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Diablo IV – Análise – Vale a Pena – Review

Diablo IV é provavelmente um dos jogos mais aguardados do ano, afinal, faz quase 10 anos que andamos por Santuário pela última vez purgando os lacaios do demônio, e agora temos a oportunidade de fazer isso novamente. Mas será que essa espera valeu a pena? É o que vamos descobrir hoje.

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Em Diablo IV, uma nova ameaça surge após 30 anos de paz: Lilith, a filha de Mephisto. Determinada a acabar com a humanidade, você e seus companheiros devem enfrentá-la e acabar com mais esse mal enquanto exploram Santuário.

A estrutura básica do jogo segue mias ou menos o que vemos desde o primeiro jogo da série, ou seja, você avança pelos mapas, enfrenta hordas de inimigos, vai ganhando novos níveis, pegando novos equipamentos e construindo a sua build da forma como você desejar.

Diablo IV - Análise - Vale a Pena - Review

O jogo oferece inicialmente cinco classes para você escolher: Bárbaro, Druida, Mago, Necromante e Renegado (o Rogue de Diablo original), sendo cada uma das classes mais forte em alguns atributos e mais fraco em outras. Como de costume, a classe à qual eu mais gostei de jogar neste jogo foi o Bárbaro, mas as classes de Necromante e Druida também ficaram muito divertidas.

Já a classe de Mago é aquele desafio onde você começa bem fraco e tem potencial para causar muito dano muito rapidamente, e a única que eu realmente não gostei muito foi o Renegado, pois acabei achando fraco demais e não encontrei uma build que me agradasse nele, parecendo um personagem muito melhor de se jogar para dar suporte a outra pessoa do que sozinho.

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A primeira coisa que os jogadores de Diablo IV vão notar ao começar o jogo é a escala dele. Os mapas do jogo estão realmente muito grandes, e a quantidade de conteúdo que a Blizzard colocou nele é impressionante. Mesmo quests secundárias levam um bom tempo para serem concluídas, e calabouços, cavernas e masmorras são bem extensas, então se você for daqueles que gosta de fazer absolutamente tudo o que aparece pela frente, prepare-se para gastar muitas e muitas horas e nem sentir que você está progredindo na campanha.

Diablo IV - Análise - Vale a Pena - Review

Uma das coisas que eu mais gostei no começo do jogo foi a possibilidade que Diablo IV te dá de seguir o caminho que você desejar. Após o prólogo, o jogo marca três pontos no mapa e quem decide para onde vai é você, pois não importa muito a ordem que você fizer os três atos iniciais do jogo, com o restante do jogo seguindo uma ordem mais linear, mas pode ter certeza que há muito chão até isso acontecer.

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Outro ponto bem legal do jogo é que ele te incentiva pra caramba a experimentar com os seus personagens a todo instante. Você provavelmente vai errar sua build no começo do jogo, desbloqueando habilidades que não combinam muito bem entre si e assim por diante. Felizmente, cancelar essas habilidades e reaver os seus pontos de desbloqueio é algo bem simples, e você gasta apenas ouro nisso.

Por falar em ouro, você vai usar ele bem menos do que imagina no jogo, ou pelo menos foi essa a sensação que eu tive durante o tempo em que eu joguei Diablo IV. Apesar de ser possível usá-lo para comprar equipamentos, em muitos momentos do jogo, o loot que você vai adquirindo conforme mata os inimigos é melhor do que o disponível nas lojas. No fim, eu acabei usando o meu apenas para consertar os equipamentos mesmo e para outras atividades mais secundárias que envolvem você gastar dinheiro, como melhorar jóias e fazer upgrade nos seus equipamentos.

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Caso você já esteja acostumado com Diablo e seja um veterano da franquia, saiba que a jogabilidade de Diablo IV não é exatamente igual à que encontramos em Diablo III. O jogo está muito mais dinâmico do que no passado, e se você ficar clicando incessantemente e sem pensar muito, o resultado vai ser provavelmente o seu personagem beijando a lona mais vezes do que você gostaria, assim como você ficar estático atacando apenas é um convite à morte. Nesse sentido, o combate do jogo me lembrou muito mais do que encontramos em MOBAS e jogos de estratégia do que em jogos aos quais Diablo inspirou e se inspirou ao longo dos anos.

Esse tipo de combate é mais evidente ainda contra os chefes que o jogo apresenta durante a campanha. Não entrarei em detalhes como eles são, mas pode ter certeza que se você não abrir os olhos e lutar usando a cabeça, você provavelmente vai morrer algumas vezes nos combates, ainda mais se decidir começar o jogo num nível de dificuldade além do normal.

Falando um pouco sobre a história do jogo, Diablo IV conta com uma história bem interessante, e bem menos épica, pelo menos a princípio, do que outros jogos da franquia. Como vocês devem lembrar, as forças do céu e do inferno meio que quase se destruíram no jogo anterior da série, então o que encontramos aqui são relações mais próximas não com reis e magos, e sim com o povão mesmo, aldeões, soldados, cavaleiros e assim por diante.

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Diablo IV - Análise - Vale a Pena - Review

É interessante como o mundo de Diablo IV é rico e cheio de oportunidades de você aprender mais sobre ele, e mesmo uma quest boba de reunir meia dúzia de pergaminhos na floresta vai fazer você aprender bem mais sobre como o personagem que te pediu isso e a classe dele se relacionam com o mundo do jogo, por exemplo.

Outro ponto legal no jogo é que o mundo evolui conforme você mais explora ele, então é possível desbloquear novos assentamentos, por exemplo, ao limpar fortalezas inimigas, dando assim a oportunidade aos cidadãos de Santuário de reaverem ou conquistarem esses lugares. Além disso, o jogo também conta com eventos ao vivo, onde você pode juntar-se a outros jogadores para cumprir quests relâmpago e obter loot para continuar sua missão.

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Um ponto que certamente vai acabar causando polêmica no lançamento do game é o fato dele ser 100% online. Mesmo nas versões de console, que haviam sido poupadas disso no jogo anterior da franquia, você também terá que estar conectado o tempo todo. Como é de se imaginar, isso te deixa tanto à mercê da sua conexão quanto a dos servidores. Durante o tempo em que a gente teve para fazer o review do jogo, eu tive alguns problemas de conexão com o servidor e pelo menos uma vez eu fui morto por uma onda de inimigos por ter ficado estático enquanto tentava reconectar-me ao servidor. Não teria sido nada legal se o personagem que morreu fosse um hardcore, por exemplo.

Segundo a Blizzard, o motivo do jogo funcionar dessa forma é porque ele vai seguir o modelo de live service, ou seja, vai receber constantes atualizações, e como o crossplay está ligado desde o começo, você encontrará jogadores da sua plataforma e de outras passando também pelo seu cenário. No tempo em que eu joguei o jogo isso aconteceu mais de uma vez, mas eu sinceramente não vi outros jogadores afetarem o meu jogo, e esses personagens passavam direto pelos inimigos que estavam na tela como se fossem um vulto, e estes geralmente acabavam dando atenção apenas para mim.

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Completada a campanha principal, você tem a oportunidade de entrar no conteúdo de endgame do jogo, que oferece inimigos mais fortes, a oportunidade de você jogar tudo de novo com um nível de dificuldade maior e também o PVP. Infelizmente eu não tive muito tempo para explorar essa parte, mas o que eu vi, acabei gostando, mas eu definitivamente não sou o tipo de jogador que joga o mesmo jogo várias vezes, então esse tipo de conteúdo acaba não me afetando muito.

Outro ponto que merece destaque é a loja do jogo. Ela não estava disponível durante o review, mas segundo a Blizzard, a ideia dela é oferecer apenas itens de customização, não dando vantagens a quem gaste muito dinheiro nela e não transformando o jogo em pay to win, um grande temor dos jogadores, ainda mais com o que aconteceu recentemente em Diablo Immortal.

Diablo IV - Análise - Vale a Pena - Review

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Além disso, para coibir o comércio informal entre jogadores, não será possível doar itens de raridade maior do que o azul para outros jogadores, impedindo assim que itens únicos sejam comercializados.

Um ponto que me deixou incomodado no jogo foi no que diz respeito à qualidade de vida dele. Parece que o jogo não guarda bem onde você esteve, por exemplo, na hora de usar um Town Portal, te jogando para uma cidade aleatória ao invés da última que você visitou, e te obrigando a se transportar para outro círculo depois desse fast travel caso você realmente queira voltar à pé ou visitar as lojas do local mais próximo de onde você estava, ou até mesmo completar alguma quest.

Outra coisa que eu também não gostei muito nesse ponto foi o fato de que certas ações como combinar joias, ainda estão atrelados a certos NPCs do jogo, te obrigando a ir a cidades específicas para fazer isso, ao invés de te dar a possibilidade de fazer isso no próprio inventário a qualquer momento e economizar espaço dele com aquele monte de gemas que começam a aparecer depois que esse aspecto do jogo é desbloqueado.

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Para completar, ainda temos que falar sobre os cavalos. Apesar do jogo ter estábulos desde a primeira cidade que você encontra, ele fica te fazendo de bobo dizendo que a quest para desbloquear as montarias vai aparecer durante a história, só que demora mais de metade do jogo pra isso acontecer, então se você não sabe disso de antemão, você acaba ficando nervoso feito eu e achando que deixou essa quest e sabe-se lá o que mais passar para só depois descobrir que ficou ansioso a troco de nada, ainda mais quando os vultos de outros jogadores passam à cavalo ao seu lado nas áreas iniciais e você fica se perguntando se isso apareceu no começo do jogo e você perdeu ou o quê.

Graficamente, Diablo IV é um jogo muito bonito, que realmente apresenta um avanço dentro da franquia. Eu não encontrei nenhum tipo de problema de performance como engasgos e coisas do tipo, mas vale ressaltar que as telas de carregamento do jogo me incomodaram um pouco, mesmo no PS5. Eu não sei se é só o costume que eu tinha da época de Diablo III, onde os carregamentos praticamente não existiam ou o que, mas isso acabou deixando uma má sensação.

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Além disso, durante o review, o jogo estava bem instável e com muitos travamentos nas áreas opcionais como cavernas e masmorras. Ainda durante esse período, o jogo recebeu uma atualização que aparentemente corrigiu esse problema, mas por um bom tempo eu tive que ignorar tudo o que ele oferecia de quests opcionais pois o meu jogo simplesmente fechava toda vez que eu entrava numa delas. Tomara mesmo que esse problema tenha sido contornado.

Para completar, o jogo conta com uma ótima trilha sonora, e a dublagem tanto em português como em inglês estão nota 10, com a possibilidade de você escolher qual das duas vai usar independente do idioma do jogo, outro ponto que eu sempre gosto de enaltecer.

Mas e aí, Diablo IV vale a pena?

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Diablo IV é o mais ambicioso jogo da franquia e que certamente vai agradar e muito os fãs dela. Ele não só está melhor que os outros jogos da série, mas muito maior também, com sidequests imensas e uma campanha épica que vai te dar a oportunidade de explorar Santuário como nunca antes.

Infelizmente ele também conta com alguns problemas, como o fato de ser 100% online, algo que me deixa apreensivo pois mesmo no servidor fechado de review eu acabei morrendo mais de uma vez graças a lag e travamentos, e também alguns pontos de qualidade de vida poderiam ter sido melhor pensados, como os Town Portal e esquema de Combinação de Joias que eu comentei na análise, mas esses são problemas muito pequenos frente a diversão que o jogo oferece.

Review elaborado com uma cópia do jogo para PlayStation 5 fornecido pela publisher. Jogo disponível para PC, PS4, PS5, Xbox One e Xbox Series.

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Resumo para os preguiçosos

Diablo IV é o mais ambicioso jogo da franquia e que certamente vai agradar e muito os fãs dela. Ele não só está melhor que os outros jogos da série, mas muito maior também, com sidequests imensas e uma campanha épica que vai te dar a oportunidade de explorar Santuário como nunca antes.

Infelizmente ele também conta com alguns problemas, como o fato de ser 100% online, algo que me deixa apreensivo pois mesmo no servidor fechado de review eu acabei morrendo mais de uma vez graças a lag e travamentos, e também alguns pontos de qualidade de vida poderiam ter sido melhor pensados, como os Town Portal e esquema de Combinação de Joias que eu comentei na análise, mas esses são problemas muito pequenos frente a diversão que o jogo oferece.

Nota final

95
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Excelente sistema de combate
  • Mundo vasto e cheio de quests para explorar
  • Classes com muitas possibilidades e builds

Contras

  • A exigência do online pode acabar condicionado a sua experiência à qualidade da sua conexão
  • Alguns problemas de qualidade de vida como teletransportes para cidades erradas
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.