Far Cry 4 é um ótimo jogo, mas nem todo mundo o considera tão bom quanto Far Cry 3. O mesmo pode ser dito de Pagan Min: Control – Far Cry 6, que apesar de bem interessante não empolga tanto quanto a DLC anterior.
Desde que foi lançado, Far Cry 6 tem divido opiniões do público e da crítica por oferecer uma experiência muito parecida com todos os outros jogos da série, ao mesmo tempo em que apresenta alguns pontos de evolução de mecânicas e gameplay.
Uma das mais contundentes alterações até agora, são as DLC’s que não seguirão o mesmo caminho de New Dawn, de Far Cry 5. A ideia agora é trazer pequenas “crônicas” dos vilões anteriores, apresentando novidades acerca de suas histórias pessoais.
Nós já fizemos o review da DLC de Vaas – Insanity, e você pode conferir nossas impressões aqui.
Pagan Min – Control é uma espécie de copia e cola da DLC anterior, adaptada obviamente à história do vilão de Far Cry 4. Este aspecto em particular é justamente o que torna o conteúdo adicional interessante e desnecessário ao mesmo tempo, visto que apesar da experiência agradável, a jogabilidade é bastante sem sal.
Parte deste sentimento está relacionado à DLC anterior. A proposta repetida por Control é exatamente a mesma que vimos em Insanity, mas com uma grande diferença. As mecânicas de roguelike pareciam combinar perfeitamente com a proposta do vilão Vaas – afinal de contas, “a definição de insanidade é fazer a mesma coisa todo dia e esperar um resultado diferente.”
De certa forma, esperei que Control fosse apresentar uma mecânica diferente, mais condizente com o perfil de comportamento de Pagan Min, mas as coisas acabaram sendo bem diferentes do que eu imaginava, me causando uma sensação bem confusa sobre o jogo.
A nova DLC não chega a ser ruim, na verdade, longe disso. Explorar a mente e o passado de Pagan Min é um processo bem divertido. Contudo, não posso considerar este segundo pacote de conteúdo adicional tão bom quanto o primeiro.
O objetivo continua sendo coletar três fragmentos de um objeto relacionado ao Pagan Min, para que uma batalha final seja desbloqueada e o sonho (ou seja lá qual for a situação lúdica em que os vilões da série se meteram), termine.
Também tive a sensação de que a duração da DLC é ligeiramente menor do que a de Vaas. Contudo, consegui perceber também que a qualidade final do gameplau esta diretamente atrelada ao grau de afinidade que o jogador mantém com aquele vilão em específico. Quanto mais você gosta dele e se interessa por seu passado, mas vai se interessar em descobrir fatos únicos que mostram como a personalidade do vilão foi moldada com o passar os anos.
Estou bem seguro em afirmar que a próxima DLC, baseada em Joseph Seed, seguirá o mesmo caminho das duas anteriores. Portanto. vamos provavelmente ver mais sobre o passado do antagonista de Far Cry 5, fechando este pacote de conteúdos adicionais sem algo que seja de extrema relevância para o próprio Far Cry 6.
Por enquanto, afirmo com certa tranquilidade que a DLC baseada em Vaas é superior em praticamente todos os aspectos, e muito mais relevante pela cena final. Espero que a Ubisoft saiba o que esta fazendo e que consiga apresentar a última parte da trilogia de DLC’s de uma maneira melhor do que a segunda.
Resumo para os preguiçosos
O novo DLC de Far Cry 6 baseado no vilão Pagan Min, de Far Cry 4, não é nem de longe tão excitante e empolgante quanto o de Vaas. Contudo, também fica longe de ser uma experiência ruim principalmente se você tem apego ao quarto jogo da série.
O principal problema de Pagan Min – Control é que ele não consegue ser tão “genial” quanto o primeiro DLC, que teve sucesso ao combinar o perfil de Vaas com o estilo de jogo.
No fim, Control é apenas uma boa forma de conhecer mais sobre um dos antagonistas de Far Cry, e em muitas ocasiões, apenas isso.
Prós
- Narrativa interessante com inúmeros detalhes sobre o passado da Pagan Min;
- Gameplay desafiador.
Contras
- Repetição do estilo roguelike torna a experiência repetitiva;