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Crysis Remastered – Review

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Crysis Remastered faz exatamente o que muitos fãs da série pediam há algum tempo: coloca os três jogos da série totalmente remasterizados, em um pacotão único, com a premissa de oferecer uma experiência nova de uma campanha já conhecida.

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Talvez o nome Crysis soe um pouco estranho para os jogadores mais novos, mas foi uma das principais franquias entre os anos de 2007 e 2013. Parte disso se dava pelo visual incrível que os jogos possibilitavam, graças ao avanço das placas gráficas na época.

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Quem assistiu ao trailer do primeiro Crysis em 2007 pensava: “Ok, esse é o futuro dos jogos de tiro”. E de fato, muita coisa apresentada por Crysis acabou se tornando o padrão da indústria nos anos seguintes.

Mas será que Crysis Remastered consegue segurar a barra depois de tanto tempo e continuar oferecendo uma experiência satisfatória em pleno 2021? Vem comigo que eu te mostro.

Os jogos originais tinha algumas falhas, e talvez o aspecto mais aguardado da Remasterização fosse que todos estes elementos fossem corrigidos e melhorados.

Não é bem o que acontece. Pelo menos não em todos os aspectos.

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O Enredo de Crysis é bastante confuso e um tanto complicado de se acompanhar. Talvez o termo correto a ser utilizado seja “denso”, dado que você começa o primeiro jogo numa ilha da Coreia do Norte e termina a campanha lutando em uma Nova York devastada por aliens.

Tecnicamente, o jogo continua tão confuso como antes. E a sensação de que a história não importa muito é difícil de ser ignorada. Sempre tive a sensação de que Crysis era o tipo de jogo elaborado para impressionar pelos gráficos e pela jogabilidade. E que talvez a história pudesse realmente ficar em segundo plano.

Para que vou me preocupar em entender os motivos de eu estar dizimando uma ilha inteira enquanto visto uma super armadura, não é mesmo?

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Contudo, é impressionante perceber como a premissa de colocar o jogador vestindo uma super armadura e carregado de armas até os dentes ainda pode ser bastante divertido.

Crysis foi um dos primeiros jogos a apresentar um conceito de “Pequeno mundo aberto”, algo que acabou tomando proporções gigantescas em outras séries.

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Explorar a ilha no primeiro jogo ou que restou de Nova York também continua imensamente impressionante, uma vez que finalmente pude desfrutar de toda qualidade técnica da engine em 4k — e sem fritar nenhuma placa de vídeo.

Outro detalhe que sobreviveu ao teste do tempo foi a personalização das armas, que acontece quase em tempo real e praticamente permite que você se prepare antes de entrar em qualquer conflito, dependendo da situação.

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Se o jogador decide eliminar todos os inimigos a frente abusando das features de stealth da armadura, pode rapidamente equipar suas armas com silenciadores e tudo mais. Agora, se a vontade mesmo for usar o reforço de armadura, talvez seja mais adequado aumentar o tamanho do pente e a estabilidade. Tudo isso é possível com um simples menu.

O visual do jogo realmente é incrível. Chega a ser difícil escrever este texto sem ficar voltando nesse assunto o tempo todo. Entretanto, como essa é em teoria a principal característica do jogo, é ótimo ver que a Crytek caprichou na remasterização e finalmente apresentou Crysis com toda a beleza que ele merecia.

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Explorar as florestas asiáticas como um ninja cibernético, ou andar pelas ruas de Nova York é realmente incrível, principalmente com Ray Tracing e com a quantidade absurda de detalhes presentes no cenário.

Às vezes eu me sentia como se estivesse fazendo um passeio, com a possibilidade de atirar em alguém caso necessário.

O único problema de Crysis Remasterd é que alguns aspectos não foram “trazidos” para o futuro do jeito que deveriam.

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A inteligência artificial realmente não é das melhores, já que em alguns momentos os inimigos se comportam como verdadeiros alvos móveis, movendo-se pelo campo de batalha sem qualquer sentido, ou travando em locais específicos sem fazer absolutamente nada.

Às vezes é como se todos fizessem parte de um grande espetáculo cinematográfico, e só estivessem esperando por suas próprias execuções.

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Outro detalhe que chama atenção de maneira negativa são os “gargalos” de carregamento. Quase toda vez que chegava em um checkpoint, a quantidade de quadros por segundo diminuía tanto que dava a impressão de que o jogo iria congelar. Isso provavelmente acontecia graças ao sistema de salvamento do game, mas o quanto este sistema parece afetar a performance é realmente impressionante.

Ainda assim, todos estes problemas não me deixaram tão insatisfeito a ponto de largar o jogo pela metade. A transição entre os títulos é bastante suave, e joga-los em sequência torna a experiência muito mais agradável.

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Isso porque a Crytek soube “dosar” a quantidade de novidades em cada um dos jogos. Crysis 2 por exemplo, tem a novidade de mudança de cenário, mas conta também com algumas novas armas que parecem ser mais adequadas para conflitos em espaços urbanos.

Já Crysis 3 – que na minha opinião é o menos interessante da trilogia, apresenta o Arco do Predador, que torna a experiência de derrubar inimigos à distância silenciosamente bem mais interessante.

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Em todos os três jogos, a jogabilidade é extremamente suave e satisfatória. Me refiro especificamente ao manejo das armas em geral, que de tão bem feito oferece quase uma sensação de satisfação ao atirar.

Nunca peguei em uma arma de verdade na vida e por isso não posso afirmar se os coices e cadência de tiro são próximos da realidade, mas o fato é que tudo parece muito “real” em Crysis Remastered, ficando ainda melhor com o passar dos jogos.

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Após dominar o funcionamento de cada arma, vem a parte mais interessante de Crysis Remasterd: dominar a armadura ao ponto que você seja capaz de executar movimentos incríveis durante as batalhas.

Apesar da IA não ajudar muito em termos de realismo, sair por ai pulando, socando e fazendo malabarismos enquanto se enfrenta soldados ou extraterrestres é bastante divertido. Obviamente que Crysis Remastered podia se beneficiar de uma sistema de progressão mais atualizado, comparável ao que temos na maioria dos jogos modernos. Mas bem, não há muito o que fazer quando a proposta é só trazer os jogos de outra geração para os sistemas mais atuais.

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Talvez o maior desafio de Crysis Remasterd vá ser justamente atrair a atenção de jogadores mais novos, que não tem ciência da importância da trilogia para a indústria. Apesar de lindo, nem todos os aspectos de jogabilidade envelheceram tão bem, a experenciar o jogo pela primeira vez pode acabar dando a impressão de que o produto deixa a desejar.

Contudo, se você é fã de longa data de Crysis, Crysis Remastered é peça fundamental na sua coleção. Provavelmente não veremos nada melhor do que isso nos próximos anos, e só podemos torcer para que a Crytek dê atenção especial para os bugs que ainda estão por corrigir.

 

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Resumo para os preguiçosos

Crysis Remastered é a experiência definitiva do lendário jogo da Crytek, contando com os três jogos originais totalmente remasterizados para a nova geração. Além de contar com um visual incrível, esta versão remasterizada mostra como alguns elementos de Crysis estavam a frente de sua época e como eles sobreviveram ao teste do tempo.

Contudo, alguns aspectos negativos também parecem ter saído diretamente de 2007, principalmente no que diz respeito a Inteligência Artificial do jogo, que age de maneira bem esquisita em algumas situações específicas.

No fim, Crysis Remastered é peça fundamental para quem aprecia o jogo original, mas pode não ser suficiente para impressionar jogadores mais novos.

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Nota final

75
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Visuais melhorados e mais impressionantes do que nunca;
  • Combate divertido e desafiador.

Contras

  • Falta de um enredo coeso e de fácil compreensão;
  • Bugs na Inteligência Artificial;
  • Queda de quadros por segundo principalmente nos checkpoints
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João Víctor Sartor
João Víctor Sartorhttp://criticalhits.com.br
João Víctor Sartor é colaborador e sex-symbol do Critical Hits. Admirador das boas histórias, almeja de verdade escrever um livro algum dia. Divide seu tempo entre à leitura, jogatina, trabalho, engenharia e quando sobra tempo, vive.