A Vizinha da Mulher na Janela foi uma das séries mais comentadas de 2022 na Netflix. Protagonizada por Kristen Bell no papel de Anna, a trama segue a vida de uma mulher traumatizada pela perda de sua filha, que acredita ter testemunhado um assassinato. Parodiando thrillers psicológicos como A Garota no Trem e A Mulher na Janela, a série combina humor ácido e mistério. Apesar de seu tom satírico, A Vizinha da Mulher na Janela oferece uma história intrigante, culminando em um desfecho inesperado e marcante.
A seguir, explicamos os principais elementos do final, incluindo a revelação do assassino, a luta final, o salto temporal e o gancho deixado para uma possível continuação.
Quem matou Lisa (e os outros personagens)?
O mistério central da série gira em torno da morte de Lisa, a namorada do vizinho de Anna. Durante os episódios, várias possibilidades são exploradas, incluindo Neil (o namorado de Lisa), Buell (o zelador de Anna) e até a própria Anna, que passa a ser suspeita pela polícia e pela detetive Lane. Contudo, o grande choque do final está na revelação de que a assassina é Emma, a filha de apenas nove anos de Neil.
Emma, aparentemente uma criança doce e inocente, cometeu uma série de assassinatos ao longo da trama. Ela matou sua mãe grávida, seu professor, seu pai e, finalmente, Lisa, além de tentar assassinar Buell e Anna. Os motivos da menina são absurdos e cruéis: ela matou Lisa porque esta se recusou a comprar chocolates de sua campanha escolar e matou o pai por não aguentar mais ouvi-lo ensaiar atos de ventriloquismo.
As alucinações de Anna, provocadas pela combinação de medicamentos com vinho, contribuíram para que ela fosse incriminada. Emma roubou o estilete de pintura de Anna, com suas impressões digitais, para usá-lo como arma do crime. Além disso, Anna acreditava ter esfaqueado Lisa após confundir uma memória real com um momento em que destruiu, bêbada, uma pintura da vítima.
Apesar das circunstâncias, Anna supera seus medos e enfrenta Emma em uma batalha que redefine os rumos da história.
O confronto final e suas consequências
O último episódio é marcado por um confronto sangrento entre Anna e Emma. Inicialmente, Anna acredita que Buell é o assassino e o segue até a casa dos vizinhos. Lá, ela encontra Buell gravemente ferido e Neil morto, com a garganta cortada. É quando Emma revela sua verdadeira face, confessando seus crimes com um sorriso perturbador e justificando cada um com razões banais e egoístas.
A luta entre as duas, embora violenta, mantém o tom satírico da série. Emma chega a nocautear Anna com uma travessa de vidro, mas, no momento em que tenta finalizar seu plano, Anna revida, usando um pedaço quebrado da travessa para esfaquear a menina. Douglas, o ex-marido de Anna, chega a tempo de testemunhar o ocorrido, corroborando a versão de Anna às autoridades.
No hospital, Anna descobre que Buell sobreviveu e que sua inocência foi finalmente comprovada. Essa resolução não apenas encerra o mistério central, mas também oferece uma oportunidade para Anna recomeçar sua vida.
O salto temporal e o novo mistério
Um ano depois, a trama avança para mostrar uma Anna aparentemente renovada. Ela se reconciliou com Douglas, agora são casados novamente e têm um bebê. Contudo, a sensação de paz é interrompida durante uma viagem de avião para Nova York, quando Anna se depara com um novo mistério.
Sentada ao lado de uma mulher misteriosa (interpretada por Glenn Close), Anna a vê morta no banheiro do avião. Porém, ao chamar os comissários de bordo, o corpo desaparece, e a tripulação alega que o assento estava vazio. Ao encontrar um compacto deixado pela mulher, Anna conclui que pode não estar alucinando. O episódio termina com Anna sussurrando “Bingo” e o corte para a tela preta, sugerindo o início de uma nova investigação.
A sátira por trás de A Vizinha da Mulher na Janela
Desde o título até os eventos mais absurdos, a série é uma sátira declarada aos clichês de thrillers psicológicos. Kristen Bell revelou que o objetivo era zombar da fórmula previsível de histórias voltadas para o público feminino, com narrativas que frequentemente apresentam mulheres instáveis emocionalmente envolvidas em mistérios complexos.
A direção orientou Bell a interpretar sua personagem de forma séria, enquanto o humor estava presente nos detalhes ao redor. Esse contraste resultou em uma mistura de suspense e comédia que dividiu opiniões. Enquanto alguns espectadores não compreenderam o tom satírico, outros enxergaram na série um potencial para se tornar um clássico cult.
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