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Monster Hunter Rise: Sunbreak – Review

Monster Hunter Rise: Sunbreak é a primeira expansão de um dos melhores Monster Hunters já lançados. Mas como melhorar algo que já é considerado ótimo por muitos sem estragar a experiência original?

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Ninguém sabe ao certo quais serão os próximos passos da Capcom quando o assunto é Monster Hunter. Após a imensa popularidade que a série conseguiu com o lançamento de Monster Hunter: World, a Capcom resolveu repensar alguns aspectos que eram considerados alicerces da franquia, o que desagradou alguns fãs mais caxias enquanto encantou tantos outros (principalmente os mais novos).

A série original parece sempre ter sido pensada para privilegiar as experiências cooperativas, sem tanto foco em uma campanha singleplayer. Com Monster Hunter Rise as coisas parecem ter sido alteradas de forma tímida, privilegiando a experiência solo, mas sem alterar o miolo principal que conquistou tantos jogadores ao longo dos anos.

Essa alteração foi muito bem recebida mas também levantou algumas discussões sobre a possibilidade de Monster Hunter estar finalmente se tornando um jogo mais fácil. A nova expansão Sunbreak traz como principal novidade a introdução de missões bem mais desafiadoras, que vão exigir do jogador um bom tanto de comprometimento.

Monster Hunter Rise: Sunbreak - Review
Reprodução: Capcom

Mas será que um bocado de novas missões, novos monstros e uma incrementada na dificuldade é suficiente para tornar Sunbreak uma expansão que realmente vale a pena? Não é não. Principalmente porque a quantidade de novos monstros é bem limitada. Ainda bem que a Capcom resolveu inserir algumas outras novidades que valem a pena e fazem de Monster Hunter Rise um grande laboratório para o futuro.

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Para não deixar o caro amigo leitor na expectativa, vamos começar falando dos novos monstros logo de uma vez. A premissa da expansão deveria ser a introdução de novas criaturas, afinal de contas são elas que dão o tom do jogo. Mas infelizmente não é bem isso que acontece.

Monster Hunter Rise: Sunbreak - Review
Reprodução: Capcom

Monster Hunter Rise: Sunbreak traz novidades, mas além de um número reduzido de novos monstros eles só aparecem de verdade após o jogador atingir o novo nível de dificuldade “Master Rank 4”. Até lá, o foco são versões alternativas de criaturas que já conhecemos, só que com cores diferentes. Anima, mas não é grande coisa.

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Outro detalhe que anima no começo, mas que demora para fazer sentido é a nova habilidade de trocar as skills das armas (leia-se: movimentos especiais). Não lembro de ter ficado tão feliz com as skills nos outros jogos da série, mas também é preciso considerar que Monster Hunter Rise é o jogo com o melhor controle até agora.

Monster Hunter Rise: Sunbreak - Review
Reprodução: Capcom

Sendo assim, a introdução da possibilidade de ter mais de uma habilidade especial de armas a disposição é algo incrível! Confesso que demorei um pouco para entender como a nova mecânica consegue mudar completamente a experiência do jogo (desde que você tenha cabinsetos suficientes), mas as possibilidades são infinitas!

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São desde novas possibilidades ofensivas como também a possibilidade de melhorar sua esquiva ou atividades mais triviais, porém extremamente úteis, como a afiação de armas, etc. O fato é que uma nova habilidade de arma torna os combates muito mais interessante e aumenta a probabilidade do jogador encadear um combo mesmo nos momentos mais difíceis.

Monster Hunter Rise: Sunbreak - Review
Reprodução: Capcom

O problema é que apesar de a mecânica de novas habilidades serem apresentadas logo no início de Sunbreak, você só passa a receber novas habilidades de verdade após chegar ao “Master Rank 4”. Isso significa que você vai precisar gastar bastante tempo caçando “à moda antiga”, antes de finalmente pode experimentar o verdadeiro potencial da nova mecânica.

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Apesar de não apresentar tantos novos monstros quanto gostaríamos, os novos desafios são realmente mais complicados quando comparados com a experiência original de Monster Hunter Rise. Algo que apesar de controverso, melhora bastante a relação com o jogo, principalmente para aqueles que já haviam dominado tudo o que ele tinha a oferecer.

Reprodução: Capcom

Mesmo assim, Sunbreak não volta a privilegiar a experiência multiplayer acima de tudo e apresenta uma nova possibilidade de exploração solo: os seguidores. O jogo original já oferecia a possibilidade do jogador se aventurar pelo mapa acompanhados de dois companheiros (sejam eles felinos ou caninos). Mas agora é possível caçar monstros na companhia de caçadores com habilidades “de verdade”, e que funcionam às vezes muito melhor do que qualquer parceiro humano que você poderia encontrar.

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Esses seguidores chama atenção por não desempenharem somente um papel passivo durante o combate. Fiorayne, por exemplo, me cativou por parecer saber exatamente o momento de usar itens de suporte ou quando chamar atenção do monstro para que eu pudesse descansar, afiar a arma, etc. Realmente uma companheira muito melhor do que qualquer amigo com quem já joguei (perdão pela sinceridade, amigos).

Reprodução: Capcom

É difícil bater o martelo sobre Sunbreak. Apesar de ser um fã relativamente antigo da série e até mesmo apreciar as mecânicas lentas dos jogos anteriores, preciso confessar que as novidades de Sunbreak serviram para renovar meu apreço pela franquia. Porém, também sei que essas mudanças não agradaram todo mundo, principalmente aqueles fãs que gostavam daquilo que Monster Hunter era antes do lançamento de World.

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Porém, é preciso entender que apesar de Monster Hunter Rise ter tentado voltar a oferecer uma experiência mais próxima à aquilo que víamos nos portáteis, o jogo original e a recém-lançada Sunbreak tentam introduzir algumas novidades de maneira tímida, tornando a recepção dos fãs numa espécie de laboratório sobre o que funciona e o que não funciona e planejando o que será da série a partir de agora.

Reprodução: Capcom

Sabemos que a Capcom tem um problema sério quando perde a mão e foca na ação desenfreada ao invés da proposta original das suas séries, mas não há como negar que Sunbreak é uma boa adição ao arsenal de Monster Hunter, mesmo que esteja longe de ser perfeita.

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Fico na torcida para que a próxima expansão (se houver), traga não só novas mecânicas como oportunidades suficientes para experimenta-las. Que me apresente às novidades logo no início e não só após umas boas horas de jogatina e que traga mais monstros novos – inéditos ou não, para o vilarejo.

Review elaborado com uma cópia do jogo para PC fornecida pela Capcom do Brasil.

Resumo para os preguiçosos

Monster Hunter Rise: Sunbreak adiciona algumas novidades interessantes à um dos Monster Hunter mais interessantes dos últimos tempos, mas ainda assim passa a impressão de que não foi suficiente. Parte dessa sensação é devido à demora do jogo em permitir que você aproveite algumas delas, como as novas habilidades de armas e os novos monstros. Mesmo assim, a adicão dos seguidores é algo que transforma totalmente o sistema de combate e tem potencial para alterar tudo que você conhece sobre Monster Hunter até agora.

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Nota final

80
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Nova mecânica de troca das habilidades de armas
  • Novas habilidades de armas
  • Novos monstros
  • Seguidores extremamente úteis em combate

Contras

  • Alguns monstros novos são só mudanças estéticas;
  • Demora para obter novas habilidades de armas e encontrar novos monstros de verdade.
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João Víctor Sartor
João Víctor Sartorhttp://criticalhits.com.br
João Víctor Sartor é colaborador e sex-symbol do Critical Hits. Admirador das boas histórias, almeja de verdade escrever um livro algum dia. Divide seu tempo entre à leitura, jogatina, trabalho, engenharia e quando sobra tempo, vive.