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Tirando o Mofo – The Witcher – Parte 1

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Fala moçada, beleza? Hoje quero tratar aqui de um jogo que me agradou bastante há alguns anos, mas que não é tão conhecido por ai.  The Witcher foi um dos jogos mais criativos que joguei, tanto em questão de história, quanto de mecânica e jogabilidade, mas por algum motivo muitas pessoas deixar a série passar batida e, sendo assim, perderam a oportunidade de jogar um grande título. Nessa primeira parte do texto, pretendo abordar questões relevantes sobre o primeiro título, tanto do jogo em sí, quanto do livro que inspirou o jogo. Tá, pera aí, livro sobre o jogo? Então, vamos começar do começo.

Eu sempre exalto o fato de Diablo ter sido um divisor de águas quando o assunto são jogos de RPG – e uma hora dessas eu vou tratar sobre o jogo aqui no Critical. Veja bem, antigamente jogos desse estilo e com temáticas medievais não tinham a profundidade que tem hoje. Não que eles não tivessem o seu valor ou que não fossem legais ao seu modo, mas só depois de Diablo é que essa história de quests curtas, tábuas de skills, personalização de armaduras, builds específicas e esse tipo de coisa começou a se popularizar por ai. Antes de Diablo, quando você vestia a armadura no personagem ela nem sequer aparecia, o que de certa forma tornava as coisas um pouco sem graça as vezes.

Só que pra fazer isso, a Blizzard teve que investir pesado no desenvolvimento do jogo, e mesmo após Diablo ter sido lançado era muito difícil conseguir encontrar um outro game a altura pois não se viam tantas empresas com bala na agulha pra tentar fazer um título páreo par ao “demonhão”. Hoje em dia isso até pode até parecer estranho com tantas empresa indie’s lançando jogos por ai, mas é fato que criar um bom RPG até certo tempo atrás, era pra poucos.

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E como em todo bom RPG, não basta ter somente uma mecânica boa, a história tem que ser cativante, interessante e que te faça ter vontade de prosseguir nela. Mas e o que isso tem a ver com The Witcher? Calma que eu explico.  Em 2007 uma empresa polonesa e até então desconhecida resolveu criar um jogo de video game em cima de um grande sucesso literário nacional, resumindo a história, a CD Projekt Red se baseou nos livros do polonês Andrzej Sapkowski pra criar um jogo diferente, e com uma proposta bem interessante.

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Como era de se esperar, o primeiro The Witcher tinha bastante foco na narrativa. Além disso, o jogo contava com umas mecânicas diferentes, pois permitia que você jogasse com a familiar câmera em terceira pessoa, ou ainda com uma visão isométrica que lembrava bastante os “Diablo-likes” da vida.

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Uma das coisas mais legais dos RPG’s é a possibilidade de poder fazer com que o jogo “obedeça” as suas vontades. Em uma partida de RPG de mesa isso é constante e fundamental na jogatina, mas nos jogos eletrônicos isso já não é tão comum justamente pelo fato de que o jogo precisa ter uma linha bem definida e concisa pra que tudo possa fazer sentido. Com o tempo, muitos jogos hoje em dia tentam converter essa característica dos RPG’s de mesa para os jogos de vídeo game oferecendo escolhas que mudam o curso do jogo, dependendo da decisão tomada pelo jogador.

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Isso é claro, não é novidade pra ninguém, mas apesar de ser um jogo de 2007, The Witcher consegue explorar essa parte muito bem, te oferecendo decisões importantes que não necessariamente alterarão drasticamente o próximo capítulo da história, mas que servem pra dar aquela mexida com a moral do jogador, e pra botar pra pensar no que é certo ou errado em alguns momentos.

O estilo de luta é algo a parte. Não que seja algo perfeito ou coisa do tipo, só que é meio…diferente. A porrada come solta conforme você clica com o mouse em cima do inimigo, e além disso, os combos vão acontecendo dependendo se você aperta o botão no momento certo ou não. Também existem 3 estâncias de batalha, que na verdade são as formas como Geralt se posiciona com a espada em punho. Uma delas era pra causar mais dano, outra era pra ser mais ágil, e a última tinha como objetivo lutar com vários monstro aos mesmo tempo. Claro que o dano e a efetividade da coisa também dependem da espada que você empunha, pois as de aço são feitas para combates envolvendo humanos, enquanto a de prata é destinada aos monstros e ao resto de coisas estranhas que aparecem no decorrer do jogo.

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Conforme você vai subindo de level, são liberados novos combos e sequencias mais longas que te permitem descer a muqueta por mais tempo e consequentemente causar mais dano. Uma coisa que eu nunca entendi no jogo era por que diabos o Geralt coria 10 vezes mais rápido depois de sacar a espada, graças a isso eu viva com ela desembainhada correndo feito um maluco e fazendo com que os guardas viessem atrás de mim em alguns momentos, mas é que ele normalmente corria muito devagar.

Alem de tudo isso, ainda existe a questão da alquimia que acaba adicionando ao muita coisa legal ao jogo, como por exemplo a poção de gato. Teve uma vez que recebi a missão de investigar uma caverna onde tinha muita gente desaparecendo. Ai beleza, cheguei lá na malandragem, cheio das espada de prata e louco pra descer o sarrafo nos monstro quando de repente tudo fica escuro e eu não consigo enchergar porcaria nenhuma. Na hora pensei – Vou seguir em frente que daqui a pouco deve dar uma iluminada -, mas foi andar uns 5 metro e morri atacado por sei lá o que. Depois de muito pesquisar, descobri que o único jeito de passar por ali era com uma tocha – ah vá – ou ainda bebendo a poção gato que me permitia enxergar no escuro. Depois disso a quest ficou bem mais fácil, mas ainda assim morri algumas vezes para os monstros dentro da caverna.

A questão é que apesar de ser um jogo bem “geração PS2”, The Witcher mostrava um certo desenvolvimento pra época em que foi lançado. Algumas características do jogo são muito bem vistas até hoje e foram inclusive, transpostas para o segundo jogo da franquia. Se você tem interesse em jogar bons jogos antigos, siga meu conselho e compre logo essa maravilha de jogo, tenho certeza de que não vai se arrepender. Na segunda parte desse tirando o mofo, vou falar mais sobre a evolução da franquia com o lançamento de The witcher 2, e o que já sabemos sobre The Witcher 3: Wild Hunt. Até lá!

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João Víctor Sartor
João Víctor Sartorhttp://criticalhits.com.br
João Víctor Sartor é colaborador e sex-symbol do Critical Hits. Admirador das boas histórias, almeja de verdade escrever um livro algum dia. Divide seu tempo entre à leitura, jogatina, trabalho, engenharia e quando sobra tempo, vive.