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Critical Hit: PlayStation Mortis, o maior fracasso dessa geração

Fala, galera, tudo bom com vocês? Quem aí tem um PlayStation Vita? O portátil da Sony foi anunciado prometendo mundos e fundos, a começar por ter prometido tomar a liderança no mercado de portáteis, já que o Nintendo 3DS estava patinando na época. Ele vinha com especificações superiores, diversos jogos AAA de cara e ainda por cima custava o mesmo preço do 3DS à época: US$ 250,00. O que aconteceu desde o anúncio? Só decepção.

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É inegável que o jogo teve bons jogos. Eu tenho vários deles, como Killzone: Mercenary. O problema é que os jogos não vendem no Vita, e quem compra, acaba mais jogando jogos que vêm na PlayStation Plus do que qualquer outra coisa. A Sony até tem tentado, mas basicamente o que nós vemos sendo lançado para o portátil semana após semana são indies que nós já jogamos no computador no ano passado ou até retrasado ou jogos japoneses que não despertam o mínimo interesse em mim.

O que dá pra fazer com um portátil desses? No meu caso, jogar PSP. O jogo que eu mais tenho jogado no meu Vita nos últimos 2 meses é Tactics Ogre: Let us cling together, um remake do jogo de SNES para o PSP que pegou todo o potencial que o jogo tinha na época e transformou em realidade, com uma versão infinitamente superior. O problema é que, bom, é uma droga dum jogo de PSP né. O PS Vita não recebe nem de perto o tratamento que o PSP tinha das grandes empresas, e continua sem um jogo que convença as pessoas a comprar o portátil.

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Remote Play, uma função secundária elevada à categoria de primária pela falta de destaques
Remote Play, uma função secundária elevada à categoria de primária pela falta de destaques

Como eu já havia dito anteriormente, difícil é convencer o consumidor a comprar um console, depois disso, só vai, é bem fácil empurrar promoções e mais promoções pra cima dele, mas o que o PS Vita tem que vá convencer as pessoas a compra-lo? Uma versão muito porca de Borderlands 2? Eu passo. A possibilidade de fazer Remote Play? É até interessante, mas está longe de ser uma Killer Feature e eu prefiro toda vida jogar no controle do PS4 a jogar no PS Vita (mesmo Destiny, onde a Bungie aproveitou muito bem a tela do Vita para compensar a falta de R2/L2 e R3/L3). Remakes de God of War 1 e 2? Um bundle com a mesma versão de Fifa de 2012 só com os elencos atualizados? Pfff, por favor.

Sério, o que o PS Vita tem de interessante? Hoje a Sony lançou mais um manifesto dizendo que continua apoiando o portátil e que ele encontrou o nicho dele. O nicho é exatamente esse, ser um santuário de jogos indie lançados para PC há anos e japonguisses. Ah, e Minecraft, que aparentemente a Sony conta que vá fazer o portátil vender mais. Espera, quem comprou a empresa responsável por Minecraft mesmo? Ah é, a Microsoft.

Essa não é a primeira vez que a Sony lembra que deve jogos aos donos de PS Vita, mas ela parece só lembrar disso quando não está em nenhuma feira, pois se a companhia dedicou 15 minutos ao Vita na E3, foi muito, aliás, se a companhia dedicou 15 minutos ao portátil somando todas as conferências e feiras que houveram no ano, eu ficaria impressionado, porque tudo o que o Vita ganha são aqueles clipes de vários jogos indie que vão sair para o portátil e para o PS3 e PS4, ou seja, para desenvolver para uma dessas plataformas, os pequenos desenvolvedores são obrigados a também fazer uma pro Vita, porque fazer por livre e espontânea vontade as pessoas faz muito pouca coisa mesmo.

A emulação seria um futuro para o Vita?
A emulação seria um futuro para o Vita?

E qual a solução para isso? Eu realmente não sei, mas a comunidade homebrew pode ser uma solução interessante. Nesse fim de semana, uma série de exploits foram revelados nas comunidades de hackers do portátil. O que isso significa? Que o PS Vita pode começar a ganhar emuladores e outros programas em breve, o que pode ser um ressurgimento para o portátil, que tem especificações técnicas poderosas o suficiente para rodar sem engasgos emuladores de Nintendo 64, Dreamcast e até Nintendo DS se duvidar.

No fim das contas, o futuro do PS Vita será a escolha entre poder jogar meia dúzia de jogos online, ou desbloquear o portátil e ter acesso a um ecossistema de emuladores e outros programas feitos em casa (provavelmente pirataria também) e se duvidar até o Remote Play funcionando mesmo no sistema desbloqueado. Digamos que essa é uma competição totalmente desleal né? Pena que isso vai afastar mais ainda as grandes produtoras do Vita, o que significará que menos jogos feitos especialmente para o portátil vão chegar, declarando a “morte” do portátil bem antes do que ela poderia acontecer, caso a Sony tivesse dado o devido suporte a ele.

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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.