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DOOM – Review

DOOM é uma das franquias mais respeitadas do mundo dos games. Diferente de outras franquias, que nasceram gloriosas e acabaram virando uma piada genérica de si mesmos, DOOM meio que desapareceu, juntamente com a id Software por alguns anos. Após o bom trabalho da desenvolvedora com Wolfenstein: The New Order, eu não esperava menos em DOOM, por mais que o desenvolvimento do jogo tenha sido conturbado e o jogo tenha levado quase 10 anos para ser lançado. E adivinha? O jogo é muito melhor do que eu esperava.

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Por ser um reboot, DOOM segue mais ou menos a história do primeiro jogo da franquia. Você é um Marine que está em Marte quando “algo inesperado aconteceu e todos ficaram surpresos”: uma invasão demoníaca. Logo após livrar-se de uma mesa de operações e acabar com um demônio que estava tentando fazer o mesmo com você, nosso marine favorito começa a ouvir explicações sobre o que aconteceu e… o que ele faz? DESTRÓI o monitor que estava explicando o que aconteceu. Ele só quer matar tudo pela frente, e nós também. É para isso que estamos aqui, para esmagar cabeças e ver o sangue rolando, e é exatamente isso o que DOOM nos apresenta.

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É até engraçada essa posição do Marine. Ele não dá meia foda para a política do jogo, ou para o enredo do game (que é surpreendentemente profundo para um jogo com tão poucos NPCs), ele só quer matar tudo o que tiver pela frente e mandar o inferno de volta pra casa uma bala de cada vez. Para isso, você tem à sua disposição uma série de armas diferentes, e uma das adições mais legais dos jogos de tiro dos últimos tempos: os Glory Kills. Eles funcionam dessa forma: atire num demônio por tempo o suficiente e ele começa a brilhar. Chegue perto dele, aperte um botão e o Marine vai estraçalhar com o inimigo de uma maneira que deixaria os lutadores de Mortal Kombat com nojinho. Além de adicionar um grau de brutalidade bem grande ao jogo, as Glory Kills também servem para o seu personagem recuperar vida e munição, ou seja, você não tem opção, o jeito é ser brutal e estraçalhar o que você encontrar pela frente.

Inicialmente, você começa apenas com uma pistolinha fraca que serve para tontear os inimigos. Logo em seguida, o seu personagem ganha uma Shotgun e aí pode começar a matar inimigos sem precisar executa-los. Para ganhar mais armas após isso, você tem duas opções, explorar o mapa da fase em que você está ou seguir mais ou menos linearmente o que o jogo te manda. Essa primeira opção é uma das melhores adições de DOOM ao jogo, já que você não é conduzido pela mão pelo jogo nas fases, você tem um certo grau de exploração dentro de DOOM não visto em outros concorrentes. Ao explorar, o seu personagem pode ganhar uma série de novidades, como novas armas, desafios opcionais e até desbloquear fases do DOOM original dos anos 90, ou seja, a exploração é recomendada e muito bem recompensada.

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Ainda sobre o design de fases de DOOM, como é bom poder jogar um jogo com fases abertas, ainda que usando o esquema de fases, ao invés de ser conduzido numa campanha praticamente toda scriptada. As fases basicamente são compostas de “vá até A, aperte o botão, veja algo acontecer, mate muitos inimigos no caminho”, mas ainda assim, cada fase tem certos desafios diferentes, como plataformas em locais diferentes para você pular, ou objetivos que podem ser concluídos em etapas diferentes, no fim das contas, DOOM não é um espetáculo de pirotecnia escriptado, mas é um espetáculo que mistura algumas das melhores características dos jogos das antigas com as campanhas mais modernas de jogos.

Outra característica que chama muita atenção em DOOM (e como não poderia) é o combate do jogo. DOOM tem um combate extremamente divertido, seja por causa da brutalidade dele, seja por causa da agilidade que o jogo te faz imprimir durante os tiroteios. Ficar parado é pedir para morrer, e você acaba tornando-se um verdadeiro furacão de morte, ao atirar em inimigos, sair correndo dum lado pro outro, atirar uma granada aqui, uma execução ali, um míssil acolá, e ver muitos inimigos morrendo na tela. Tudo isso embalado por um metalzão do mal que ajuda a criar aquele clima frenético de mortes que DOOM imprime com maestria no jogo. Por falar na trilha sonora do jogo, vamos a ela. Eu costumo falar sobre a trilha sonora no fim dos reviews, mas neste caso, a trilha de DOOM é também um dos destaques do jogo, e ajuda em muito a criar o clima frenético de tiroteio e matança que o jogo apresenta. A trilha é muito bem executada, e só das partes rápidas do jogo começarem a tocar, você já entra no clima e já começa a ver tudo em tons de vermelho. Quem disse que metal não inspira pra matar? Virtualmente, é claro.

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Além da campanha principal DOOM ainda conta com um modo multiplayer que se parece bastante com o multiplayer de Halo. Não que isso seja de todo ruim, mas acaba não sendo lá grandes coisas também. Felizmente, a campanha de DOOM é tão boa que você não vai sentir falta de trocar tiros com outras pessoas no modo multijogador. Vá por mim. Para completar essa área, ainda temos o modo Snapmap, que permite aos jogadores criarem mapas personalizados e jogar os mapas personalizados dos outros jogadores.

Graficamente, DOOM é espetacular. O jogo está muito bem otimizado, e o esquema de resolução dinâmica ajuda o jogo a manter-se cravado nos 60 quadros por segundo, mesmo quando há bastante ação na tela. Fora isso, o jogo tem ambientes muito bonitos, seja em marte, seja no inferno. O jogo ainda vem dublado em português, para quem não domina o inglês, e a dublagem é boa, mas sinceramente? Se você entende inglês, jogue o jogo na língua original, a qualidade está em outro patamar.

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Review elaborado com uma cópia do jogo para PC comprada pelo site.

Resumo para os preguiçosos

DOOM é um FPS brutal, um verdadeiro sopro de vida no gênero. O jogo é muito divertido e conta com um combate frenético, cheio de execuções e sangue rolando para todos os lados, embalado por um metal que faz você entrar no clima de furacão da morte que o Marine do jogo acaba tornando-se. Além disso, o jogo conta com grandes mapas nas fases recheados de segredos, e uma boa história, para quem liga para elas (o Marine de DOOM, por exemplo, não liga, como podemos notar nos primeiros instantes do jogo). O modo multiplayer é apenas ok, mas a campanha é tão boa que compensa isso.

Nota final

95
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Combate soberbo
  • As Glory Kills são sensacionais
  • Boa história
  • Mapas cheios de extras
  • Eu já falei que o combate é muito bom? Ele é melhor ainda
  • Dublado e legendado em português

Contras

  • O modo multiplayer poderia ser melhor.
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.