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Umbrella Corps – Review

A Capcom está comemorando 20 anos da franquia Resident Evil nesse ano e, para celebrar esse acontecimento, todo mundo esperava algum grande anúncio. Eis que esse grande anúncio foi… um jogo de tiro competitivo ambientado dentro do universo de Resident Evil, e todo mundo ficou com cara de “quê???”. Pois é, Umbrella Corps não é exatamente o que esperava, mas será que o jogo consegue nos surpreender? É o que vamos descobrir.

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Em Umbrella Corps, você vive a história de um mercenário sem nome que é quer lucrar após a queda da Umbrella. Para isso, você, e mais dois mercenários visitam os mais diferentes cenários da era clássica de Resident Evil e enfrentam outros três mercenários em busca de informações sobre as armas biológicas desenvolvidas pela companhia, mas isso é só um pretexto para enfrentar outros jogadores num jogo de tiro competitivo, já que a história do jogo é mínima.

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Como eu disse acima, o jogo é basicamente um pretexto para ser um jogo de tiro competitivo 3 contra 3, e como ele se sai dessa forma? Bem mal. Desde a primeira experiência com o tutorial, Umbrella Corps já dá a entender que a experiência não vai ser boa. Os controles são desajeitados, lentos e o jogo faz um péssimo trabalho em explicar o que cada tecla do teclado faz. Você prefere jogar com um controle? É uma pena então se você estiver usando a versão de PC do jogo, já que, apesar do jogo mostrar que tem compatibilidade com o controle do Xbox 360, eu não consegui fazer os meus rodarem nele nem com reza brava.

Enfim, terminado o tutorial (a duras penas, é verdade), cheguei na parte de procurar uma partida. E aí começou mais uma etapa estranha do jogo, já que o game tem vários modos, como partida ranqueada e casual, e cada uma delas demora uma eternidade para encontrar um time. Dentro do jogo, o que você vai encontrar são partidas de pouquíssimos minutos de duração, já que os jogadores morrem mais rápido do que formigas na chuva, tornando assim Umbrella Corps num exercício de “espere 10 minutos por uma partida, jogue essa partida por 3 minutos e repita”. Isso não é nada divertido.

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O outro modo que o jogo oferece são as partidas multi-missão, que deveriam ser o padrão do jogo, já que nesse modo há respawn e os objetivos vão variando (como todos contra todos, mate o personagem escolhido do outro time e assim por diante), mas, mesmo sendo o modo mais divertido do jogo, ele ainda tem muito pouco a oferecer, muito pouco mesmo.

Além de ter que enfrentar inimigos humanos dentro do jogo, Umbrella Corps ainda tem zumbis nas partidas. Inicialmente, eles não atacam você se você não ataca-los, mas caso você seja ferido, eles “sentem cheiro de sangue” e começam a ir atrás de você para come-lo. O sistema é interessante, e faz as hordas de inimigos serem uma arma a mais que você tem disponível para vencer as partidas, se elas não durassem tão pouco, é claro.

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Além de ser composto por partidas estranhas, e que demoram uma eternidade para começar, Umbrella Corps tem uma jogabilidade terrível. Não dá para entender boa parte das escolhas de design do time da Capcom que trabalhou no jogo, infelizmente. Para vocês terem ideia de um exemplo, a câmera do jogo, apesar de ser em terceira pessoa, fica colada na nuca do personagem, ou seja, ele ocupa quase toda a tela e você não consegue ver o que está à sua volta. Quando você aperta para mirar (apesar disso não ser inteiramente preciso na maioria do tempo), você vai para o modo em primeira pessoa, e parece que diminuem a sensividade do seu controle em 90%, de tão lento que o jogador fica. É uma escolha frustrante de design atrás da outra, que acaba tornando a experiência mais frustrante ainda do que ela já seria se o jogo tivesse uma boa jogabilidade.

Graficamente, Umbrella Corps não é um jogo feio, mas também não é um jogo bonito, ele está na média. Como eu joguei a versão de PC do jogo, não há o que comentar sobre a versão de PS4, então, na minha plataforma de testes, o jogo rodou bem, sem slowdowns e parece estar bem otimizado. A trilha sonora do jogo é mediana, com boa dublagem em inglês. Vale ressaltar ainda que os menus do jogo e os diálogos foram traduzidos para o português.

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Review elaborado com uma versão do jogo para PC fornecida pela Capcom

Resumo para os preguiçosos

Umbrella Corps é o jogo que ninguém pediu, e que não vai surpreender ninguém. Além de ser difícil de conseguir partidas para ele, elas demoram pouco e são chatas. A jogabilidade é bem estranha e o jogo como um todo acaba sendo um grande exercício de paciência, já que você vai ficar mais tempo olhando para os menus do que jogando-o, devido à baixa quantidade de jogadores que estão nele. Resumindo o meu resumo, Umbrella Corps não é um bom jogo.

Nota final

25
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • A ideia dos zumbis atacarem os jogadores feridos é bem interessante e pode ser guardada para jogos futuros
  • O modo multi-missão é o que o jogo tem de melhor a oferecer

Contras

  • Jogabilidade muito mal feita
  • Partidas curtas demais e sem graça
  • Longos tempos de espera para conseguir uma partida
  • História inexistente
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.