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Digimon Story: Cyber Sleuth – Review

Digimon e Pokémon já duelaram bastante no passado para saber quem seria o título definitivo com o sufixo “mon”. Como sabemos, Pokémon venceu, e um dos principais motivos para isso era ter jogos consistentes e com uma certa progressão, algo que não acontecia com o concorrente da Bandai Namco. Será que desta vez, ao trazer mais de mil criaturas para o jogo, além de ser lançado para PS Vita e para PS4, a companhia consegue? É o que vamos descobrir.

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Em Digimon Story: Cyber Sleuth, você controla um garoto que foi afetado por uma doença digital que está assolando o mundo do game e que agora deve descobrir mais sobre ela e dar um jeito de salvar a si próprio. Por causa da doença, você foi separado em parte humano e parte digital, e a sua parte digital acaba sendo ajudada por uma detetive, que está pesquisando sobre o assunto. Sendo assim, o seu personagem começa a ajuda-la e vira um detetive cibernético (daí o nome do jogo) que vai investigar mais a fundo tanto essa doença quanto o mundo digital, além de outros casos opcionais.

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Para quem está esperando um jogo no estilo Pokémon, onde você mal começa e já está enfrentando inimigos, eu tenho uma má notícia: o jogo é lento pra caramba no começo. Sério, só espere ação mesmo depois de quase três horas de jogo. Até lá, é muita conversa e pouca ação, e quando eu digo muita, chega ao ponto do irritante. Eu quase desisti de jogar o jogo algumas vezes durante essa etapa inicial, torcendo para que ela acabasse o mais rápido o possível, mas ela infelizmente continuava se arrastando, até que finalmente o jogo realmente começa.

Depois desse começo realmente lerdo, Digimon Story: Cyber Sleuth prova que esse esforço inicial vale a pena, pois o game é muito bom. Nele, você basicamente tem que resolver casos (que envolvem explorar os mapas do jogo, bater papo com NPCs e batalhar com Digimons) e explorar o mundo digital. Para tanto, você conta com vários Digimon à sua disposição, que são adicionados à sua coleção após você “escanea-los” várias vezes e digitaliza-los num laboratório.

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Conforme os seus monstrinhos vão batalhando e passando de nível, você pode digivolve-los para os mais diferentes monstros, e aí a escolha é sua de como prosseguir, afinal, cada Digimon pode virar 3 ou 4 monstros diferentes a cada fase. No seu grupo, você pode carregar até 20 Digimons consigo, apesar de conseguir batalhar com apenas 3 simultaneamente e, dependendo da fase em que ele está, ele acaba ocupando mais ou menos espaço dentro do seu grupo.

Esse sistema de inventário é bem simples, mas que também abre um leque bem grande para você ter um grupo diversificado pra caramba, afinal, além dos três que batalham, você tem um monte de amigos na reserva para dar conta do recado caso as coisas deem errado. Felizmente, na maioria dos casos, as batalhas são bem simples, só não vá enfrentar um chefe com um monstro recém digivolvido, pois a cada evolução, seus monstrinhos voltam para o nível 1 e acabam perdendo alguns bons status (mas crescendo bem mais rápido também).

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O sistema de batalha do jogo é um misto do que encontramos em JRPGs nos últimos anos, ou seja, você batalha por turnos escolhendo que ataques você quer. Dependendo do elemento do seu digimon e do atributo dele, você causa mais ou menos dano no seu inimigo, e ele também. Além disso, você também tem digimons por classe, que podem ser mais ou menos efetivos contra outras classes de digimon.

No geral, o jogo é basicamente isso: pegar missões, explorar mapas (que nem sempre são tão intuitivos assim), enfrentar Digimons, evolui-los, e assim por diante. Durante a sua jornada, você vai encontrar um monte de amigos e de personagens um tanto inusitados, além de um grupo de Hackers terrorista que quer acabar com a ordem (e adivinha quem vai acabar com eles? obviamente é você). O processo em si do jogo é divertido, apesar de eu não ter gostado tanto assim do excesso de diálogos, principalmente porque tem horas que o jogo começa e parece que não vai terminar nunca, se arrastando por vários minutos assim.

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Uma boa função que o jogo apresenta, aliás, é o Cross-Save. Como o jogo foi lançado para PS4 e para PS Vita, você pode parar numa versão e continuar na outra, enviando o seu save para a nuvem no portátil e baixando no console, e vice-versa. Eu testei essa função e ela funciona de acordo, e é muito bom poder parar num lugar e continuar no outro, apesar do jogo não contar com Cross-Buy e custar 60 dólares no PS4 e mais 40 no PS Vita.

Graficamente, tanto a versão de PS4 quanto a de PS Vita são equivalentes. O jogo obviamente roda numa resolução maior no PS4 (e também conta com zero telas de carregamento nessa versão) além de um framerate maior, mas como o game foi inicialmente desenvolvido para o PS Vita, ele também é bonito na versão de portátil. A trilha sonora do jogo também é boa, apesar de eu ter achado estranha a decisão da Bandai Namco de não ter dublado o jogo em inglês: você conta com os áudios originais em japonês e legendas em inglês, apenas.

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Review elaborado com uma cópia de PS4 e outra de PS Vita fornecidas pela Bandai Namco do Brasil.

Resumo para os preguiçosos

Digimon Story: Cyber Sleuth ainda não é exatamente o jogo definitivo de Digimon, mas é bem divertido, contanto que você consiga sobreviver a um começo extremamente arrastado. Após isso, o jogo traz batalhas divertidas, personagens carismáticos e um mundo simples, porém belo, a se explorar. Além disso, é possível intercalar a jogatina entre o PS4 e o PS Vita, o que dá a comodidade de deixar você jogar o game onde você quiser.

Nota final

75
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Bom sistema de combate
  • Vários Digimon para usar
  • Divertido

Contras

  • O começo do jogo é extremamente arrastado
  • Poderia ter cenários mais complexos
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.