  • Modo Ultimate Team com novidades interessantes
  • Belíssima apresentação

Contras

  • Algumas mudanças na luta em pé que desagradaram
  • Desbloquear novos movimentos para o seu personagem no Modo Carreira acabou ficando desnecessariamente mais difícil
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.