A quinta temporada de The Handmaid’s Tale chegou ao fim amarrando os principais arcos narrativos e pavimentando o caminho para a última etapa da série. Com mais tensão do que nunca, a jornada de June Osborne, vivida por Elisabeth Moss, trouxe à tona as complexidades de viver em um mundo dividido entre o refúgio canadense e a ameaça constante de Gilead. O episódio final não apenas redefiniu alianças, como também apontou novos rumos para diversos personagens centrais.
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June e Serena: rivais que se aproximam
June é o ponto de partida para compreender o impacto emocional do encerramento da temporada. Após passar os episódios em conflito com as ameaças vindas de Gilead e lidando com a hostilidade crescente no Canadá, a protagonista vê-se forçada a fugir com sua filha, Nichole. A surpresa, no entanto, é a presença de Serena (Yvonne Strahovski) no mesmo trem de fuga. A cena, carregada de tensão e ambiguidade, indica uma possível nova fase na relação entre as duas.
Apesar do histórico de rivalidade intensa, o reencontro revela um equilíbrio inédito entre as personagens. O que antes era uma relação marcada por opressão e dor, agora aponta para uma convivência mais colaborativa. Embora o futuro da aliança entre June e Serena ainda seja incerto, o momento simboliza um novo começo, um terreno neutro em que ambas parecem dispostas a encontrar propósitos comuns diante de um inimigo em comum: Gilead.
Luke sacrifica a liberdade para salvar a família
Luke (O-T Fagbenle), marido de June, protagoniza uma das decisões mais difíceis do episódio final. Após impedir uma tentativa de assassinato contra June, ele acaba sendo preso, pois o agressor morre durante o confronto. Sabendo que se tornaria alvo das autoridades canadenses, Luke opta por não fugir, permitindo que June e Nichole escapem em segurança.
A decisão do personagem destaca a crescente intolerância do Canadá em relação aos refugiados de Gilead, uma crítica social que a série já vinha desenvolvendo. Agora, com Luke em custódia e possivelmente acusado de homicídio, o futuro da família está mais incerto do que nunca.
Nick entre dois mundos
Nick (Max Minghella) continua dividido entre sua lealdade a Gilead e o amor por June. Durante a temporada, ele tenta manter distância da ex-amante por conta de sua vida com Rose, mas acaba sendo atraído pela promessa de vê-la novamente. Ao atacar o comandante Lawrence diante de outros oficiais, Nick revela suas intenções e coloca sua segurança em risco.
A reação de Rose, que decide se afastar dele, representa a perda de um importante apoio político e emocional. Agora, com Gilead desconfiando de sua lealdade, Nick se vê em um impasse: fugir, enfrentar as consequências ou buscar um novo propósito dentro da resistência.
O destino incerto de Janine
Janine (Madeline Brewer), uma das personagens mais queridas da série, recusa um novo posto como aia e é brutalmente levada pelos Olhos, a polícia secreta de Gilead. Sua recusa em aceitar a identidade imposta de “Ofjoseph” mostra o amadurecimento de sua rebeldia, uma postura que, embora corajosa, a coloca em perigo.
A série não revela o que acontecerá com ela, mas, considerando o que ocorreu com Emily em temporadas anteriores, existe a possibilidade de Janine ser enviada para as Colônias, local de punição severa. Ainda assim, sua trajetória continua aberta, podendo ter desdobramentos importantes na próxima temporada.
Tia Lydia e a semente da resistência
Tia Lydia (Ann Dowd) também passa por uma transformação significativa. Ao tentar impedir a prisão de Janine, ela demonstra, pela primeira vez, oposição direta às práticas violentas de Gilead. A atitude marca um ponto de virada para a personagem, indicando que sua adesão à resistência vista no livro The Testaments está se formando.
Lydia, que antes representava a obediência cega ao sistema, começa a questionar suas próprias crenças e, ao que tudo indica, será peça-chave para mudanças internas no regime.
Canadá em risco de se tornar um novo Gilead?
A postura do Canadá ao longo da temporada levanta um alerta. O país, que antes representava um abrigo seguro, passou a dar sinais de simpatia às ideias de Gilead. A crescente hostilidade contra refugiados, o apoio popular a figuras como os Waterford e a presença de instituições inspiradas no regime teocrático mostram que nem todos os canadenses são contrários ao extremismo.
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The Handmaid’s Tale se passa em uma sociedade distópica chamada Gilead, onde um regime teocrático toma o controle dos Estados Unidos. Neste sistema opressor, as mulheres são privadas de seus direitos, e aquelas que ainda podem conceber são forçadas a se tornarem Aias, servindo as famílias da elite com o propósito de gerar filhos. A trama acompanha June Osborne, uma dessas Aias, enquanto ela luta para sobreviver e manter a esperança de reencontrar sua filha, separada dela ao ser capturada pelo regime.
Ao longo da série, June busca aliados dentro e fora de Gilead para resistir e expor as atrocidades cometidas pelo regime. Entre abusos e traições, ela desenvolve uma relação complexa com Serena Joy e Nick Blaine, personagens que desafiam o sistema de diferentes formas. The Handmaid’s Tale oferece um retrato poderoso de sobrevivência, esperança e resistência em meio à brutalidade, explorando questões de liberdade, identidade e poder em uma sociedade que corrompeu a moralidade em nome da ordem.
Você pode assistir a The Handmaid’s Tale (O Conto da Aia) no Disney Plus ou no Paramount Plus.