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Saint Seiya: Brave Soldiers – Review

Saint Seiya: Brave Soldiers, ou Os Cavaleiros do Zodíaco: Bravos Soldados, é um jogo que me despertou bastante interesse, mas um receio gigantesco em relação a ele, afinal, a maioria de jogos baseados em anime não prestam (eles são tipo um lado B dos jogos sobre filmes). Eu fiquei realmente curioso sobre o jogo, mas não comprei e acabei ganhando de natal da patroa, então joguei e cá estamos nós fazendo um review dele. Depois de mais de 10 horas brincando com o jogo, eu vejo que não me arrependerias e tivesse comprado ele, mas por meia dúzia de motivos apenas.

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O jogo obviamente é sobre a história dos Cavaleiros do Zodíaco. Para quem já viu a série, imagino que a maioria esmagadora das pessoas com a minha faixa etária e nem tanta gente assim na faixa dos 18 aos 21 anos (apesar do anime ter passado no Cartoon Network lá pelos anos 2005 e 2006), o jogo conta exatamente o que acontece no mangá dos cavaleiros, ou seja, as sagas Santuário, Posseidon e Hades.

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Para não fazer toda aquela enrolação de guerra galática, o jogo já parte da saga das 12 casas no santuário, e cada batalha é contada como se fosse um capítulo do anime mesmo, com direito ao narrador da série, uma imagem daquelas de entrada de capítulo e tudo mais. É como jogar o anime. Aliás, é tão jogar o anime que os adversários conversam enquanto lutam, naquele estilo dos cavaleiros mesmo, com as metáforas sem pé nem cabeça sobre os golpes (tipo o Hyoga falando que se sentiu como se um escorpião tivesse picado ele ao ser atingido pela agulha escarlate) e tudo mais. Aliás, tudo com direito aos dubladores oficiais do anime lá no Japão e com diálogos bem fieis aos do jogo. Um trabalho impecável nesse sentido. Infelizmente, não há como trocar o áudio do jogo para português brasileiro e curtir a dublagem daqui, mas há legendas em português para você não boiar enquanto os personagens falam que vão limpar a cara do chão um com o outro.

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No jogo, você vai controlar na maioria das vezes os cavaleiros de bronze, eventualmente algum cavaleiro de ouro e alguns personagens que fazem aparições únicas e que não serão revelados aqui pra não estragar a graça. A maioria das batalhas são com personagens fixos, para retratar o que aconteceu no mangá mesmo, como Seiya enfrentando Aldebaran de Touro ou Ikki se sacrificando na luta contra Shaka de Virgem para que os outros cavaleiros avançassem para a próxima casa.

Antes de cada batalha, o jogo te dá algumas tarefas específicas que rendem alguns desbloqueios de extras no jogo, como personagens a mais, ilustrações e vídeos de movimentos. Nada que seja indispensável para terminar o game, mas é legal para quem gosta de galerias do tipo saber que há uma porrada de conteúdo nesse modo.

O gameplay dentro das batalhas é satisfatório, mas não passa muito longe disso. Para quem não tem familiaridade com o anime, o jogo não vai ter muita graça exatamente por isso. Por ser um jogo de luta, Saint Seiya deixa um pouco a desejar pela falta de profundidade que o seu esquema de luta apresenta. Você pode correr num cenário em 3D, pular, dar socos, defender-se fazer combos e executar suas técnicas, que necessitam de uma barra de cosmo para serem executadas.

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O problema principal do combate do jogo é que o sistema é pouco desenvolvido, e as lutas acabam sendo uma repetição de “use o combo mais forte”, carregue seu cosmo, dê outro combo, finalize com um ataque especial para arrancar mais energia. A coisa não varia muito além disso, o que pode tornar o jogo um pouco tedioso para quem está mais afim de um jogo de luta do que um jogo dos cavaleiros. Quem é fã da série realmente não vai se importar tanto, porque, apesar de raso, o sistema de luta é até divertido, mas o jogo, nesse quesito, está longe de querer bater de frente com outros jogos do gênero.

Além da barra de cosmo, que tem até três níveis e um que não completa a menos que você gaste os três, você ainda tem uma barra de sétimo sentido. Essa barra te deixa um pouco mais forte e faz a sua barra de cosmo carregar bem mais rápido. Com três níveis dessa barra, você pode executar um ataque Big Bang, que nada mais é do que um especial a exemplo dos golpes do seriado, com direito a animações idênticas às do anime.

Cada personagem tem um ataque Big Bang apenas, a sua técnica característica, mas em algumas batalhas específicas, ataques diferentes surgem, como com Shiryu contra Shura de Capricórnio, quando ele usa o Último Dragão contra ele. É bem legal ver que a equipe que desenvolveu o jogo ficou atenta a esses detalhes.

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http://www.youtube.com/watch?v=MRrfdSe9yeY

Ao fim de cada batalha, você ganha uma nota que vai de D a S. Para tirar a maior nota, você deve ou fazer um perfect no inimigo (ou seja, não tomar golpes), não importando muito o que você fizer no outro round. Além da nota, você ganha alguns pontos de desbloqueio, que servem para comprar Orbes, que funcionam como as gemas em Street Fighter x Tekken, ou seja, dão uma melhora de alguns pontos percentuais no seu ataque, vida, medidor de cosmo ou poder de ataque ao ativar o sétimo sentido. Esses Orbes podem ser exclusivos de certo personagem ou de uso geral.

Além do modo história, que proporciona mais de 10 horas de diversão, o jogo ainda tem alguns modos extras, como a Guerra Galactica, que é uma espécie de Survival onde você enfrenta cavaleiros em sucessão com a mesma barra de energia. Aqui, outros cavaleiros além dos que aparecem no jogo também marcam presença, como Jabu de Unicórnio, e podem ser desbloqueados ao completar o modo nos mais diferentes níveis.

Outro modo que também vai fazer você passar bastante tempo jogando é o torneio entre amigos. Nada como reunir uma porrada de fãs de Seiya e os outros (coitados, devem sofrer de rejeição pois sempre são referidos assim, eles têm nome, pessoal) e fazer o couro comer solto. Para completar, ainda há o tradicional modo de combate online, caso você queria desafiar cavaleiros de outras galáxias.

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Saint Seiya: Brave Soldiers conta com gráficos bem legais para um jogo de anime. Os personagens se movimentam de maneira que lembra bastante os personagens do anime, e os gráficos em três dimensões com cell-shaded emulam muito bem o especto visual da animação. Os golpes são bonitos e os especiais são bem legais de ver, lembram bastante os Summon dos Final Fantasy, já que alguns são bem exagerados com explosões que tomam a tela toda.

A trilha sonora do jogo é simplesmente muito boa. Eu fiquei com algumas das músicas do jogo na cabeça durante todo o tempo em que eu estava fora do jogo. Eu realmente não lembro de ter ouvido a maioria das músicas no anime, quem sabe elas estejam na saga de Hades da série, mas são muito bem executadas, seja de onde elas tenham saído.

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Mas respondendo à pergunta inicial: vale a pena? Olha, se você for fã da série, sim. Eu gostei pra caramba do jogo, e fiquei com uma vontade gigante de voltar a assistir o anime, ou arranjar o resto dos mangás que me faltam pra completar a coleção dos Cavaleiros, mas se você não é fã da série e está procurando um ponto de entrada para ela, esse jogo pode não ser para você. Outra ponto importante é que o jogo certamente não vale os R$ 160-200 que estão cobrando por aí no momento. É o jogo perfeito para se comprar por menos no Play-Asia quando entrar em promoção ou em alguma promoção futura na PSN.

Resumo para os preguiçosos

Saint Seiya: Brave Soldiers é um excelente serviço aos fãs da série. Se você foi um fã dos Cavaleiros do Zodíaco quando era mais novo e está afim de reviver um pouco desse gosto pela série, o jogo é recomendado para você. O modo história vai te fazer ficar grudado na frente do videogame por horas. Caso você não goste da série, mantenha distância entretanto, já que o sistema de combate está longe de encher os olhos de qualquer um.

Nota final

75
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Excelente fan-service
  • Belos gráficos, bem animados e cheios de explosões
  • Trilha sonora que fica na cabeça durante dias
  • Grande variedade de cavaleiros, mais de 60 ao todo
  • Nostálgico pra caramba

Contras

  • Sistema de combate raso demais
  • Faltou o áudio dublado em português para ser o jogo definitivo dos Cavaleiros
  • Caro demais no momento, mesmo para fãs, ainda mais se você for comprar todos os personagens disponíveis via DLC
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.