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Mas afinal, por que nós não jogamos no “easy”?

Lá está o infeliz do último chefão. É só ele que te separa do final do jogo: saber o que acontece com o teu personagem, com os outros personagens, com o mundo todo! Mas ainda tem que esperar mais um pouco, porque este chupa-ranho está no teu caminho. Ele tem um esqueminha manjado de “atira, pula, escapa, contra-ataca”. Tu morre uma, duas, três vezes…e acaba nunca sabendo o fim do jogo porque enche o saco. Teus amigos querem falar do final do jogo, mas tu não tem ânimo pra terminar. Mas também NUNCA te passou pela cabeça a possibilidade de mudar de dificuldade. Mas por que a gente não pensa nunca em jogar no modo mais fácil do jogo?

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Em The Walking Dead: The Game tem uma parte do jogo em que o personagem principal, Lee, usa uma arma. O jogo não liga se tua mira é boa, se teus reflexos são rápidos, se tu matou mais que o governo militar da Coréia do Norte no CS de ontem de noite. O jogo só quer te mostrar a tensão do momento, então tu pode mirar na perna do cara que tu vai acertar o tiro igual.

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The Walking Dead: A dificuldade está longe de ser o ponto que chama a atenção no jogo
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Tudo bem, The Walking Dead: The Game é um jogo de point ‘n’ click. Mas em jogos de ação a mesma lógica funciona. Quando joguei a série Arkham de Batman e The Chronicles of Riddick eu joguei no easy. Eu não quero ver os inimigos me espancando, eu sou o Bátima, eu quero chegar do lado deles e ver eles fugindo de medo de mim, porque eu sou o maior herói da face da terra!

Claro que quem joga Super Meat Boy vai achar que isso não faz o mínimo sentido, mas são casos diferentes. Eu também jogo PES no ultra hard, porque não tem mais graça bater nos mesmos timezinhos o campeonato inteiro. Batman, por exemplo, tem o modo desafio pra esse tipo de jogador: jogar cada vez num nível mais alto, mostrando os resultados pra o mundo inteiro comparar. Acho muito divertido! Mas, na minha opinião, o importante do jogo é a história.

Quando joguei Bioshock: Infinite e Dishonored pela primeira vez, não gostei muito, não me entendi com a jogabilidade, achei meio desgastante. Parei e pensei: ‘Por que eu tô me martirizando jogando isso?’ e não consegui chegar numa resposta. Hoje em dia acredito que mudar a dificuldade possa dar uma nova chance a esses dois jogos, que contam com histórias excelentes.

Dishonored: uma bela história prejudicada por uma jogabilidade estranha?
Dishonored: uma bela história prejudicada por uma jogabilidade estranha?

“Jogos antigos é que eram bons, e eram bons porque eram difíceis” não, meu amigo, aí você está muito errado. Não é pouco não, é muito! Os jogos antigos eram difíceis porque não existia save game, então tinham de prender o jogador por mais tempo sem poder ser muito longo. Os jogos de hoje são bons e já podem contar histórias mais elaboradas, mesmo sem ter a mesma dificuldade. Alguns exemplos são Fallout 3 e The Elder Scrolls V: Skyrim: dois jogos da Bethesda CHEIOS de bugs e com uma jogabilidade ridiculamente fácil. Mas esses detalhes são totalmente relevados e os jogos são até hoje aclamados, por terem elementos de história muito bem feitos. Outro exemplo é Deus Ex: Human Revolution que, ao invés de um “modo fácil” tem o modo “conte-me uma história”.

Em nenhum momento digo pra deixarmos de jogar no modo difícil, ou que jogos como Left 4 Dead, Borderlands, Torchlight e tantos outros que focam no desafio invés da história deveriam ser proibidos, afinal jogo todos e gosto muito. É apenas um apelo para não nos martirizarmos mais e aproveitarmos melhor os jogos como as obras primas que são.

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