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Path of Exile – Review

Se mesmo com o lançamento de Diablo III você ainda sente-se órfão de um bom action rpg, não se preocupe, existe uma boa solução para o seu problema. Aberto ao público desde o final de semana passado Path of Exile promete ser o que Diablo III não foi, uma continuação digna do grande sucesso de Diablo II.

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Fazendo uma análise superficial, podemos dizer que D3 realmente não é uma sequência de D2, haja visto que a história parece que foi “inserida” na trama e não derivada desta, a jogabilidade mudou completamente, não existe mais tantas opções de personalização de build, o jogo perdeu seu tom sombrio e nem mesmo a equipe de desenvolvimento é a mesma, então é previsível que o jogo saísse da forma como saiu. Mas calma, não me entendam mal, eu até achei D3 bacaninha, um bom jogo e tudo mais, mas não está nem perto de ser o gigante que D2 foi.

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Baseados nessa mesma opinião, alguns jogadores hardcore resolveram criar um jogo a altura de Diablo 2, que segundo eles “deveria ser um jogo que eles gostariam de jogar”. O resultado foi um bom RPG, com um sistema inovador no que diz respeito a combates e economia e o melhor, com uma capacidade de personalização enorme!

Tudo começa com a escolha do seu personagem dentro de um navio. Existem seis classes disponíveis para escolha: Marauder, Duelist, Witch, Ranger, Templar e Shadow. Mesmo sem ter certeza do que acontecerá, você já pode imaginar qual será o seu destino do seu personagem pela ambientação muito bem feita. Depois de um naufrágio, você se depara com uma ilha onde tudo esta morto – ou pelo menos quase tudo – e encontra refúgio em um acampamento de exilados. Estes exilados são pessoas que assim como você foram parar na ilha e lutam para sobreviver a horda de zumbis, demônios e criaturas sinistras que habitam o local.

O momento da escolha do seu personagem semi-nu.

O mapa comporta-se de maneira muito semelhante aos “Diablos likes” que existem por ai. Repleto de waypoints, você pode se movimentar com muita facilidade entre os pântanos, ruínas, praias e cavernas do jogo. Isso sem contar que o estilo gótico e sombrio – umas das principais reclamações em D3 – foi mantido e inclusive acentuado. A jogabilidade também se assemelha bastante, no que diz respeito ao combate, mas a grande diferença está no sistema de skills e gemas. Em PoE, as skills não são mais responsáveis por lhe dar a habilidade de levantar um zumbi ou soltar uma bola de fogo, isso agora é de responsabilidade das gemas. Estas gemas são encontradas durante o jogo pelo mapa, ou recebidas de NPC’s como recompensa de um quest e funcionam de maneira muito semelhantes aos Sockets de D2. Depois de coloca-las em alguma arma ou equipamento você pode utilizar a habilidade que ela lhe proporciona da forma como desejar, podendo ainda aumentar o seu poder conforme e quantidade de vezes que a utiliza. Ainda há a possibilidade de combinar gemas em uma mesma arma, fazendo com que a sua fireball tenha um maior alcance, por exemplo.

Tendeu?

As skills também são um caso a parte. Existem milhões de combinações possíveis devido a enorme quantidade de delas. Uma das grandes diferenças desse jogo é a possibilidade de especializar-se em duas funções simultâneas, como por exemplo, ser tank e dps ao mesmo tempo. Claro que se você optar por fazer isso, não conseguirá um bom desempenho no pvp, mas, se o seu objetivo for criar um personagem “stand-alone” que possua como principal objetivo vencer o jogo sem muita dificuldade, ta ai uma boa pedida.

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O sistema de trocas também foi reformulado de um modo muito bacana. Lembram de quando eu falei que as empresas deveriam aproveitar o gancho que alguns jogos possibilitam para criar algo novo e único? Pois bem, já que você é um exilado em uma ilha cheia de mortos vivos, é de se esperar que você não possua dinheiro nenhum nos bolsos, então se quiser comprar alguma coisa, prepare-se para se desfazer de algum outro objeto do seu inventário. E não pense que levar aquela espada bacanuda é só jogar lixo na mão do NPC e ser feliz, não senhor, pode deixar pra trás aquele item especial que aumenta os atributos mágicos dos seus equipamentos, ou algo parecido pelo menos.

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Por falar em itens, o jogo vem abastecido com centenas, isso mesmo CENTENAS de itens muito bem feitos e com efeitos bem legais. No começo você se obriga a usar lixo encontrado na praia como equipamento. Meu marauder mesmo ficou um bom tempo usando malha enferrujada e um machado de pedra lascada pra enfrentar os monstros, mas com o tempo fui achando uns equipamentos mais legais. O bom disso é que a tão esperada imersão que tantos jogos deixam pra trás, fica evidente logo no início de PoE.

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Obviamente que o jogo da uns crashes de vez em quando e você se obriga a logar novamente, mas nada de mais pra um jogo que está em fase beta e começando agora. Sem contar que haja servidor pra tanta gente logando. Durante o final de semana o número de conectados chegou a picos de 50.000 jogadores simultâneos, o que dificultou um pouco a jogatina.

Enfim, se você procura um bom rpg pra passar o tempo, PoE com certeza é uma boa pedida. Inovador e ao mesmo tempo conservador, o jogo promete ficar cada vez melhor com o passar do tempo. Quem quiser me acompanhar no jogo, procure pelo Marauder Genesius por ai.

Nota final

70
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Combate inovador
  • Capacidades de personalização gigantescas
  • Boa ambientação

Contras

  • Crashes constantes
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João Víctor Sartor
João Víctor Sartorhttp://criticalhits.com.br
João Víctor Sartor é colaborador e sex-symbol do Critical Hits. Admirador das boas histórias, almeja de verdade escrever um livro algum dia. Divide seu tempo entre à leitura, jogatina, trabalho, engenharia e quando sobra tempo, vive.