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Mortal Kombat 1 – Análise – Vale a Pena – Review

Mortal Kombat 1 é mais um recomeço da franquia da Netherrealm, que teve sua linha do tempo resetada após o final dos eventos de Mortal Kombat 11. Com novas ideias para antigos personagens, será que a desenvolvedora consegue mostrar que esse jogo é necessário mesmo ou será que só veremos um repeteco de tudo o que já vimos nesses 30 anos de franquia?

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Em Mortal Kombat 1, vemos os resultados de Liu Kang ter se tornado o Senhor do Tempo e ter reiniciado as linhas da forma como ele achava ideal. Nesse novo mundo, ele é o Deus do Fogo e Protetor do Reino da Terra, que compete com a Exoterra no torneio do Mortal Kombat como sempre aconteceu até aqui.

A grande diferença desse novo universo está nas vidas dos personagens, já que Liu Kang fez diversas alterações da forma como ele achava mais adequado para que esta linha do tempo fosse uma linha de paz e de harmonia.

Mortal Kombat 1 - Análise - Vale a Pena - Review

Como exemplo disso, temos que Sindel é a rainha do Exomundo, e o Shao Kahn aqui é conhecido como o General Shao, que é leal a ela. Shang Tsung e Quan Shi são dois feiticeiros irrelevantes e sem poder nenhum, e Raiden acaba ocupando o lugar de Liu Kang como campeão do Reino da Terra.

Apesar das mudanças feitas por Liu Kang, algo conspira para que essa nova linha do tempo entre em conflito, e logo a harmonia vai pro espaço e as intrigas e conspirações que já conhecemos e amamos na história de Mortal Kombat retornam, com combates intensos e reviravoltas a todo momento.

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Eu não vou dar spoilers do que acontece daqui pra frente, mas vale ressaltar que é bem interessante a forma como a Netherrealm reimaginou a história de alguns personagens e criou novas origens para eles.

Mortal Kombat 1 - Análise - Vale a Pena - Review

Raiden por exemplo, juntamente com Kung Lao, são dois fazendeiros na China, sendo que este é ansioso por combate e glória, e aquele quer apenas uma vida pacata e ajudar a família e a vila dele. Os dois personagens cresceram juntos, treinam juntos em momentos de paz e acabam se envolvendo no conflito com objetivos diferentes.

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Aqui inclusive o jogo já começa apresentando uma mudança bem legal nele, que é o fato de que dependendo do momento da história em que você estiver, o personagem não tem todas as técnicas dele ainda, pois ele não as aprendeu. Raiden começa sem os poderes do trovão, por exemplo, e é só avançando na história dele que você vai descobrir como que nessa linha do tempo ele os obteve.

Outra mudança é nos Tarkatanos, que desta vez não são uma raça, e sim uma doença que se espalha pela Exoterra, e que acaba consumindo os portadores dela lentamente. Esse detalhe acaba influenciando bastante o desenrolar da história do jogo.

Mortal Kombat 1 - Análise - Vale a Pena - Review

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Apesar disso, nem tudo mudou nas histórias de Mortal Kombat. Johnny Cage, por exemplo, segue sendo um astro do cinema (apesar de estar na descendente neste) que não leva nada a sério, e mais uma vez é um dos personagens mais carismáticos do jogo.

No fim das contas, a campanha de Mortal Kombat 1 acaba sendo a segunda melhor que a Netherrealm fez até hoje, perdendo apenas pela do Mortal Kombat de 2011 que tem um lugar especial do no meu coração, mas ela tem diversas coisas muito legais acontecendo, e que acabam engatilhando uma continuação naturalmente, sem precisar reiniciar tudo de novo mais uma vez.

Ao terminar o modo campanha, o Modo Invasão é liberado em Mortal Kombat 1. Esse modo é uma espécie de continuação da história, mas sem trazer exatamente novas história, apenas matando a curiosidade do jogador sobre como poderiam ser situações diferentes em que os personagens do Mortal Kombat pudessem viver suas vidas.

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Mortal Kombat 1 - Análise - Vale a Pena - Review

A ideia desse modo é bem interessante. Nele, você tem um tabuleiro que deve ir avançando nele e enfrentando combates em cada estágio do caminho. Esses combates podem ter modificadores, como vários combates em sequência, ser uma torre onde você enfrenta 3 ou 4 adversários, ou apenas enfrentamentos normais com ou sem modificadores, que podem variar como serras passando pelo cenário, magias variadas que afetam o combate como uma magia de tempo que deixa tudo mais lento e assim por diante.

A cada combate, você ganha experiência para ir desbloqueando colecionáveis do seu personagem, do convidado dele e também nível do modo invasão, que faz que o seu personagem fique mais forte, com você podendo colocar mais poder de ataque, defesa, vida e assim por diante nele, além de você também poder equipar itens para melhorar atributos do seu personagem e usar técnicas especiais durante as lutas que não poderiam ser usadas normalmente.

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De acordo com a Netherrealm, a ideia aqui é que os tabuleiros serão atualizados conforme as temporadas forem avançando, então conteúdo e universos paralelos para visitar é que não vão faltar.

Mortal Kombat 1 - Análise - Vale a Pena - Review

O jogo ainda conta com combate online, combate local e modos de treinamento onde você pode aprender mais sobre os personagens, como golpes especiais e combos, e também um modo de treinamento de fatalities para você que quer pegar apenas esse detalhe.

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E para completar os modos do game, Mortal Mombat 1 não tem uma Kripta, e sim um modo onde você oferece moedas que você ganha ao vencer lutas para ganhar um item aleatório, além de uma loja de itens com outra moeda premium que você vai ganhando conforme joga e também pode ser comprada pelo jogador para agilizar a vida.

Nessa opção de gastar para ganhar itens aleatórios, eu gostaria que a Netherrealm tivesse dado a opção de pular a animação, acelerá-la ou dar a opção de você comprar vários itens de uma vez, já que é meio chato ficar repetindo a mesma animação 9 ou 10x em sequência até porque ela demora.

Mortal Kombat 1 - Análise - Vale a Pena - Review

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Como um jogo de luta, é claro que 90% da diversão dele está no sistema de combate deste, e quem gosta de Mortal Kombat certamente vai se sentir em casa com Mortal Kombat 1.

O jogo controla de maneira bastante semelhante ao Mortal Kombat 11 em ritmo de luta e também na forma como fazemos combos, mas o moveset de praticamente todos os personagens do jogo foi alterado, com golpes espetaculares e bastante chamativos.

Aqui, entretanto, vale ressaltar um detalhe, com a recente introdução do controle moderno em Street Fighter VI, Mortal Kombat 1 acaba virando o jogo “menos acessível” dos três grandes jogos de luta do mercado (ou seja, Mortal Kombat, Street Fighter e Tekken).

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Eu estou longe de ser um jogador avançado em jogos de luta, e tive alguma dificuldade em executar os combos do jogo. Não é que eles nunca saiam nem nada do tipo, mas dá pra notar claramente que no momento atual, o sistema de combate de Mortal Kombat 1 acaba sendo o mais difícil de iniciantes pegarem, já que os combos não são tão fáceis assim de acertar,  e como são eles que fazem o combate fluir de verdade, se você ficar só usando os especiais, a luta vai ser um grande derruba levanta sem muito ritmo.

Por isso, o modo de treinamento de Mortal Kombat acaba sendo mais necessário do que nunca, já que vale a pena tirar uns minutos para aprender os golpes e combos dos personagens que você realmente tem interesse em jogar, pois quando a coisa começa a fluir, você acaba virando um mestre da dor, e castigar os adversários no jogo é muito legal.

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A grande novidade do sistema de combate de Mortal Kombat 1 é o sistema de Kameos, onde você pode ter um convidado para intervir no combate a qualquer momento. Ele funciona de maneira bem semelhante ao sistema de assistência de Marvel vs Capcom, ou seja, você escolhe um personagem que pode aparecer no meio da luta para executar um golpe e assim iniciar um combo no adversário, te salvar de alguma situação ou algo do tipo.

Cada convidado tem três tipos de ataques, e também ajuda você durante os X-Ray Moves, causando destruição imensa nos adversários. Um ponto que vale a pena ressaltar é que cada convidado pode ser usado duas vezes em sequência, e depois disso você deve esperar um pouco para recarregar a barra dele, então não dá pra ficar spammando esse comando.

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Para completar, os convidados também podem ser chamados para fazer uma espécie de “combo breaker” no jogo, apertando o botão de defesa e pra frente no momento certo quando você estiver sofrendo um combo, uma mecânica importantíssima para adicionar competitividade no jogo.

Graficamente, Mortal Kombat 1 é realmente muito bonito. O jogo tem facilmente a melhor apresentação visual que um jogo de luta já teve até hoje, com uma animação soberba, uma campanha cheia de cutescenes espetaculares e muito bem coreografadas, cenários super animados e vivos, modelos extremamente bem feitos e litros e mais litros de sangue.

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Eu testei o jogo no Xbox Series X e gostei bastante do resultado que obtive nele. O jogo não teve nenhum problema de performance e os carregamentos do jogo também foram bem rápidos, mal me dando tempo para tomar uma água entre uma luta e outra.

A trilha sonora do jogo também está muito boa, e para completar, o jogo vem totalmente dublado em português, com um bom trabalho de dublagem também, mas aqui vale ressaltar que teve uma fala na campanha principal do jogo que ou esqueceram de dublar ou não o jogo bugou no momento, pois ela não tocou, e o modo de invasões tem toda a sua explicação em inglês, mesmo o jogo estando totalmente em português, então seria bom o pessoal da Netherrealm confirmar o que aconteceu aqui.

Mas e aí, Mortal Kombat 1 vale a pena?

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Mortal Kombat 1 consegue ser uma ótima reintrodução à história de Mortal Kombat, mudando coisas o suficiente nessa nova linha do tempo para tornar as histórias e origens dos personagens bem interessante, e também preparar esse mundo para histórias inéditas no futuro.

O jogo ainda conta com um modo de invasão que promete entreter os jogadores single player por bastante tempo enquanto desbloqueiam tudo o que querem dos seus personagens favoritos.

Para completar, o sistema de combate, ainda que não seja dos mais acessíveis, continua excelente, e o sistema de convidados ajuda a tornar as lutas mais imprevisíveis e dinâmicas.

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Review elaborado com uma cópia do jogo para Xbox Series X. Jogo disponível para PC, PS5, Xbox Series e Nintendo Switch.

Resumo para os preguiçosos

Mortal Kombat 1 vai agradar bastante os fãs de longa data da franquia, trazendo um novo reinício que faz diversas alterações bem legais para quem se amarra na história da franquia. O sistema de convidados adiciona uma imprevisibilidade bem interessante para o combate, e o modo de Invasões vai ajudar a ocupar jogadores que querem mais conteúdo single player. Mais um grande capítulo da franquia.

Nota final

85
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • O jogo de luta mais bonito até hoje
  • Boa campanha e história
  • Boa quantidade de personagens

Contras

  • Sistema de combos complexo, não é para iniciantes
  • Pouca inovação
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.