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Mais 7 pecados capitais sobre games

5 Repetição

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Existe coisa mais pé no saco do que uma cutscene que não dá pra pular logo antes de um boss e, “coincidentemente” ela estar DEPOIS de um save point?

Primeiramente, vamos definir uma coisa: cutscene que não pode ser pulada é uma das coisas mais ingratas, chatas, inconvenientes, problematicas, desgraçadas, bobas, feias e infelizes que se pode ter num videogame.

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E se você coloca essa cutscene logo antes de uma parte difícil de um jogo ou mesmo de um chefe, você é um filho da puta. Dos piores ainda. Não há nada no mundo que me faça concordar que ver uma cutscene repetidas vezes seguidas não é uma falha absurda no level desing ou uma grandiosíssima filhadaputagem dos desenvolvedores.

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Aqui de boas procurando um jeito de pular as cutscenes.

O que nos leva a outro ponto: save points. Eu entendo que os consoles antigos não me permitiam salvar o jogo em qualquer lugar por uma limitação de capacidade. Hoje isso não existe. Eu tenho trabalho, vida, coisas pra fazer. Eu posso querer ir dormir ou simplesmente sair de casa na hora que bem entender. Por que eu não sou autorizado a salvar o jogo onde quer que eu esteja? Quem aqui usaria um programa de criação de texto, por exemplo, que não te deixasse salvar o texto a não ser que você tivesse escrito três páginas?

“Mais ecis jogso q vose pod sauvar a qlqr memonto eh mto faceos, dããã, bom msm era o superniteto q so salvava numca “. Caso você compartilhe desse pensamento, seria só desabilitar o autosave e todos viveríamos bem.

E qual seria o motivo dessa repetição, que não alongar o jogo para poder cobrar mais do jogador pela campanha de 32 horas (16h de cutscenes)?

Eu estou vendo o que vocês estão fazendo aí.²

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Condenados ao Fogo do Inferno(sem pausa para o banheiro): Hotline Miami, Resident Evil 4, Dead Rising, Mass Effect, etc.

4. Insatisfação.

Vou olhar bem para os lados, ver se não tem ninguém da Record ou algum sensacionalista da tv brasileira espreitando a espera da oportunidade perfeita antes de dizer que: matar é legal.

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Claro, machucar ou tirar a vida de algo/alguém no mundo real não é legal e não deveria ser uma pratica comum no mundo todo. Mas matar no videogame é bem divertido. Ou pelo menos deveria ser. Eu quero dizer, atravessar aquele rampage de destruição em massa, sem colocar nenhuma vida real em perigo é muito revigorador e seguro, nos permite aliviar tensões e se divertir um bocado enquanto isso. Por que diabos fazer com que isso se torne chato pra caramba?

Por exemplo, como o nosso amiguinho Eric falou no artigo dele sobre os clichês sobre os FPS, quando começamos com armas porcarias.

Eu sei, eu entendo que pegar armas maiores e mais fortes é um modo de recompensar o jogador por continuar jogando e eu acho perfeitamente correto. Mas sério mesmo que um militar fodão ia começar com uma pistolinha? Sério mesmo que eu vou ter que atravessar uma crise interdimensional com um pé-de-cabra? Que eu vou estar numa cidade subaquática cheio de Big Daddys com uma chave inglesa?

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It’s dangerous to go alone, take this. (CADÊ MINHA GRAVITY GUN, CARA?)

O pior é quando você finalmente sai das primeiras armas, pega aquela metralhadora de mísseis (!!!) e é obrigado a voltar aquela pistolinha porque é a única arma com munição infinta/abundante. Aliás, que ideia estupida de pistolas e revolveres com munição infinta…

E, quando você acha que a zoeira acabou, você tem que gastar sua munição em inimigos pequenos, rápidos, que dão um loot triste (quando dão), xp ainda menor (quando dão²) e são absolutamente chatos de matar, principalmente porque eles costumam tirar bastante da sua barra de vida. Como se não tivessemos que tolerar o Zubat nos Pokemon da vida. Ainda temos os clássicos ratos dos porões de todos os Elder Scrolls, os Rakk de Borderlands, os morcegos do Castle Crashers, os Headcrabs do Half-Life, etc.

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Mas tudo bem. Em contraste com isso, poucas coisas são mais divertidas que dar um belo tiro nas pernas de um zumbi para desmembrá-lo antes de realizar a transição de morto-vivo para morto-morto. A menos que, claro, você atire num desgraçado, ou num caso ainda pior, dê com uma espada na cara do cidadão e a única coisa que muda é a barra de vida dele.

E não venham me falar que é difícil fazer desmembramento. Há mais de uma década desmontamos zumbis em House of the Dead nos fliperamas da vida.

Nesses mesmos fliperamas, também, eu descobri que todos os seus inimigos são da mesma família. Ou pior, são irmãos. Gêmeos.

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Vejam bem, eu aceito goombas repetidos. O problema está em matar uma sociedade bárbara inteira composta de três caras repetidos infinitamente no cenário, sabe, Ryse? Olhem o Dead Rising, o GTA V… quanto é difícil fazer randomizações, nem que sejam só de roupas?

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Quadrigêmeos só nessa screenshot.

Eu não quero matar uma horda de clones, não quero me sentir o Neo em Matrix 2, lutando com vinte mil Agentes Smith. Quero saber, lá no fundo, que há centenas (milhares!) de mães chorosas por perderem os filhos babacas nas minhas temidas lâminas( ou metralhadora de mísseis!!!!!!!!!!)

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Condenados ao Fogo do Inferno (com um monte de gente igual): Half-Life, The Elder Scrolls: todos, Halo, Castle Crashers, Resident Evil: todos, God of War,  Ryse: Son of Rome… sinceramente, quase todos os jogos.

3. Saturação.

Todo mundo tem que saber a hora de parar. Enquanto existem coisas que atualmente funcionam quando repetidas ao longo do tempo (jogos de esporte, por exemplo), existe uma convenção do bom senso que diz que você tem que mudar uma coisa quando ela não está funcionando. Ou quando ela está funcionando há muito tempo.

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Por exemplo, por que, por tudo que é mais sagrado, ainda nos dão missões de escoltamento? Sério. Você passa por todas as mazelas da vida virtual para poder sobreviver sozinho num mundo hostil e sua recompensa é ter que vigilar sobre um ser absoluta e totalmente indefeso contra qualquer coisa. Nunca foi legal. Nunca vai ser.

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Vontade de zerar as balas junto com a barra de vida dela não falta.

E uma das poucas coisas que rivalizam em chatice com missões de escoltamento são seus companheiros de time controlados pelo computador. Raramente um jogo trás uma Inteligência Artificial suficientemente bem equilibrada para te ajudar sem te atrapalhar ou mesmo que consiga se manter viva sem depender de você o tempo todo. Isso quando o friendly fire não é uma mecânica de jogo e os desgraçados colocam a cabeça na frente da sua metralhadora de mísseis(ok, ok, eu paro de falar da METRALHADORA DE MÍSSEIS) a todo vapor. E você ainda é penalizado por isso. Eu mesmo já fui banido de uma sala que eu tinha criado no CS:GO por ter matados três bots suicidas, que mergulharam na direção das minhas balas.

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Aliás,  já perdi a conta do número de bots e amigos que matei no friendly fire. A única raça que já morreu mais na minha mão do que amigos incautos são nazistas.

Eu já devo ter matado mais nazistas virtuais que o exército russo matou na segunda guerra mundial. Sei que eles são nossa representação atual de tudo que é mau e corrupto, mas acho que é mais uma das coisas que passou da validade. Precisamos renovar os nossos inimigos.  E não, não vale fazer uma alusão aos nazistas com outro nome, como os Thalmor em Skyrim.

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Because fuck you.
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Não vale, também, matarmos nazistas espaciais. Ou aliens nazistas. Ou só aliens. Ou demônios de outra dimensão que encontramos no espaço. Ou demônios aliens nazistas interdimensionais no espaço. O mercado está saturado de jogos onde você é o soldado espacial. Tudo começou com Wolfenstein 3D e desde então tivemos Doom, Gears of Wars, Killzone, Resistance, Haze, Alien: Colonial Marine e vários outros.

O mercado só não está mais saturado de space marines do que está de FPS de guerra moderna. Após infinitos Call of Dutys, Battlefied, Medal of Honor, Arma e etc, acho que poderíamos partir para outras temáticas de guerra, como a primeira guerra mundial, as guerras civis mundo afora, guerra fria (sdds espionagem)… Há tanto pra se explorar, por que insistir em formulas batidas o tempo todo?

Condenados ao Fogo do Inferno (com um monte de nazista): Call of Dutys, Battlfields, Medal of Honors, BattelDuty: Call of Honorfield, Resident Evil, Gears of War, mó galera, etc.

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Tico
Ticohttp://criticalhits.com.br
Redator eventual, podcaster e negro maravilhoso.