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O Escudeiro Valente (The Plucky Squire) – Análise – Vale a Pena – Review

O Escudeiro Valente (The Plucky Squire) é o mais novo jogo publicado pela Devolver Digital, com uma proposta de trazer uma história infantil e mesclar os estilos de plataforma 3D e 2D no mesmo jogo. Será que essa ideia dá liga?

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Em O Escudeiro Valente (The Plucky Squire), controlamos Pontinho, um herói que acaba sendo expulso de seu livro por Enfezaldo, o vilão que tenta alterar o final da história. Pontinho e seus amigos, que descobrem um mundo tridimensional além das páginas, devem enfrentar desafios para restaurar o final.

O Escudeiro Valente (The Plucky Squire) - Análise - Vale a Pena - Review

Inicialmente, você só joga num plano bidimensional, no estilo The Legend of Zelda clássico, andando pelas árvores, explorando as páginas do livro, derrotando inimigos e sendo introduzido ao primeiro elemento diferente do gameplay de O Escudeiro Valente (The Plucky Squire): o fato de que você pode alterar o cenário baseado nas frases que o livro de histórias diz.

Por exemplo, se você encontra uma ponte destruída, e tem escrito na página “A ponte estava destruída”, você pode procurar por outra palavra que altere o estado da ponte, e assim poder seguir no seu caminho.

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Por ser um livro, você pode avançar e retroceder nas páginas conforme vai avançando pela história, e essa mecânica acaba sendo fundamental de diversas formas, seja para ir atrás de palavras pelas quais você já passou anteriormente para alterar a página em que você se encontra, além de outras coisas que também é possível fazer conforme você desbloqueia novas habilidades e que eu não vou entrar em detalhes aqui.

Ainda falando sobre a parte 2D do jogo, há momentos em que, ao invés de ver o plano de cima, você vê ele de lado, como num sidescroller, e deve avançar por plataformas e afins, abrindo portas, arrastando blocos para trancar fechaduras e assim por diante.

Dentro do livro, você ainda tem colecionáveis para encontrar, em forma de ilustrações da sua aventura dentro do jogo, e diversos upgrades para comprar com as moedas que vai ganhando conforme avança pelo mundo, derrota inimigos e corta arbustos, como em Zelda.

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Além do estilo 2D, O Escudeiro Valente (The Plucky Squire) ainda vira em alguns momentos um jogo de plataforma em 3D onde você pode avançar pelos cenários com profundidade, arrastar itens e enfrentar inimigos. Esses momentos acontecem sempre fora do livro de histórias infantis (afinal estamos fora de um plano) e no geral eles são bem interessantes. Uma das melhores coisas que O Escudeiro Valente (The Plucky Squire) faz é combinar trechos de plataforma em 3D e 2D oferecendo uma variação de gameplay bem interessante, ainda que nenhum deles ofereça muita dificuldade por na maioria dos casos você só ter uma opção de caminho pela frente.

Para completar o que o jogo oferece, ainda há vários momentos onde você não joga em nehum dos dois estilos, mas sim com algum minigame diferente, e esses momentos geralmente são quando você está enfrentando chefes no jogo. Aqui, há alguns bem legais, mas houve um que eu sinceramente achei mau calibrado, quando você está tocando bateria e precisa acertar a batida certa, mais de uma vez eu tinha certeza que estava no ritmo e acabei sendo penalizado e perdendo a jogada pela detecção do jogo.

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O Escudeiro Valente (The Plucky Squire) - Análise - Vale a Pena - Review

Todas as variações de O Escudeiro Valente (The Plucky Squire) são bem interessantes, e se tem uma coisa que o jogo tem é boas ideias, mas infelizmente, ele comete um erro que acabou praticamente estragando a experiência pra mim, que é o ritmo de jogo. A todo momento o jogo te interrompe, seja pra falar alguma coisa, seja pra te dar alguma instrução, seja interromper pelo simples prazer de interromper.

É impressionante o tanto que o jogo te para para algum comentário ou falar alguma coisa ou te dizer que você deve fazer algo. A impressão que dá é que metade do tempo de jogo é com você não controlando Pontinho e os amigos dele, e se isso fosse em cutscenes que dessem lugar a sessões maiores de gameplay, seria ok, mas não, às vezes você joga um minuto e para dois, joga 30 segundos e para 10, joga mais um minuto e para mais 20 segundos e assim vai. É tanta interrupção que realmente incomoda e que simplesmente impede que o jogo engrene na maior parte das vezes.

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O Escudeiro Valente (The Plucky Squire) - Análise - Vale a Pena - Review

Quando o jogo consegue engrenar, ele é muito legal, ainda mais quando você está tentando resolver algum puzzle que envolve sair do livro, buscar palavras ou tentar alterar a história para avançar, mas esses momentos são raros em meio a tantas pausas.

Outro ponto que me desagradou foram eventuais bugs. Durante o meu gameplay, aconteceu do jogo travar na hora de virar páginas do livro e trocar de mapa, e também quando você tenta sair do livro e entrar nele novamente. Em ambos os casos foi necessário reiniciar o jogo, mas como O Escudeiro Valente (The Plucky Squire) acaba salvando frequentemente, isso não chegou a me atrapalhar tanto assim, porém não dá pra deixar de mencionar.

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Graficamente, O Escudeiro Valente (The Plucky Squire) é um belo jogo, com artes 2D e 3D muito bonitas, ainda que seja um tanto mais pesado do que eu imaginava que ele seria. A trilha sonora do jogo também é boa, e é importante ressaltar que o jogo está 100% localizado para o português, com textos e falas no nosso idioma, o que é sempre muito legal.

Mas e aí, O Escudeiro Valente (The Plucky Squire) vale a pena?

O Escudeiro Valente (The Plucky Squire) tem algumas ideias muito legais, e quando elas funcionam, o jogo mostra o seu potencial, mas o problema é que na maior parte do tempo o jogo está mais preocupado em lhe levar pela mão pela história, e acaba te interrompendo tanto que o jogo raramente engrena mais do que 1 minuto de gameplay sem pausar, o que realmente atrapalha demais.

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Review elaborado com uma cópia do jogo para PC fornecida pela publisher.

Resumo para os preguiçosos

O Escudeiro Valente (The Plucky Squire) é um jogo que mescla plataformas 2D e 3D, com uma proposta criativa onde o jogador altera o cenário a partir das palavras de um livro. Controlando Pontinho, o herói expulso do seu mundo bidimensional, o jogador explora tanto as páginas do livro quanto o mundo tridimensional, enfrentando inimigos e resolvendo quebra-cabeças. No entanto, apesar de sua beleza gráfica e boas ideias, o ritmo do jogo é frequentemente interrompido por diálogos e instruções, o que prejudica a experiência geral de gameplay.

Nota final

60
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Ótimas ideias
  • Localização perfeita em português

Contras

  • As interrupções atrapalham completamente o ritmo de jogo e isso acontece toda hora
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.