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Spider-Man 2 – Análise – Vale a Pena – Review

Spider-Man 2 é provavelmente o título mais aguardado pelos donos do PlayStation 5 em 2023, e esse é um título com expectativas imensas em cima de si, afinal de contas, não só ele é um dos únicos exclusivos first party no ano, ele é a continuação de um dos melhores jogos do PS4 também. Será que Peter Parker e Miles Morales conseguem atender a tudo isso?

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Em Spider-Man 2, Peter Parker e Miles Morales tentam continuar a equilibrar a vida dupla deles de pessoas normais e super heróis. No caso de Peter, ele acaba se tornando um professor do ensino médio na escola de Miles, e o jovem Homem-Aranha está lutando para escrever uma redação sobre si mesmo para uma vaga na universidade.

Logo de cara, vamos que o universo tem outros planos para ambos, já que o jogo começa com o pé no acelerador e um combate simplesmente espetacular contra o Sandman, que está completamente transtornado e acaba atacando Nova York e espalhando o caos completo pela cidade.

Com mais ou menos 15 minutos de jogo, dá pra perceber que Spider-Man 2 é um jogo muito mais ambicioso que os seus antecessores, e que certamente não rodaria na geração passada. A Insomniac aproveitou o poder extra do PlayStation 5 para aumentar a escala do que acontece no mundo jogo de forma impressionante.

Após esta luta inicial contra o Sandman, cria-se o cenário para que a cidade precise dos dois Spider-Man e a história se desenrole, já que boa parte da cidade acaba sendo arrasada pelo ataque do supervilão, e os criminosos normais começam a aproveitar que polícia, bombeiros e outras autoridades estão ocupadas resgatando as pessoas afetadas por esse ataque inicial.

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Isso, obviamente, é apenas o prólogo do jogo, já que a história de Spider-Man 2 é super movimentada. Há tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo no jogo que parece até que estamos jogando a história de dois jogos, e não apenas um, já que leva um tempo considerável até que Kraven, um dos principais antagonistas do jogo, acabe aparecendo.

A forma como a Insomniac aproveitou-se da mitologia original do Homem Aranha em Spider-Man 2 é bem interessante, aliás. Toda a história gira em torno de Kraven. O caçador supremo está à procura de uma nova presa e novos desafios, e vai até Nova York para isso, mas não exatamente para caçar Peter e Miles, adversários que ele considera indignos, e sim os vilões que você enfrenta no primeiro jogo e também vilões que os fãs do Homem Aranha conhecem de longa data, mas mesmos estes vão ser surpreendidos pela forma como a desenvolvedora apropriou-se dessas histórias e mexeu em diversos pontos dela para apresentar novas origens.

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Um dos meus maiores medos, aliás, durante o jogo, foi exatamente achar que talvez Spider-Man 2 tivesse história demais para contar, e que talvez o jogo fosse acabar ficando mal explicado da metade pro final, mas é impressionante como tudo está muito bem amarrado, com o seu desenvolvimento trabalhado e resultando assim no melhor jogo de super heróis já feito até aqui, e sim, superando até mesmo Batman Arkham City, que é tido por muitos até hoje (inclusive por mim) como o melhor jogo do gênero.

Para evitar dar grandes spoilers da história, eu não vou comentar como o Simbionte acaba entrando nisso tudo, por exemplo, mas acredite em mim quando eu digo que tudo acontece por um motivo no game, e a forma como a história progride faz o jogador não querer desgrudar os olhos da tela querendo saber como Peter e Miles vão resolver as mais diversas crises que acabam surgindo durante o game.

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Além da história principal, Spider-Man 2 ainda possui uma série de atividades paralelas que enriquecem o jogo de uma maneira bem legal. Partes das atividades são recicladas do primeiro jogo e também de Miles Morales, como os crimes que você evita no meio da navegação pela cidade e as bases de inimigos que você precisa derrotar, mas que desta vez não são do Rei do Crime, e sim dos Caçadores de Kraven, mas fora essas duas atividades e a de bater fotos de pontos de interesse de Nova York, basicamente todas as outras atividades extra do jogo são novas.

Algumas dessas atividades são exclusivas de Peter e outras de Miles, e algumas são compartilhadas entre os dois jogadores. Uma coisa bem legal dessas atividades, e de outras da campanha principal do jogo também, é que quase nenhuma delas envolve o combate do jogo, e sim atividades diferentes, como Peter tendo que resolver quebra-cabeças para ajudar a criar plantas híbridas melhores para alimentar a população de Nova York, ou ele pilotando drones para uma iniciativa de polinização, ou Miles tendo que resolver desafios para encontrar os depósitos de equipamentos do Prowler e assim tirá-los das ruas.

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Esse tipo de conteúdo extra é muito bom pois ajuda evitar que o jogo se resuma apenas a andar pela cidade e rachar a cabeça de malfeitores, então caso você esteja cansado das atividades do lado mais brigão do herói, é possível tirar uns minutos para fazer coisas completamente diferentes e assim variar um pouco o gameplay.

Além dessas missões espalhadas pelo mapa (que ficou bem grande, aliás, com os novos bairros adicionados), também há missões de histórias paralelas, como o aplicativo do Homem-Aranha Amigo da Vizinhança, e também algumas missões extras focadas num Homem-Aranha ou no outro.

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Aproveitando que estamos falando sobre os dois Homem-Aranha, falemos um pouco agora sobre as diferenças entre eles. Tanto Peter quanto Miles Morales receberam diversas modificações em relação ao que eles apresentaram nos seus respectivos jogos iniciais. Começando por Peter, ele inicialmente ganha os braços mecânicos de aranha que os fãs de Spider-Man conhecem, e que o ajudam a ficar bem mais forte e ágil para enfrentar os bandidos e super vilões do jogo, já que eu me perguntava como ele poderia ficar mais forte, já que Miles parecia até mesmo roubado de tão mais forte que o Peter no jogo dele.

Depois de uma certa parte do jogo, o personagem acaba recebendo o Simbionte, e aí ele adquire novos poderes, mas uma coisa legal de Spider-Man 2 é que você pode misturar as habilidades disponíveis, então é possível fazer builds do personagem com diferentes especiais e assim fazer os combos da forma como você preferir.

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Assim como Peter, os poderes de Miles vão evoluindo conforme o jogo avança, mas assim como ele, é melhor não comentar muito já que o motivo pelo qual os poderes do personagem vão se desenvolvendo acabam sendo spoilers bem importantes de alguns dos pontos principais do enredo e do próprio desenvolvimento do personagem dentro do jogo. Aqui ainda vale ressaltar que não é mais possível ficar invisível a qualquer momento como no standalone de Miles Morales, o que eu acabei achando uma boa escolha da Insomniac, já que essa era uma habilidade roubada demais.

Finalmente, além das habilidades únicas dos dois personagens, ainda há uma árvore de habilidades compartilhadas, e a maioria delas envolvem habilidades que já vimos nos jogos anteriores da franquia, como arrancar a arma de um inimigo que estiver cheio de teia, arremessá-lo nos outros adversários e assim por diante.

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Além disso, você também pode usar os pontos ganhos em atividades extras para melhorar os atributos físicos dos personagens, como vida e força de ataque e também para desbloquear novos uniformes, há uma porrada deles para você obter durante a campanha principal do jogo.

Falando um pouco sobre o combate do jogo, por causa das novas habilidades dos dois Homem Aranhas, eu acabei achando Spider-Man 2 no geral um jogo mais fácil de se lutar contra os bandidos normais do que o primeiro jogo e mais ou menos no mesmo nível do standalone Miles Morales, já que você tem muitas e muitas formas de vencer estes adversários.

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O combate contra os chefes, entretanto, parece ter ficado bem mais desafiador. Não foi nem um nem dois chefes que eu tive alguma dificuldade de derrotar, já que o jogo exige que você não só saiba bater muito, mas também esquivar e bloquear os ataques dos inimigos na hora certa para ter alguma chance de sobrevivência, já que os golpes dos inimigos que acabam acertando você tiram muita vida. Ainda assim, não houve nenhum chefe que realmente me custou mais de umas 4 ou 5 tentativas.

Esses combates, aliás, são cheios de etapas, e caso você já tenha visto os trailers do jogo, é possível notar que eles são simplesmente espetaculares, cheios de etapas, com destruição imensa e com cenas de tirar o fôlego a todo momento.

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Antes de falarmos sobre a parte técnica do jogo, ainda vale reforçar um ponto bem importante: caso você tenha medo de que Spider-Man 2 seja um grande mais do mesmo ou tenha cara de ser uma DLC glorificada e chamada de sequência, não se preocupe. O jogo realmente tem tudo o que precisaria para ser uma continuação e muito mais. Tudo bem, ele reaproveita uma parte do cenário, animações de personagens e alguns modelos de bandidos, mas há tanta coisa nova nesse jogo, seja na história principal, que é bem densa, como no conteúdo opcional, que, como eu comentei mais cedo, parece mais que estamos jogando um Spider-Man 2 mais uma expansão dedicada para o Miles num jogo só.

Graficamente falando, Spider-Man 2 é um jogo impressionante. O jogo funciona a todo tempo travado a 60 quadros por segundo e é simplesmente muito bonito e também extremamente dinâmico. Tanto a navegação pela cidade como o combate parecem estar mais rápidos do que na geração passada. Além disso, as cutscenes e sequências de ação são simplesmente impecáveis, com cortes bem executados e belíssimas animações.

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A trilha sonora do jogo também é incrível, e a dublagem do jogo está muito bem feita, tanto em português quanto em inglês.

Mas e aí, Spider-Man 2 vale a pena?

Spider-Man 2 é tranquilamente um dos melhores jogos de PlayStation 5 e também o melhor jogo de super herói já feito até hoje. O jogo pega tudo o que deu certo no primeiro jogo e no standalone de Miles Morales e cria uma campanha que aproveita muito bem os dois personagens, respeitando as individualidades deles e desenvolvendo ambos da forma como eles merecem.

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A Insomniac simplesmente está de parabéns por criar um jogo tão divertido e cheio de conteúdo que simplesmente não cansa o jogador. Spider-Man 2 é mais um daqueles jogos que a gente sente a vontade de comprar um console só para jogá-lo.

Review elaborado com uma cópia do jogo para PlayStation 5 fornecida pela publisher.

Resumo para os preguiçosos

Spider-Man 2 é um jogo que aproveita muito bem tanto Peter Parker quanto Miles Morales, trazendo uma continuação de verdade com uma história densa e muito bem trabalhada, além de diversas atividades opcionais que enriquecem a experiência e uma série de habilidades novas para você combater o crime em combates dinâmicos de tirar o fôlego.

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Com 15 minutos de jogo, você já percebe que a escala da ação é muito maior do que nos dois jogos anteriores, e esse é apenas o começo do melhor jogo de super herói lançado até aqui.

Nota final

95
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Combate extremamente divertido
  • História densa e muito bem desenvolvida
  • Performance excelente, o jogo é realmente muito fluído
  • Boa trilha sonora

Contras

  • Alguns chefes podem acabar sendo bem desafiadores
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.