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Kiborg – Análise – Vale a Pena – Review

Nos últimos anos, o gênero roguelite passou por uma verdadeira transformação, conquistando fãs por sua mistura peculiar de desafio intenso, morte permanente e níveis gerados proceduralmente.E assim surge KIBORG, o novo jogo da desenvolvedora russa Sobaka Studio, prometendo ação rápida e combates frenéticos. Mas será que KIBORG realmente vale a pena? É o que vamos descobrir na análise de hoje.

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História

Kiborg  – Análise – Vale a Pena – Review

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Em KIBORG, você assume o papel de Morgan Lee, um homem injustamente condenado por crimes de guerra que jamais cometeu. A sentença? Míseros 1.300 anos em uma prisão espacial. Porém, não espere que a morte seja uma forma de escapar desse tormento. A cada vez que Morgan morre, ele é revivido para continuar cumprindo sua pena praticamente eterna.

A única saída possível para essa prisão perpétua é participar de um sangrento reality show chamado “The Last Ticket”, onde você precisa lutar pela sobrevivência contra hordas de inimigos implacáveis para finalmente conquistar a liberdade. A premissa é direta e sem muitas complicações, servindo basicamente como pano de fundo para justificar o loop infinito de morte e ressurreição.

Apesar de não ser particularmente inovadora, a história entrega pequenos fragmentos de informação sobre o passado de Morgan e a natureza do planeta-prisão, criando um interesse mínimo, porém suficiente para manter o jogador intrigado entre as batalhas. Não espere reviravoltas épicas ou diálogos memoráveis, pois o enredo se mantém funcional e não foge muito dos clichês tradicionais do gênero.

Combate

É aqui que KIBORG realmente brilha. Claramente inspirado por grandes nomes do gênero como Hades, o combate em terceira pessoa é intenso, responsivo e envolvente. Cada arena do jogo oferece uma estrutura compacta que favorece o dinamismo dos combates corpo a corpo, exigindo reflexos rápidos e boa gestão de espaço. Morgan dispõe de três ataques básicos: um leve, um pesado e um ataque giratório estilo “beyblade”, permitindo uma variedade decente nas abordagens contra os inimigos.

Enquanto o combate corpo a corpo é fluido e gratificante, a parte que envolve armas de fogo deixa muito a desejar. O manuseio das armas parece fraco, com pouca sensação de impacto e feedback quase inexistente. Disparar em KIBORG acaba sendo menos emocionante do que deveria, muitas vezes parecendo algo secundário ou mal implementado, simplesmente para justificar o cenário futurista do jogo.

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Durante as batalhas, o jogador recebe upgrades temporários que vão além dos atributos numéricos, alterando visualmente o personagem ao estilo cyborg, tornando as escolhas ainda mais interessantes. Embora não haja grande profundidade estratégica nesses aprimoramentos, eles oferecem variedade suficiente para manter as lutas frescas por um tempo razoável.

Exploração

Kiborg  – Análise – Vale a Pena – Review

A exploração em KIBORG segue a receita clássica dos roguelites: a cada nova rodada, você precisa escolher caminhos diferentes que levam a salas repletas de inimigos e recompensas diversas. Após vencer as batalhas, você coleta buffs temporários e uma moeda interna que pode ser usada para upgrades permanentes no hub principal.

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Infelizmente, a repetição começa a pesar após algumas horas. A variedade limitada de inimigos e cenários semelhantes rapidamente leva a uma sensação de repetição excessiva, reduzindo o interesse em continuar tentando após um certo período. Apesar da diversão inicial, o jogo não consegue manter o mesmo nível de empolgação durante sessões mais prolongadas.

Gráficos e Audiovisual

Visualmente, KIBORG entrega um resultado mediano. O estilo gráfico é limpo e funcional, mas extremamente genérico. A estética de “prisão futurista” não surpreende em nenhum momento e parece carecer de identidade própria. Tudo funciona adequadamente, porém não há qualquer aspecto visual que se destaque ou permaneça na memória do jogador após fechar o jogo.

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A trilha sonora segue a mesma linha, sendo quase imperceptível e desinteressante. As músicas são extremamente genéricas e não conseguem criar qualquer envolvimento emocional com as cenas ou batalhas. Em muitos momentos, a trilha é tão esquecível que você mal percebe que existe.

Mas e aí, Kiborg vale a pena?

KIBORG não é um jogo ruim, mas tampouco é um título excepcional. Ele encontra-se em uma confortável zona intermediária: possui um combate corpo a corpo muito bem executado, estabilidade técnica admirável e sistemas de progressão sólidos, mas falha em aspectos cruciais como a variedade de inimigos, profundidade narrativa e qualidade audiovisual.

Se você é fã do gênero roguelite e busca um jogo despretensioso para se divertir por algumas horas, KIBORG pode ser uma boa escolha. Contudo, é improvável que ele consiga prender sua atenção por longos períodos ou deixar uma marca duradoura na sua memória.

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Análise feita com uma chave para PS5 cedida pela Publisher.

Resumo para os preguiçosos

KIBORG é um roguelite de ação rápida que coloca o jogador no papel de Morgan Lee, um prisioneiro espacial condenado a 1.300 anos e preso num ciclo de morte e ressurreição. A história funciona mais como pano de fundo para o verdadeiro foco do jogo: as batalhas intensas em arenas pequenas, onde o combate corpo a corpo brilha com ataques variados e upgrades temporários que transformam Morgan em um verdadeiro ciborgue. Apesar da premissa interessante, a narrativa é rasa e as armas de fogo decepcionam, faltando impacto e emoção.

A exploração segue o padrão do gênero, mas rapidamente sofre com repetição, já que os cenários e inimigos não oferecem variedade suficiente para manter a empolgação por longas sessões. No aspecto audiovisual, KIBORG entrega gráficos e trilha sonora medianos, sem identidade marcante, tornando a experiência visual e sonora esquecível. Em resumo, é um jogo sólido para fãs de roguelites que buscam diversão casual, mas que dificilmente vai deixar uma impressão duradoura.

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Nota final

65
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Sistema de progressão
  • Combate corpo a corpo

Contras

  • Combate a distância
  • Repetitivo e enjoativo
  • Visualmente esquecível
  • Variedade de inimigos
  • Completamente esquecível
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Valteci Junior
Valteci Junior
Me chamo Valteci Junior, sou Editor-chefe do Critical Hits, formado em Jogos Digitais e escrevo sobre jogos e animes desde 2020. Desde pequeno sou apaixonado por jogos, tendo uma grande paixão por Hack and slash, Souls-Like e mais recentemente comecei a amar jogos de turno e JRPG de forma geral. Acompanho anime desde criancinha e é um sonho realizado trabalhar com duas das maiores paixões da minha vida.