InícioArtigosThe Legend of Zelda - Do pior ao melhor

The Legend of Zelda – Do pior ao melhor

Desde que fez sua estreia em 1987, The Legend of Zelda virou uma das principais séries da história da Nintendo. A cada geração, a empresa japonesa evoluiu a aventura de Link e encontrou novas maneiras de apresentar sua eterna luta contra Ganon e seu relacionamento com a princesa Zelda.

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No entanto, como toda série que tem uma longa história de experimentos, nem sempre as ideias testadas pela desenvolvedora deram certo no mesmo nível. Decidir quais são os melhores capítulos dessa franquia é uma tarefa difícil, já que quase todos os seus jogos merecem ser conferidos — mas tentamos fazer isso de qualquer forma.

A seleção leva em conta somente games que saíram para plataformas da Nintendo, deixando de lado os infames títulos para o Phillips CDi. Confira nossas escolhas e deixe nos comentários qual é a sua ordem favorita dos jogos da franquia Zelda.

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Do pior ao melhor Zelda

Zelda II: The Adventure of Link

  • Ano de lançamento: 1988
  • Plataforma: Nintendo Entertainment System

The Adventure of Link tem os méritos de não viver somente em cima das bases estabelecidas por seu antecessor, mas pecou por fazer mudanças demais que não foram executadas muito bem. Adotando uma perspectiva lateral, o game traz um foco grande nos confrontos e um nível de dificuldade que pode se mostrar bastante frustrante, graças às limitações dos movimentos de Link.

Ele também destoa do resto da série por sua história, na qual Zelda é traída por seu irmão que tenta roubar o Tri-Force. O game teve boas vendas, mas até hoje é lembrado como o patinho feio da série, que vale a pena ser conferido mais pela curiosidade do que pela qualidade de sua história ou gameplay.

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The Legend of Zelda: Tri Force Heroes

  • Ano de lançamento: 2015
  • Plataforma: Nintendo 3DS

Último game da série a sair para o Nintendo 3DS, Tri Force Heroes não foi a primeira entrada da série com foco no multiplayer. No entanto, a maneira como o jogo foi executado acabou não funcionando muito bem, apesar de a ideia central criada pela Nintendo até ser interessante até certo ponto.

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No game, jogamos com três versões diferentes de Link, que devem se unir para enfrentar inimigos e solucionar puzzles. Com um modo single player que até que funcionava bem e um sistema de roupas com poderes especiais, o título até diverte jogando em grupo, mas não é muito memorável.

The Legend of Zelda: Four Swords

  • Ano de lançamento: 2002
  • Plataforma: Game Boy Advance
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Outra experiência focada no multiplayer, Four Swords surgiu como um bônus da versão Game Boy Advance de The Legend of Zelda: a Link to the Past. Nele, dois a quatro jogadores precisam se unir para explorar labirintos, matar inimigos e coletar rupees. Quem conseguir acumular mais dinheiro ao fim de uma rodada é considerado o vencedor e ganha um prêmio especial.

Oferecendo um sistema de labirintos aleatórios e quatro fases por rodada, o jogo tem alguns itens exclusivos interessantes e aspectos cooperativos bem fortes. O que faz ele ficar tão baixo na lista é o fato de que ele não traz muitos elementos de história e acaba ficando um pouco desconectado do resto da série.

Four Swords Adventures

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  • Ano de lançamento: 2004
  • Plataforma: GameCube

Four Swords Adventures pega o que funcionou no jogo do Game Boy Advance e adiciona uma camada de história, na qual Shadow Link surge para tentar destruir o mundo. Além do modo focado na narrativa, o título também traz uma opção de multiplayer competitivo para decidir qual versão de Link é a melhor.

Infelizmente, acessar esse modo não era algo muito fácil de fazer. Determinada a integrar o Game Boy Advance com o GameCube, a Nintendo fazia com que fosse preciso ter quatro unidades do portátil e quatro cabos de conexão para que todos os jogadores pudessem participar dos combates tendo uma tela própria à sua disposição. Com isso, a popularidade do game acabou sendo bastante limitada pela própria desenvolvedora.

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The Legend of Zelda: Spirit Tracks

  • Ano de lançamento: 2009
  • Plataforma: Nintendo DS

Lançado dois anos depois de Phantom Hourglass, Spirit Tracks tem como principal pecado parecer ser um jogo idêntico a seu antecessor, mas com uma skin nova. Centenas de anos após os eventos de The Wind Waker, Link e Tetra precisam estabelecer um novo reino de Hyrule e impedir que ele seja dominado por um trem demoníaco.

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Transformando o protagonista da série em um maquinista, o game tem um sistema diferenciado de navegação pelo mundo e alguns dungeons divertidos. Ele também soube usar os recursos do Nintendo DS de maneira interessante, especialmente no que diz respeito a seu microfone. Apesar de ter boas ideias, o jogo acabou condenado por ser simplesmente legal, mas não passar muito disso.

The Legend of Zelda

  • Ano de lançamento: 1987
  • Plataforma: Nintendo Entertainment System
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O jogo que começou tudo, The Legend of Zelda é um game que surpreende por trazer elementos que perduram na série até hoje. Elementos como Ganon, o Tri-Force e a missão para salvar a princesa Zelda já estavam presentes no primeiro título, que trazia um sistema de exploração aberto e não linear.

O game na verdade era tão aberto que podia ficar um pouco confuso e bastante difícil, caso o jogador acabasse parando em uma área que claramente estava acima de seu nível de habilidade. Com vários labirintos desafiantes e um sistema de saves praticamente inédiuto para sua época, o título até hoje traz qualidades que tornam interessante conferi-lo.

The Legend of Zelda: Oracle of Seasons and Ages

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  • Ano de lançamento: 2001
  • Plataforma: Game Boy

Enquanto a série Zelda sempre foi ligada à Nintendo, uma parceria com a Capcom acabou resultando em alguns títulos portáteis bastante interessantes. Lançados para o Game Boy, os jogos com o nome Oracle levavam Link a duas terras distintas com NPCs, itens e desafios únicos, que acabam se conectando no fim de suas aventuras.

A ideia de lançar dois jogos da série de uma só vez foi revolucionária, e podia ser ainda mais surpreendente caso o terceiro game programado pela desenvolvedora não tivesse sido cancelado. Tanto Oracle of Ages quanto Oracle of Seasons são bastante divertidos e funcionam muito bem, independentemente das limitações que o portátil da Nintendo podia trazer.

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The Legend of Zelda: Phantom Hourglass

  • Ano de lançamento: 2007
  • Plataforma: Nintendo DS

Uma sequência direta de The Wind Waker, o jogo mostra o que acontece com Link e Tetra após eles derrotarem Ganon. Em um cenário distante de Hyrule, o jogador precisa reunir recursos para conseguir salvar Tetra, que acabou sendo capturada por um navio fantasma enquanto estava participando de suas próprias aventuras.

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O título soube aproveitar muito bem os recursos do Nintendo DS, usando sua tela de toque para controlar os movimentos e ataques básicos do protagonista e para a resolução de vários quebra-cabeças. O maior pecado do jogo foi ter um labirinto principal que precisava ser repetido várias vezes e tinha um limite de tempo que podia ser bastante irritante.

The Legend of Zelda: The Minish Cap

  • Ano de lançamento: 2004
  • Plataforma: Game Boy Advance
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O último fruto da parceria entre a Nintendo e a Capcom, Minish Cap já foi considerado o ponto de início da série antes que Skyward Sword tomasse esse posto. O título mostra uma versão bem diferente do mundo da franquia, apresentando a nova espécie conhecida como Picori, que, devido a seu tamanho pequeno, protege Hyrule sem ser vista.

No game, o vilão Vaati engana a família real para quebrar o selo de um baú sagrado que tinha selado em seu interior diversos monstros. Agora cabe a Link usar o item mágico conhecido como Minish Cap para parar esse novo adversário e resgatar a paz que foi perdida, explorando dois universos com tamanhos distintos e vários desafios interessantes.

The Legend of Zelda: Link’s Awakening

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  • Ano de lançamento: 1993
  • Plataforma: Game Boy

Embora atualmente não existam dúvidas de que Zelda pode funcionar bem no mundo portátil, em 1993 a história era bem diferente. The Legend of Zelda: Link’s Awakening provou que o Game Boy tinha mais do que suficiente para ser o palco para um game da série, apresentando uma aventura bem diferente de todas as demais.

O game não tem Ganon nem Zelda, mostrando a missão de Link para acordar o místico Wind Fish de seu sono profundo. Trazendo alguns elementos surreais e dungeons bem divertidos, o game chegou a receber uma versão aprimorada para o Game Boy Color e um remake para Nintendo Switch que merece ser conferido por todos os fãs da franquia.

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The Legend of Zelda: Skyward Sword

  • Ano de lançamento: 2011
  • Plataforma: Nintendo Wii

Único game exclusivo da série para o Nintendo Wii, Skyward Sword foi bastante elogiado em seu lançamento, mas acabou virando um patinho feio da franquia com o passar dos anos. Isso acontece porque, apesar de ter uma das histórias mais interessantes da franquia, o título traz um sistema de combates por movimento que não envelheceu muito bem.

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Além disso, o game peca por ser excessivamente linear e por fazer o jogador revistar várias vezes as mesmas áreas durante sua aventura. O game acabou ganhando uma certa redenção recentemente, quando sua versão HD com novos sistemas de controles fez sua estreia oficial no Nintendo Switch.

A Link Between Worlds

  • Ano de lançamento: 2013
  • Plataforma: Nintendo 3DS
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Exclusivo do Nintendo 3DS, A Link Between Worlds marcou um momento de virada para a série. Após diversos capítulos baseados em uma estrutura linear, a Nintendo criou uma aventura em que todos os labirintos podiam ser visitados em ordem livre. Para tornar isso possível, ela criou um sistema de aluguel de itens, cada um associado a um calabouço.

Compartilhando o mesmo mundo de A Link to the Past, o game também trazia um sistema de universos paralelos e uma mecânica interessante na qual Link virava uma pintura. Isso fez dele um dos capítulos mais divertidos da série, abrindo as portas para que os fãs veriam anos depois em Breath of the Wild.

The Legend of Zelda: Twilight Princess

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  • Ano de lançamento: 2006
  • Plataformas: GameCube e Nintendo Switch

Programado originalmente para ser um jogo exclusivo do Game Cube, Twilight Princess foi um dos títulos de estreia do Wii e marcou um capítulo que trouxe uma história mais sombria para a série. A principal mecânica do jogo envolvia permitir que Link se transformasse em um lobo enquanto explorava uma versão alternativa de Hyrule.

Trazendo um foco bastante grande na história, o jogo trouxe labirintos interessantes e alguns dos personagens mais legais de toda a franquia. No entanto, ele se mostrou um título bastante linear, limitando bastante a capacidade de exploração dos jogadores até que eles se aproximassem dos momentos finais de sua trama.

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The Legend of Zelda: The Wind Waker

  • Ano de lançamento: 2002
  • Plataforma: GameCube

É difícil imaginar isso hoje em dia, mas The Wind Waker foi um jogo para o qual muitos fãs da série torceram o nariz em 2002. Muito disso é consequência de uma demonstração que a Nintendo havia divulgado alguns anos antes, na qual a série era mostrada de forma sombria e muito mais realista do que o estilo visual adotado pelo jogo.

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Levou algum tempo para muitos jogadores descobrirem que o estilo visual que emulava desenhos permitia a Link ser mais expressivo do que nunca antes, e que a história do game era bem mais adulta do que muitos imaginavam. O que prejudicava o game era a missão de resgatar os pedaços da Tri-Force, algo que, felizmente, acabou sendo bastante melhorado em sua remasterização para o Wii U.

The Legend of Zelda: A Link to the Past

  • Ano de lançamento: 1993
  • Plataforma: Super Nintendo
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Se Zelda durante muito tempo foi conhecida pela estrutura de dungeons com itens especiais que ajudavam a vencer desafios e um chefe, A Link to the Past foi o jogo responsável por isso. Voltando a usar a visão aérea do primeiro game da série, o título trouxe uma estrutura de progressão um pouco mais linear, que contribuiu para dar ao jogador o sentimento de que ele realmente estava crescendo conforme a história evoluía.

O game também apresentou o conceito de que Hyrule é um reino dividido em duas partes, fazendo com que o jogador perdesse temporariamente seus poderes enquanto explorava uma dimensão sombria. Acessível e bonito até os dias atuais, esse é um jogo obrigatório para qualquer fã da série.

The Legend of Zelda: Majora’s Mask

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  • Ano de lançamento: 2000
  • Plataforma: Nintendo 64

Ao menos no papel, Majora’s Mask era um jogo que tinha tudo para dar errado. Desenvolvido em tempo recorde, ele reaproveita muitos dos assets usados em Ocarina of Time e traz conceitos bastante diferentes de todo o resto da série. No entanto, o que podia resultar em um jogo esquisito acabou trazendo aos fãs um dos capítulos mais diferenciados e celebrados da franquia.

O jogo leva Link até a terra de Termina, que está condenada a acabar em alguns dias conforme uma lua gigantesca se aproxima do planeta. Para impedir que isso aconteça, o jogador precisa dominar poderes de viagem no tempo e se programar bem para vencer os quatro labirintos e diversas missões secundárias antes que tudo seja destruído. Intrigante e desafiante, esse é um capítulo que fica na memória de todos que têm a chance de conferi-lo.

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The Legend of Zelda: Breath of the Wild

  • Ano de lançamento: 2017
  • Plataformas: Nintendo Wii U e Switch

Um dos jogos mais esperados de toda a série antes de seu lançamento, Breath of the Wild se tornou rapidamente um de seus capítulos mais influentes. Deixando de lado a estrutura linear de seus capítulos anteriores, o game trouxe um mundo gigantesco e repleto de segredos que podem ser explorados em qualquer ordem.

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Ele também aprofundou ainda mais a história da série e trouxe um sistema de criação de itens bastante interessante e abrangente. Alguns jogadores sentiram falta das dungeons tradicionais e não gostaram das armas que quebram após algum tempo, mas isso não tira a grande qualidade do jogo, que virou a base que a franquia vai seguir nos próximos anos.

The Legend of Zelda: Ocarina of Time

  • Ano de lançamento: 1998
  • Plataforma: Nintendo 64
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Visto sob a ótica atual, Ocarina of Time parece um jogo absurdamente normal e que não tem nenhum elemento que o destaque. No entanto, muito disso é fruto do fato de que o game trouxe tantas novidades para a indústria que elas acabaram se tornando as regras básicas que muitos jogos de ação e aventura seguem até hoje.

Lançado em 1998, o título foi o responsável por mostrar que a série podia funcionar bem em um ambiente 3D, estreando a mecânica de travar a mira nos adversários e um sistema de botões cujas funções variavam dependendo do contexto. Ele também trouxe uma das tramas mais legais de toda a série, muitos segredos e um mundo repleto de NPCs interessantes. Se a série tem a relevância e a popularidade de hoje, muito disso se deve ao que Ocarina of Time fez há 25 anos no Nintendo 64.

The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom

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  • Ano de Lançamento: 2023
  • Plataforma: Nintendo Switch

The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom é simplesmente incrível. O jogo consegue a façanha de fazer Breath of the Wild, que era um jogo à frente do seu tempo quando foi lançado, parecer de uma geração passada. As novas ferramentas que Link ganhou para resolver os problemas e os problemas apresentados pela Nintendo realmente elevam o jogo e vão propiciar muita discussão e fascínio entre os jogadores por anos a fio. Isso somado a uma campanha épica e um vasto mundo composto de terra, céu e subsolo a explorar, vão propiciar ao jogador tranquilamente dezenas e mais dezenas de horas uma quantidade de descobertas tão grande que vai levar anos até tirarmos tudo o que esse jogo tem a oferecer.

Quem não gostou de Breath of the Wild, entretanto, provavelmente também não vai gostar desse jogo. Os principais problemas dele persistem, que são o combate e a priorização da exploração ao invés do cumprimento da Main Quest, e estão inclusive mais exacerbados ainda nesse jogo, mas mesmo eu, que continuo achando que esses são dois problemas deste jogo, me diverti bastante nele.

Enfim, The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom é o melhor The Legend of Zelda feito até hoje.

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