Roger Robb, vivido por Jason Clarke no filme Oppenheimer, teve papel decisivo nos bastidores do julgamento que abalou a reputação do físico J. Robert Oppenheimer nos anos 1950. Como advogado nomeado pela Comissão de Energia Atômica dos Estados Unidos (AEC), Robb foi o responsável por conduzir o interrogatório que questionou a lealdade do cientista ao governo norte-americano. Com a chegada do longa à Netflix, muitos espectadores voltaram a se perguntar o que teria acontecido com essa figura central do drama político que envolveu o “pai da bomba atômica”.
Apesar de sua imagem estar associada a esse episódio controverso, a trajetória de Robb não se encerrou ali. Seu nome ainda apareceria em momentos importantes da vida jurídica e política americana nas décadas seguintes.
Poucos casos de destaque após o julgamento de Oppenheimer
Mesmo tendo ganhado projeção nacional com o caso Oppenheimer, a carreira de Roger Robb como advogado não foi marcada por uma série de processos de alto perfil. De fato, entre os casos em que atuou após aquele episódio, apenas um se destacou aos olhos do público: sua participação no processo movido por Barry Goldwater, senador e ex-candidato à presidência dos EUA, contra a revista Fact, em 1969. Goldwater acusava a publicação de difamação por ter questionado sua sanidade mental durante a campanha presidencial de 1964.
Esse processo se tornou um marco para os debates sobre liberdade de imprensa e limites da cobertura política, e Robb desempenhou um papel relevante em sua condução. No entanto, fora esse episódio, sua atuação como advogado seguiu uma trajetória mais discreta.
A ascensão ao cargo de juiz federal
Um dos capítulos mais significativos da vida de Roger Robb veio logo depois, ainda em 1969. Indicado pelo então presidente Richard Nixon, ele foi nomeado para a Corte de Apelações do Distrito de Columbia, um dos tribunais mais importantes dos Estados Unidos. A confirmação ocorreu em 5 de maio daquele ano, dando início a uma nova fase de sua carreira, agora no Judiciário.
A nomeação pode ser vista como um reflexo direto de sua atuação no caso Oppenheimer, que o colocara em evidência diante de setores do governo e da política conservadora. No tribunal, Robb continuou ativo por mais de 15 anos, até sua morte, tornando-se uma figura influente nas decisões da corte.
O fim da carreira e o legado jurídico
Roger Robb morreu em 1985, aos 78 anos, ainda em atividade no sistema judiciário. Sua cadeira na Corte de Apelações foi ocupada por ninguém menos que Antonin Scalia, que mais tarde se tornaria ministro da Suprema Corte dos Estados Unidos. Essa sucessão reforça a relevância da posição que Robb ocupava e o peso institucional que seu trabalho teve, mesmo que sua atuação anterior tenha sido marcada por polêmicas.
Ainda que sua imagem permaneça associada à figura dura e inquisidora do filme Oppenheimer, o impacto de Roger Robb na vida jurídica americana vai além do interrogatório que protagonizou. Como juiz, ajudou a moldar decisões importantes do tribunal federal e deixou um legado que foi seguido por um dos nomes mais influentes da jurisprudência conservadora no país.
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