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Lego Marvel’s Avengers – Review

Lego Marvel’s Avengers traz de volta os seus heróis e vilões favoritos ao universo caótico e divertido de Lego! Você jogará novamente com Viúva Negra, Hulk, Homem de Ferro, Gavião Arqueiro, e Capitão América, enquanto tenta salvar o mundo das ameaças vistas nos dois principais filmes da franquia: Os Vingadores (2012) e Vingadores: Era de UItron (2015)!

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Mas se você gosta mais da DC, pode fechar este review e ir jogar Lego Batman.

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(Brincadeira, pode continuar lendo o review).

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A fórmula tradicional dos jogos Lego continua a mesma em Lego Marvel’s Avengers: você verá mini-figuras dos seus personagens favoritos correndo, pulando, chutando, e quebrando diversos cenários inspirados em suas partes originais, todos recriados com blocos de montar digitais. As fases são recheadas de quebra-cabeças simples, que exigem a utilização das habilidades de um ou mais personagens para serem resolvidos. Cada jogo contém uma quantidade absurda de itens colecionáveis e desbloqueáveis, e as referências ao material original são sempre feitas com muito bom humor – praticamente a “marca registrada” dos jogos Lego. Portanto, se você realmente nunca jogou nenhum dos 17 games baseados em franquias populares do cinema e dos quadrinhos, seja bem-vindo. Agora, se você jogou qualquer um destes jogos pelo menos uma vez, talvez a situação de Lego Marvel’s Avengers não seja tão animadora.

Desde 2005, a desenvolvedora TT Games vem lapidando a jogabilidade da série, adicionando um mundo aberto aqui, alguns veículos ali, mas sem nenhuma mudança muito radical. Em Lego Marvel’s Avengers, por exemplo, uma das principais novidades são os golpes especiais em duplas: basta apertar um botão próximo de outro personagem que uma nova animação de finalização será executada pelos dois, somando alguma característica importante de batalha de cada um para desferir um poderoso golpe. O Thor, por exemplo, dá uma marretada no escudo do Capitão América, eletrocutando tudo à sua volta.

As habilidades dos heróis também vão além das batalhas: o Homem de Ferro conserta equipamentos mecânicos; Nick Fury e Viúva Negra ficam invisíveis para passar por sistemas de segurança, e Thor quebra paredes com seu poderoso martelo. Estas skills, quando bem aplicadas, tornariam a resolução dos puzzles bem mais divertidas se elas não fossem, quase sempre, o início do quebra-cabeça – que depois termina com algum mini game simples e repetitivo: apertar uma sequência de três direções no controle; encontrar pares de ícones dos heróis; ou “escanear” uma área apertando o mesmo botão em lugares aleatórios.

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Se na jogabilidade Lego Marvel’s Avengers espera que você seja capaz de apertar apenas um botão, na história a situação fica mais complexa. A campanha é baseada nos filmes da “Fase 2” da Marvel no cinema, mas o jogo praticamente exige que você tenha visto todos os filmes anteriormente, pois ele mistura a história dos dois longa-metragem dos Vingadores com cenas dos outros filmes da franquia, como Homem de Ferro 3, Capitão América 2, e Thor. Tudo isso de uma maneira meio “jogada”, sem muitos avisos ou explicações. Essa falta de orientação ao jogador também afeta algumas fases, que não possuem indicações claras do que deve ser feito (ou quebrado) para o game prosseguir.

Mesmo assim, Lego Marvel’s Avenger consegue fundir muito bem o seu humor característico no (às vezes) denso universo cinematográfico da Marvel. Cenas mais pesadas, como a morte de personagens, são aliviadas com efeitos cômicos – como as balas que alvejam Quicksilver serem substituídas por sorvetes. No entanto, esta imersão no tradicional humor dos jogos Lego poderia ser muito melhor aproveitada se não fosse a baixa qualidade do áudio.

Na maior parte do modo história, a TT Games optou por usar as falas originais dos filmes. A princípio, é bem legal ouvir um diálogo entre as versões de brinquedo de Samuel L. Jackson e Robert Downey Jr., mas, inexplicavelmente, há uma diferença enorme entre o volume da voz de alguns personagens. Isso torna muitas frases quase inaudíveis, enquanto outras ficam soltas e “estranhas” quando ditas fora das cutscenes. Nem mesmo as falas originais gravadas para o jogo por Cobie Smulders, que interpreta Maria Hills, e Clark Gregg, o Agente Coulson, conseguem melhorar esta situação.

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Apesar da simplicidade do combate e dos quebra-cabeças – afinal, a série é claramente focada no público infantil -, ainda há muito o que fazer em Lego Marvel’s Avengers após o fim da campanha principal. A navegação entre os hubs e fases de mundo aberto é feita por uma bela miniatura do globo terrestre, que é um pouco complicada de movimentar no começo – e você praticamente só descobre se 1) terminar a campanha ou 2) entrar no menu do jogo sem querer -, mas dá uma boa dimensão da quantidade de atividades extras a serem realizadas.

Graças a confusão de quem é dono de quem no universo Marvel fora dos quadrinhos, em Lego Marvel’s Avengers não podemos jogar com o Homem Aranha, com os X-Men, e com o Quarto Fantástico (obrigado, Fox!). Porém, isso acabou abrindo espaço para outros heróis menos conhecidos, como a Garota Esquilo, que ganhou até sua própria versão da armadura “Hulkbuster”. Há mais de 100 personagens para serem desbloqueados, fora as inúmeras side-quests espalhadas pelos mapas. Manhattan, por exemplo, parece muito mais “viva” e cheia de atividades do que no game anterior.  E até mesmo Stan Lee, com seus cameos obrigatórios, tem muito mais falas e cenas engraçadas do que antes.

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Lego Marvel’s Avengers é – como já se espera dos games da série – um “mais do mesmo”. Só que, desta vez, não é um “mais do mesmo” com um “algo a mais”, como em Lego Dimensions ou em outros jogos da franquia. A existência de mais um jogo Lego baseado no universo da Marvel já é, por si só, pelo menos questionável após o excelente Lego Marvel Super Heroes, mas poderia ser muito menos indigesta caso sua execução tivesse sido melhor. Tudo continua lá: o humor simples porém inteligente, os mundos abertos cheios de atividades, e a quantidade absurda de itens colecionáveis; mas também estão presentes os bugs, as decisões de design ruim e, mais uma vez, os mesmos personagens da Marvel (desta vez limitados por direitos autorais).

No entanto, se você, como eu, passou a gostar um pouco mais de histórias de super-heróis graças aos novos filmes da Marvel, Lego Marvel’s Avengers pode ser uma ótima forma de relembrar as batalhas e os grandes momentos de Viúva Negra, Hulk, Capitão América, Homem de Ferro, Thor, e até do Gavião Arqueiro. Mas, se por algum motivo obscuro você ainda não jogou nenhum dos 17 Lego “Alguma Coisa” lançados até hoje, talvez seja melhor começar por um game um pouco melhor – como Lego Marvel Super Heroes.

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O review foi feito utilizando uma cópia do jogo de Xbox One fornecida pelo distribuidor.

Resumo para os preguiçosos

Lego Marvel’s Avengers traz de volta os heróis dos quadrinhos em suas versões de brinquedo e peças de montar, desta vez recriando o universo cinematográfico da Marvel (ou seja, sem o Homem-Aranha). Caso você nunca tenha jogado algum jogo de Lego, pode ser consiga aproveitar melhor esta nova edição da franquia. Mas se você “já passou por aqui”, vai apenas encontrar mais do mesmo: o humor leve, a jogabilidade focada na resolução de puzzles simples, e uma infinidade de itens e personagens para descobrir; mas também verá os velhos bugs de jogabilidade, as decisões questionáveis de design e, pela primeira vez, uma dublagem mal executada. É razoável para os novos jogadores e para os realmente muito fãs da Marvel, porém dispensável para quem já conhece a franquia.

Nota final

70
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Quantidade imensa de personagens para desbloquear
  • O humor e as referências continuam afiadas
  • Combos em co-op são divertidos

Contras

  • Áudio e dublagem mal executados
  • Poucas novidades em relação ao formato tradicional dos jogos Lego
  • Histórias dos filmes misturadas e contadas de maneira confusa
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Diego Melo
Diego Melohttp://criticalhits.com.br
Diego Melo é graduado em jornalismo pela Unesp de Bauru. Gosta de joguinhos eletrônicos desde que se entende por gente. Prefere o PC, mas não deixa de jogar em seu New 3DS, PS3, e Xbox One de vez em quando.