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Attack on Titan: Wings of Freedom – Review

Attack on Titan é um dos animes que mais fez sucesso nos últimos anos, e era mais do que natural que um jogo baseado nele fosse lançado. Como todo jogo de anime, a Koei Tecmo assumiu o desafio de criar uma experiência que seja semelhante ao que vemos no anime, mas que não seja extremamente repetitivo e que tenha apelo também a quem não está tão inteirado assim com a produção. Será que ela consegue?

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Em Attack on Titan, para o caso de você nunca ter ouvido falar a respeito do anime antes, a Terra está sendo destruída por criaturas gigantes que surgiram por motivos desconhecidos. Esses gigantes comem pessoas, e quase toda a Terra sucumbiu por causa deles. Você faz parte da força de resistência da última cidade humana, e deve acabar com eles, basicamente, e o jogo gira em torno disso.

Na campanha de Attack on Titan, você vai controlar uma série de personagens do anime, em missões que variam um pouco, mas que na maioria dos casos resumem-se a alguns objetivos: matar Titãs e salvar outros cadetes que estejam com problemas durante o combate.

Para isso, você logo aprende que o sistema de combate do jogo baseia-se na mobilidade. Você é um soldado que usa cilindros de gás para se propulsionar na direção dos titãs e tentar acabar com eles antes que eles te agarrem e te comam. Para tal, você gruda cordas gigantes neles e aí movimenta-se em torno dos gigantes para achar um bom ângulo para atacá-los. O combate do jogo em si é divertido, e cada gigante é uma oportunidade de você testar uma abordagem nova.

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Na maioria dos casos, entretanto, o que você precisa fazer apenas é circular o gigante, grudar a corda nele, voar e atacá-lo pelas costas, de preferência na nuca. Caso você seja mais metódico e queira dividir o seu trabalho em etapas, também é possível atacar outras partes do corpo dos titãs, como braços e pernas. Nesse caso, o seu personagem vai cortando os titãs em vários pedaços, e conforme o inimigo vai perdendo um pé ou uma mão, ele vai ficando mais vulnerável a um ataque derradeiro.

A maioria esmagadora dos titãs inimigos, sejam eles pequenos, médios ou grandes, pode ser vencida dessa forma, e o combate do jogo não muda muito desses processos. Dessa forma, o jogo acaba sendo repetitivo, mas como o sistema de combate em si não é chato, e também não é tão simples assim que você vá conseguir matar um titã trás do outro enquanto boceja, ele oferece um bom desafio.

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Além disso, você ainda precisa manejar o seu inventário durante o combate. Como você usa cilindros de gás para movimentar-se e lâminas para matar os gigantes, esses itens vão gastando conforme você os usa. Manejar seu inventário é importante para não acabar sem armas ou sem mobilidade contra um titã, e sempre é bom saber onde você pode recarregar seus itens no mapa de alguma missão para não acabar sendo pego desprevinido.

Cada missão costuma funcionar como em Dynasty Warriors, ou seja, um grande mapa onde você deve ficar indo de ponto a ponto realizado certos objetivos, como matar inimigos, salvar pessoas e assim por diante. Dependendo da fase, você usa um cadete diferente do jogo, cada um com algumas habilidades diferentes entre si.

Ao final de cada missão, o seu personagem ganha pontos de experiência, para desbloquear novas habilidades, pontos de esquadrão, para desbloquear novas armas e equipamento, e dinheiro, para comprar esse equipamento. Além disso, você ainda vai ganhando durante as missões materiais, que servem para você fabricar os itens que o seu esquadrão vai ganhando acesso conforme você avança as batalhas.

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Mas e no fim das contas, o jogo vale a pena? Olha, eu diria que Attack on Titan é, sim, um bom jogo. Ele está longe de se propor a revolucionar o gênero de jogos baseados em anime, e certamente tem mais profundidade do que muitos outros jogos de luta baseados em animes que estão disponíveis no mercado, mas eu esperava um pouquinho mais de variação no desafio.

Na maioria das missões, você vai repetir as mesmas tarefas, indo de um canto pra outro, matando titãs que não chegam a oferecer uma verdadeira ameaça e ficar andando por aí usando os seus ganchos como se você fosse o homem aranha. É repetitivo, mas pelo menos esse é um tipo de repetitivo que não chega a ser tão chato assim. Ele eventualmente cansa, mas o jogo ainda pode te surpreender em alguma situação de perigo vez que outra.

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Graficamente, Attack on Titan é um jogo com visuais na média. Como o jogo é limitado pelo fato de também ter sido desenvolvido para o PS Vita, eu esperava visuais melhores, já que os gráficos do jogo no PS4 não chegam a ser tão bonitos assim. A trilha sonora do game também está na média, com destaque para a dublagem japonesa do jogo e a falta de menus ou legendas em português.

Review elaborado com uma cópia do jogo para PS4 fornecida pela Koei Tecmo.

Resumo para os preguiçosos

Attack on Titan faz um bom serviço em trazer uma experiência fiel à do anime, além de apresentar um combate que, ainda que repetitivo, diverte. O jogo vai agradar especialmente fãs do estilo de jogo de Dynasty Warriors, com missões com um mapa gigante e várias movimentações por ele. Por falar em movimentação, ela é divertida, já que você parece até o Homem Aranha, atirando os seus ganchos por aí. Eventualmente, você vai cansar de repetir as mesmas tarefas no jogo, mas eu me diverti antes disso acontecer.

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Nota final

70
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Combate satisfatório
  • Bom sistema de mobilidade, lembrando até a movimentação do que seria um jogo do Homem Aranha
  • Várias missões
  • Dublagem original em japonês

Contras

  • Eventualmente o jogo fica repetitivo
  • Falta de menus em português
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.