Borderlands se tornou a galinha dos ovos de ouro para a Gearbox e Tiny Tina’s Wonderlands veio para ocupar seu espaço dentro da franquia, mas será que ele está a altura de seus antecessores? É o que vamos descobrir agora.
Tiny Tina’s Wonderlands é inteiramente baseado em Assault on Dragon Keep, uma expansão de Borderlands 2 que foi um enorme sucesso na época de seu lançamento, contando uma história onde Tina é a Mestra de um RPG de mesa chamado Bunkers and Badasses. Dentro da imaginação de Tina, somos cavaleiros medievais que devem trazer paz ao mundo após resgatar Butt Stalion, a criatura mágica mais formosa de todos os reinos.
Wonderlands segue a mesma fórmula dessa expansão, nos levando a um mundo medieval cheio de magia e também de criaturas mortas-vivas, mas agora vamos focar nos diferenciais entre cada um.
Logo de início, temos algo inédito na franquia que é o criador de personagem. Nele, podemos escolher o tipo de corpo, altura, cor da pele, cabelos, pinturas faciais, a voz e muito mais, deixando seu personagem único dentro deste mundo, o que é uma novidade muito boa e que certamente será usado em jogos futuros.
Depois de deixar seu personagem bonitão (ou não), é hora de escolher uma das 6 classes disponíveis no início do jogo, com cada uma tendo direito a um companheiro controlado por inteligência artificial e também duas habilidades únicas para destruir seus inimigos. O lado ruim aqui é que as habilidades são um pouco confusas de entender num primeiro momento, onde o mais ideal seria inserir um curto vídeo mostrando como cada uma funciona.
Além disso, cada personagem tem apenas uma árvore de habilidade, então esqueça as 3 que eram usadas em jogos anteriores e que faziam seu personagem funcionar de formas diferentes de acordo com o que você desejar evoluir.
Um lado positivo, porém, é que em determinado ponto da história você é capaz de escolher mais uma das 5 classes restantes do jogo, alterando definitivamente a maneira que você tem jogado até então.
Além das classes, temos o inédito sistema de atribuição de pontos de herói onde podemos aumentar a força, resistência, chance de dano crítico, dano elemental e mais em seu personagem. A cada nível ganho dentro do jogo, você ganha um ponto que pode ser utilizado como bem entender para deixar seu personagem ainda mais forte ou resistente. E sim, há a possibilidade de resetar seus pontos em qualquer posto de Troca-Rápida.
Esse sistema é bem similar ao Badass Rank dos jogos anteriores, com a diferença de poder resetar os pontos quando quiser (a um custo, é claro) e que esses pontos não são infinitos, então use-os com sabedoria.
Logo no início do jogo você percebe que Tiny Tina’s Wonderlands é igual ao jogos anteriores da franquia e completamente diferente ao mesmo tempo. Aqui temos a volta do sistema de alternância de modos de tiro de cada arma apresentado em Borderlands 3, onde uma submetralhadora pode ser tanto automática quanto semi-automatica, uma arma pode ter mais ou menos zoom, dar tiro de gelo ou de fogo e por aí vai. As opções são infinitas.
Uma diferença, porém, é que agora não existem mais granadas, dando lugar a um sistema de magias que são bem diferentes umas das outras. Soltar uma bola de fogo? Tudo bem! Derrubar um asteroide de gelo em cima de seus inimigos? Tudo bem também! É só aguardar o cooldown de uso e destruir tudo o que vier pela frente.
Aqui também temos o mesmo sistema de “escalada” de Borderlands 3, dando oportunidade para o jogador subir em locais estratégicos para encher seus inimigos de tiro, buscar por loot ou encontrar algum segredinho. Uma novidade aqui é um sistema quase que secreto onde você encontra dados D-20 escondidos pelo mapa e, a cada um coletado, a chance de receber melhores loots é aumentada naquela região.
Você também pode trocar suas armas corpo a corpo que, apesar de serem quase a mesma coisa, umas oferecem mais dano que outras, atributos especiais como dano elemental, a chance de roubar pontos de vida, recarregar seu especial mais rápido e muitas outras. Opção é o que não falta e você deve escolher aquela que mais se adapta ao seu gameplay.
Diferente dos jogos anteriores onde tínhamos um mundo semi-aberto para explorar, em Wonderlands temos alguns momentos onde exploramos um mapa inspirado nos tabuleiros de RPG de mesa, com seu personagem com cabeça de Mini Craque tendo a opção de visitar locais diferentes, encontrar segredos, aceitar missões paralelas e de vez em quando cair em encontros aleatórios com inimigos no melhor estilo Pokémon.
Wonderlands segue a tradição e continua cheio de piadinha e senso de humor duvidoso, mas agora com opção de legendas em português, o que é ótimo para quem não tem entendimento da língua inglesa. Um probleminha, porém, é que o jogo não conta com dublagem em português, mas a legenda já ajuda bastante.
O jogo conta com modo de fidelidade e desempenho, mas sugiro que jogue no modo fidelidade pois assim você joga e admira as Terras Maravilindas como ela deve ser (e também porque o modo desempenho deixa o jogo feio pra caramba). Sério.
Aqui também se faz o uso dos gatilhos adaptativos do Dualsense, mas não espere nada de extraordinário. Na verdade, você repara neste detalhe nos primeiros minutos de jogo e logo depois esquece que esse recurso está disponível para os jogadores de Playstation 5, a menos que encontre alguma arma com gatilhos um pouco mais duros. O sistema de vibração, por outro lado, está excelente e merece elogios.
Aqui também temos o modo online, onde você pode jogar com outros jogadores da mesma ou até de outras plataformas, o que é bem legal. Também há o retorno do sistema de loot compartilhado ou não, onde você pode ter seu próprio loot ou correr para pegar aquele item lendário antes que os outros jogadores peguem antes de você.
E por último mas não menos importante, quer tirar uma foto legal com seus amigos? Agora com o modo foto você pode! Outra boa novidade para quem gosta deste tipo de recurso em jogos e realmente dá pra capturar ótimos momentos com essa ferramenta, principalmente se você estiver em meio a um tiroteio desenfreado, algo que acontece com muita frequência.
Por fim, se você é fã da franquia Borderlands, você deve dar uma chance para Tiny Tina’s Wonderlands. Você certamente não vai se arrepender.
Mas e aí, Tiny Tina’s Wonderlands vale a pena?
Tiny Tina’s Wonderlands é igual ao jogos anteriores da franquia e completamente diferente ao mesmo tempo. O jogo nos traz de volta alguns sistemas empregados em Borderlands 3 e também no traz novidades como o uso de magias, criador de personagem, sistema de classes mais amplos e a possibilidade de usar duas classes ao mesmo tempo.
O jogo é divertido e com amigos tudo fica ainda melhor. Seus amigos jogam em outra plataforma? Não tem problema! Wonderlands conta com um modo cooperativo multiplataforma de até 4 pessoas para destroçar seus inimigos, além de legendas em português para ajudar aqueles que não têm o domínio de outras línguas.
O jogo também conta com modo de fidelidade e desempenho, mas sugiro que jogue no modo fidelidade pois assim você joga e admira as Wonderlands como ela deve ser (e também porque o modo desempenho deixa o jogo feio pra caramba).
Se você é fã da franquia Borderlands, pode ir sem medo porque você não irá se arrepender!
Review elaborado com uma cópia do jogo para PS5 fornecido pela publisher.
Resumo para os preguiçosos
Tiny Tina’s Wonderlands é igual ao jogos anteriores da franquia e completamente diferente ao mesmo tempo. O jogo nos traz de volta alguns sistemas empregados em Borderlands 3 e também no traz novidades como o uso de magias, criador de personagem, sistema de classes mais amplos e a possibilidade de usar duas classes ao mesmo tempo.
O jogo é divertido e com amigos tudo fica ainda melhor. Seus amigos jogam em outra plataforma? Não tem problema! Wonderlands conta com um modo cooperativo multiplataforma de até 4 pessoas para destroçar seus inimigos, além de legendas em português para ajudar aqueles que não têm o domínio de outras línguas.
O jogo também conta com modo de fidelidade e desempenho, mas sugiro que jogue no modo fidelidade pois assim você joga e admira as Wonderlands como ela deve ser (e também porque o modo desempenho deixa o jogo feio pra caramba).
Se você é fã da franquia Borderlands, pode ir sem medo porque você não irá se arrepender!
Prós
- Divertido pra caramba
- Legendas em português
- Novo sistema de magias
- Multiplataforma
- Modo desempenho e fidelidade
- Gatilhos adaptativos na versão de PlayStation 5
- Mundo vasto e muito bonito
Contras
- No primeiro dia, tive problemas para jogar online com outras pessoas
- O modo desempenho não altera muita coisa e deixa o jogo feio pra caramba