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Divekick! – Review

O que um bom jogo de luta necessita? Combos? Especiais? Luzes brilhantes na tela que vão te fazer ter um ataque epilético? Dois botões e nada mais. É isso o que Divekick tenta te mostrar, que um bom jogo de luta só necessita disso e nada mais para vingar. Será mesmo ou será que Divekick não é nada mais do que um jogo preguiçoso que recebeu atenção demais durante a sua produção?

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A primeira experiência com Divekick é meio estranha. O jogo literalmente só te dá dois botões para usar em qualquer situação, até para navegar nos menus do jogo. Para avançar, pressione um botão, para voltar, o outro. Caso você queira confirmar a sua escolha, aperte os dois juntos. Caso queira voltar para o menu anterior, segure um dos botões por algum tempo.

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Passada a estranheza no menu inicial (e o de seleção de personagem, cor e tudo mais), começa a primeira luta. Você não tem movimentação. Tudo o que você pode fazer é pular para cima ou para trás. Para avançar, é necessário que você dê uma voadora. “Tá, mas e como a luta acontece?”. Bom, a luta acontece assim, você e seu inimigo ficam pulando e dando voadoras, um tentando acertar o outro. Quem acertar primeiro, vence. Sim, Divekick não tem nem uma barra de energia, aquela barra lá em cima é só para dar uma impressão de que a luta vai ser longa e tediosa.

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Quem acha que o jogo acaba aqui está muito enganado. Divekick é bem mais profundo do que parece. Para avançar no cenário, você tem que acertar o ângulo da sua voadora, senão você avança demais e toma um contragolpe que te custa o round. Pior, se a voadora pega na cabeça, o seu personagem (ou seu adversário) começa tonto no próximo round, fazendo-o movimentar-se mais lentamente, seja para pular, seja para dar uma voadora.

O sistema de luta de Divekick trabalha dessa forma basicamente. Pula, chuta, pula pra trás, ufa, aquela voadora passou ali ali. Opa, opa, ae! Acabou a luta! Eu sinceramente não imaginei que um jogo como esse fosse conseguir me tirar da cadeira lutando contra um adversário, suando para acertar aquele golpe no momento certo e dando aquela respirada de “ufa” após o fim de um round árduo. Mas é exatamente isso o que Divekick oferece.

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Para completar o sistema, ainda há a possibilidade de você escolher uma joia para o seu lutador (que aumenta a velocidade de voadora, altura do pulo ou os dois, se você abrir mão de um round vencido) e de dar especiais durante a luta pressionando ambos os botões de ação ao mesmo tempo. Esses especiais variam bastante de personagem para personagem, indo desde ações comuns de jogos de luta, como pular para frente, a um “hadouken”.

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O jogo é minimalista pra caramba, pro bem e pro mal dele. Os gráficos do jogo, apesar de bem desenhados, são simples demais, parecendo mais uma modificação do MUGEN feita por alguém. A maioria dos personagens fazem referência a algum personagem de jogo de luta ou a algum personagem da “scene” dos jogos de luta.

Já no quesito som, Divekick apresenta uma trilha sonora bem feita, que lembra os clássicos dos jogos de luta.

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Caso você queira trocar umas voadoras com os amigos, há a possibilidade de jogar multiplayer local ou via internet mas esse último modo é meio estranho, pois não é possível escolher contra quem você quer lutar. O jogo vai lá e te joga em uma partida (ranqueada ou não) contra um sujeito aleatório. Caso você jogue localmente, cada um pode usar o seu joystick (no PC e no PS3) ou dividir o Vita em duas metades, com um dos lutadores usando os direcionais enquanto o outro usa os botões de ação.

Divekick está custando atualmente US$ 10,00 (US$ 8,00 se você for assinante da PS+) na PlayStation Network com cross-buy ativado (ou seja, você compra e ganha ele para PS3 e PS Vita) ou R$ 16,99 na Steam. Eu não sei se a esse preço o jogo vai ser atraente pela quantidade de conteúdo que ele oferece, mas, caso você acabe esbarrando nele em alguma das promoções da Steam (a de natal por exemplo) por menos, compre, é um jogo de luta bastante divertido, incrivelmente completo e complexo, apesar da simplicidade.

Resumo para os preguiçosos

Divekick possui um gameplay divertido e simples que vai te proporcionar algumas horas de desafio, mas que não vai te prender por muito tempo.

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Nota final

75
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

 

  • Gameplay simples e desafiador
  • Boa trilha sonora

 

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Contras

  • Gráficos simples demais
  • Menu confuso
  • Multiplayer estranho
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.