Another Crab’s Treasure – Análise – Vale a Pena – Review

O gênero Souls Like vêm evoluindo rapidamente nos últimos anos, e Another Crab’s Treasure é mais uma das muitas vertentes e raízes diferentes que esse tipo de jogo vem apresentando recentemente. Mas será que ele realmente vale a pena ou é uma tentativa fracassada de reimaginar o gênero? É o que vamos descobrir na análise de hoje.

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Another Crab’s Treasure é um jogo desenvolvido pelo estúdio indie Aggro Crab. Esse título chamou muita atenção e ficou conhecido como ‘o souls like do caranguejo’, sempre destacando o carismático protagonista que tem que explorar as águas poluídas de um oceano hostil.

A Jornada de Kril

O jogo nos apresenta Kril, um caranguejo que tem sua concha tomada por um tubarão cobrador de impostos. Armado inicialmente apenas com um garfo velho, Kril parte em uma missão para recuperar seu lar, enfrentando inimigos e chefes desafiadores ao longo do caminho. A premissa, embora simples, é divertida e a narrativa é repleta de crítica social, com foco particular na poluição e no consumismo humano.

Mecânicas de Jogo e Inovação

É bom deixar claro que sou um jogador apaixonado por Soulslike e experiente no gênero, logo minha análise das mecânicas do jogo é de alguém que sabe do que está falando e que gosta dos desafios que um bom jogo Souls tem a oferecer.

“Another Crab’s Treasure” é um Soulslike por natureza, mas ele traz algumas mecânicas novas e únicas que dão um toque especial para o jogo. Ao decorrer da aventura, Kril vai encontrar lixo que pode ser utilizado como concha, e essa concha além de aumentar a defesa do personagem, concede habilidades únicas.

As mais básicas podem simplesmente ser uma lata para se proteger completamente do dano, mas outras dão habilidades de dano ou de cura para Krill, são cerca de 50 conchas diferentes no jogo inteiro e elas influenciam diretamente em como o jogador aborda os inimigos ao decorrer do jogo.

Todo o resto do combate é extremamente fiel as mecânicas padrões de Soulslike: você pode fazer um ataque leve, ataque pesado, se esquivar e defender, tudo isso enquanto enfrenta chefes extremamente desafiadores no fundo do mar.

Os cenários do jogo são variados, passando por áreas que lembram selvas subaquáticas a metrópoles iluminadas por garrafas de vinho recicladas. Esses ambientes são visualmente impressionantes e também estão cheios de segredos e áreas escondidas que incentivam a exploração.

Assim como em todo soulslike, existem os pontos de descanso espalhados pelo mapa que fazem com que os inimigos voltem a vida e você recupera todos os seus itens de cura. Para você melhorar a vida máxima do personagem e para melhorar o número de itens de cura, é necessário explorar bastante o mapa e encontrar os itens que fazem essas melhorias. Isso acaba incentivando bastante a exploração do mapa, deixando o jogo mais divertido e dinâmico.

O único ponto negativo para o meu gosto pessoal foi a esquiva do jogo, eu não senti que ela funcionou muito bem, até parece que foi de propósito para que o jogador se agarre mais a mecânica de conchas do que ficar só simplesmente atacando e rolando igual a todo soulslike. Mas de qualquer forma a esquiva não é nada confiável e você tem que ter isso em mente enquanto joga.

Desafios e Acessibilidade

Apesar de sua estética colorida e encantadora, “Another Crab’s Treasure” não alivia nos desafios. O jogo é tão rigoroso quanto qualquer outro título Soulslike padrão, com chefes que exigem paciência e habilidade para serem vencidos. No entanto, o jogo também é acessível, oferecendo opções de dificuldade que podem ser ajustadas a qualquer momento, permitindo que mais jogadores desfrutem da experiência de explorar o fundo do mar.

Humor e Ambientação

Os diálogos do jogo são bem divertidos e elaborados, e apesar do jogo não ter dublagem, a legenda foi extremamente bem feita e é possível sentir que a equipe de tradução realmente se esforçou para localizar as piadinhas constantes do jogo, fazendo essa ser uma das melhores legendas em PTBR que eu vi nos últimos tempos.

Além disso, a temática ambiental é uma constante, com a moeda do jogo sendo microplásticos e o lixo sendo um tema recorrente. Isso serve como crítica à poluição marinha, mas também integra perfeitamente com a narrativa e a estética do jogo. A ambientação é muito bem feita e o jogo cativa visualmente.

Review elaborado com uma cópia do jogo para Steam fornecida pela publisher.