A franquia Horizon que em 2017 era apenas um experimento da Guerrilla Games – até então conhecida pela franquia Killzone – se expandiu cada vez mais ano após ano, se tornando uma das potências da PlayStation Studios e recebendo a expansão Horizon Forbidden West: Burning Shores para sua sequência.
Após Forbidden West, o anúncio da série para a Netflix e um jogo exclusivo de PlayStation VR2, a expansão Burning Shores do jogo de PlayStation 4 e PlayStation 5 finalmente chegou para os jogadores donos de um PS5, pois esta DLC é exclusiva para apenas a nova geração.
Será que vale a pena voltar para o Oeste Proibido e viver mais uma aventura de com Aloy? Iremos descobrir isso neste texto!
Começando pela história da expansão, Aloy recebe uma mensagem de Silens, que a manda para o Litoral Ardente, que um dia foi Los Angeles, para combater uma nova e grande ameaça.
Essa ameaça tem uma narrativa, que vai se desenrolando durante as missões principais da expansão. Entretanto, tudo acontece tão rápido que é um pouco complicado dar grandes detalhes.
Você deve estar imaginando o quão rápido isso se desenrola, e infelizmente, é muito rápido mesmo. Focando apenas nas missões principais, que são seis no total, eu consegui terminar a expansão em 4 horas e meia.
Além de uma nova história, era óbvio que encontraríamos novidades no jogo. Velhos e novos rostos fazem parte da nova aventura de Aloy, como é o caso de Gildun, da expansão do primeiro jogo; Sylens, que te leva até o Litoral Ardente; Almirante Gerrit, personagem da marinha dos Quen, e por último mas não menos importante: Seyka.
Seyka é a personagem mais relevante da expansão. Ela estará com você durante toda sua jornada pelo Litoral Ardente, e é muito importante para o futuro de Aloy. Podendo até mesmo desencadear uma terceira entrada na franquia.
Em Forbidden West a montaria alada Heliodo foi adicionada, permitindo que você voasse pelo céu. Na expansão Burning Shores, há uma nova máquina para substituí-la: o Asa-Marinha.
O Asa-Marinha é uma montaria alada, que além de poder voar pelas nuvens, pode submergir na água. Ele é crucial para uma missão assim como o Heliodo foi para o jogo da base. Entretanto, diferente do Heliodo, o Asa-Marinha não pode ser utilizado fora da região do Litoral Ardente por ser parte da fauna da região.
Como já foi mostrado em um dos trailers da expansão Burning Shores, Aloy pode manusear uma arma dos Far Zenith na expansão. Ela é muito útil para as batalhas do jogo, principalmente contra o Horus.
Novas habilidades estão disponíveis para utilizar com Aloy, em todas as categorias da personagem. Entretanto, não é necessário você desbloquear uma sequer para terminar a expansão. Além disso, novos upgrades e armaduras também estão disponíveis, fazendo então com que você reserve um tempo extra para explorar a região.
Um dos grandes dilemas entre os jogadores foi o motivo da expansão ser exclusiva de PlayStation 5. De fato o último chefe é grandioso visualmente, mas não há criatividade na batalha e muito menos a sensação de ser algo épico.
Se formos colocar essa batalha como uma exceção, a expansão seria suportada sim em um PlayStation 4. Isso até me faz pensar que, eliminando a batalha final da forma que ela é atualmente, talvez ela fosse melhor com uma certa limitação.
Isso porque os desenvolvedores precisariam abusar mais da criatividade e da jogabilidade, ao invés da magnitude visual, algo que foi demonstrado na versão exclusiva de PlayStation 5.
No mais, não há muito o que falar. A expansão ainda adiciona algumas sidequests e desafios, o que deve fechar o conteúdo total dela em cerca de 10 horas caso você queira fazer tudo e mais umas 5 horas caso você queira obter todos os equipamentos e novidades dela, mas boa parte desse tempo é apenas em grinding mesmo, e aí vai de cada um se você quer investir esse tempo ou se veio aqui só pela história mesmo.
Mas e aí, Horizon Forbidden West: Burning Shores vale a pena?
Eu de fato sou muito fã da franquia Horizon. Horizon Zero Dawn foi o segundo jogo que joguei no meu PlayStation 4, e se bem me recordo, o primeiro que platinei.
A expansão Burning Shores era o que eu mais esperava da PlayStation para 2023, visto que dos estúdios internos, só temos Spider-Man 2 à vista. Entretanto, fiquei muito decepcionado com o resultado final.
Foi realmente gratificante colocar as mãos novamente no jogo e controlar Aloy. Combater as máquinas e ver talvez o último papel do falecido Lance Reddick como Sylens. Mas, pelo valor cobrado de R$ 104,90, a expansão tem muita promessa e pouco a oferecer na história principal.
Como disse, o que deveria ter sido uma obra prima para o PlayStation 5, talvez tivesse sido melhor ao ser lançado cross-gen. Isso vai até contra o que todos nós pensamos com o próprio Forbidden West. Mas, é o que se provou com o decepcionante fim de Burning Shores.
Review elaborado com uma cópia do jogo para PlayStation 5 fornecido pela publisher.
Resumo para os preguiçosos
Voltar para Horizon Forbidden West é gratificante, principalmente tendo uma máquina capaz de submergir na água, e uma arma dos Zenith em mãos. Entretanto, a curta duração de cerca de 4h30 de missões principais, e o chefe final genérico, faz com que o valor cobrado não valha a pena.
A expansão Burning Shores ficou muito abaixo das minhas expectativas, que por ser uma das poucas coisas para 2023 da PlayStation Studios, eram bem altas.
Prós
- Visualmente o Litoral Ardente é lindíssimo
- A nova arma é importante para combater as grandes máquinas
- O Asa-Marinha é uma excelente adição ao jogo
- A personagem Seyka é muito bem construída e deve ser tornar recorrente na franquia
Contras
- A batalha final abusa do visual mas esquece da jogabilidade
- Curta duração (durando metade da expansão do primeiro jogo)
- Preço não corresponde ao conteúdo
- História muito abaixo de minhas expectativas