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Call of Duty: Ghosts – Review

Call of Duty: Ghosts foi anunciado prometendo revolucionar a série, com a possibilidade de você finalmente poder usar personagens femininos e ter um cachorro como companheiro na história principal (!?). Será que esse jogo realmente conseguiu isso ou é impossível, com o perdão do trocadilho, ensinar truques novos a um cachorro velho?

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O novo capítulo da saga realmente começa de maneira diferente do antigo. Antes de fazer qualquer coisa, você tem que fazer uma instalação de 3GB no Xbox 360 ou baixar pesadíssimos 40GB para PC e, no segundo caso, isso é um inferno para quem não tem uma conexão de internet lá muito boa ou tem uma certa quantidade de tráfego que pode usar por mês.

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  • Nome: Call of Duty: Ghosts
  • Plataforma: Xbox 360, PC, PS3, Wii U, PS4 e Xbox One
  • Desenvolvedor/Publisher: Infinity Ward/Activision
  • Lançamento: 5 de novembro de 2013

Feita a instalação e tudo mais, há três opções liberadas inicialmente: campanha, multiplayer e esquadrões. Falemos deles em sequência, além do quarto modo, que é desbloqueado após você jogar o primeiro capítulo da história principal.

A campanha do jogo inicia uma nova saga na série. O oriente médio foi bombardeado nuclearmente e se uniu em uma grande federação. Graças ao aumento do preço do petróleo, essa federação acabou tornando-se uma superpotência que tem apenas um objetivo: acabar com os Estados Unidos.

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Após dominarem a América do Sul e Central, além do México, porque o México só se ferra, a Federação está às portas dos EUA, quando um ataque no espaço, na estação Odin, uma superarma americana que ataca qualquer local do planeta à partir do espaço, quebra o cessar fogo entre as duas potências e causa uma destruição em massa na cidade de San Diego.

O conflito se arrasta por anos e os EUA estão de joelhos, prontos para serem derrotados. Os únicos que podem evitar isso são o Esquadrão Ghost, os personagens centrais desse jogo, e é aí que você entra. Você é Logan Walker na maioria do jogo e é acompanhado de David Hesh Walker, seu irmão, e um pastor alemão, Riley, uma menção a Ghost, um dos personagens da saga Modern Warfare, que também foi desenvolvida pela Infinity Ward.

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Logo no começo do jogo, você tem contato com os Ghosts e acaba entrando para o esquadrão. Vocês devem, além de salvar os EUA da ruína, derrotar Gabriel Rorke, um ex-Ghost que agora é da Federação e está caçando todos os integrantes dos Ghosts como forma de vingança por eventos do passado que são esclarecidos durante a campanha.

Durante a história do jogo, você irá operar em diversos tipos de missões, como uma plataforma de petróleo, guerra em campo aberto, no fundo do mar, no espaço etc. A campanha oferece bastante variabilidade de missões e, sinceramente, foi a primeira da série que eu consegui jogar até o fim. Apesar do entretenimento em geral, a história do jogo não é nada de surpreendente, sendo bastante previsível em diversos pontos.

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Os personagens da história não são também lá muito carismáticos e você provavelmente não vai se ligar muito a ninguém. Quando eu digo ninguém, é ninguém mesmo, nem a Riley, o cachorro que foi tão alardeado durante os trailers e conferências do jogo. Você controla Riley em uma ou duas missões no começo do jogo e só, o que é meio chato, pois usar um cachorro num jogo de luta é surpreendentemente legal.

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Sem entrar em detalhes e dar spoilers, o jogo obviamente foi concebido para ser uma nova série no universo de Call of Duty, provavelmente uma trilogia. Tendo isso em mente, tenha certeza de que você vai ouvir sobre um novo capítulo de Ghosts em 2015 e em 2017 provavelmente, então tenha isso em mente enquanto estiver jogando.

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Toda a campanha vem dublada em português brasileiro e, sinceramente? Eu gostei. Não está em pé de igualdade com a dublagem americana, claro, mas infinitamente melhor do que a dublagem de Call of Duty: Black Ops 2.

Quanto ao modo multiplayer, bom, aqui a coisa ficou um pouco pior do que era em Black Ops 2. Para começar, os consoles de geração atual tiveram a quantidade máxima de combatentes cortadas para 12. Isso mesmo, dois times de seis trocando balas e granadas e só. Isso não chega a ser tão ruim assim na maioria dos mapas, mas em um ou dois que claramente foram concebidos para times maiores, as coisas podem ficar um pouco mais solitárias e correr um monte para tomar um tiro nas costas e morrer certamente não é nada divertido.

Outro problema que os consoles de geração atual enfrentam por causa dos comprometimentos que tiveram que ser feitos para o jogo rodar neles é a falta de multiplayer local com 4 jogadores na mesma televisão. Eu não sei vocês, mas eu e alguns amigos costumamos nos reunir e, além de FIFA, Call of Duty é um dos jogos mais jogados. Infelizmente, Ghosts não será adicionado ao repertório e a geração atual vai terminar em Black Ops 2 mesmo.

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Bom, mas o que tem de novo? Call of Duty: Ghosts finalmente oferece a opção de você personalizar o seu soldado. Eu sinceramente não achei isso nada demais, até porque eu não sou o tipo de jogador que realmente se importa com o visual do meu personagem. Se desse, ele teria cabelo vermelho e barba azul, provavelmente.

Outra mudança é que agora você compra com pontos os seus addons nas armas, ou seja, a progressão de níveis pode gerar uma série de personalizações diferentes no armamento. Para desbloquear perks, você também precisa dos pontos, mas também precisa ganhar mais níveis durante as partidas, o que é sempre bem-vindo durante os fins de semana de double xp.

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No fim das contas, o modo multiplayer de Call of Duty: Ghosts acaba parecendo um retrocesso em relação ao multiplayer de Black Ops 2. O jogo da Treyarch introduziu uma série de novidades à franquia, com as armas futuristas, radares novos e tudo mais. Tudo isso foi removido em Ghosts, pois não fazia parte da história, e parece que a humanidade evoluiu seu armamento de maneira mais lenta nessa realidade alternativa.

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Algo que eu notei é que os tais “mapas dinâmicos” na verdade não são lá tão dinâmicos assim. Para falar a verdade, fora um relâmpago que eu tomei na cabeça, não houve diferença nenhuma em relação aos outros títulos da série.

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O outro modo de Call of Duty: Ghosts é o modo Esquadrões, onde você enfrenta um time de bots com até quatro jogadores. Algo como jogar Counter Strike com os amigos para praticar, ou seja, nada demais.

Para completar, Call of Duty: Ghosts ainda tem o modo Extinction, onde você e outros jogadores enfrentam uma invasão alienígena, um modo mais descontraído no estilo Call of Duty: Zombies. Quando eu quero dizer no estilo, é bem no estilo mesmo, parece que a Infinity Ward precisava adicionar um modo novo e não gastou muito tempo pensando nisso, simplesmente usando o que já estava pronto da co-irmã.

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Dito tudo isso, vale a pena jogar Call of Duty: Ghosts? Olha, sinceramente? Vale, o jogo é bem divertido, mas é mais do mesmo. Respondendo à minha pergunta lá em cima, o cachorro velho não aprendeu truques novos, ou melhor, até aprendeu, mas nenhum que vá tirar a plateia dos pés. O jogo é sólido, mas a Infinity Ward não saiu da sua zona de conforto. Mas ele é melhor do que Modern Warfare 3? Sim, definitivamente, a jogabilidade é tão boa quanto a de Black Ops 2.

Se vocês me permitirem a analogia, Call of Duty no geral me lembra da performance do treinador do meu time do coração, o Grêmio. O esquema usado pelo Renato tomou o Campeonato Brasileiro de assalto e o time ganhou diversas partidas seguidas, a exemplo de Modern Warfare original. O problema é que, após o sucesso original, o treinador ficou refém do esquema e o time começou a empatar umas, perder outras, e ganhar algumas também e é aí onde a série parece estar. O que aconteceu com o Grêmio depois disso? Bom, faz uns 5 jogos que o time não marca um gol e, ontem, 10/11/2013, o time tomou 3 a 0 do Cruzeiro.

Eu não estou dizendo que o futuro de Call of Duty é o mesmo do meu time, longe disso, é apenas uma analogia, mas o cachorro velho não aprendeu truques novos nesse título. A bola está no pé da Treyarch para o próximo jogo e, diferente da Infinity Ward, eles têm introduzido novidades à saga. Esperemos que elas sejam o suficiente para evitar um declínio da maior franquia da atualidade.

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Nota final

65
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

!

Contras

!

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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.