Twelve Minutes é um dos jogos que mais chamou a atenção dos assinantes do GamePass nos últimos meses, e agora que a poeira levantada pela discussão sobre o game baixou um pouco, fica a pergunta, será que ele vale a pena?
Em Twelve Minutes, você controla um homem que está preso em um loop temporal de cerca de 12 minutos. Nele, você tem o que seria uma noite perfeita com a sua esposa transformada num pesadelo quando um suposto policial invade sua casa, a acusa de homicídio e mata você. Agora, você deve repetir o mesmo dia diversas vezes até descobrir como quebrar essa maldição e seguir com a sua vida.
Para isso, você deve usar um esquema de controle de Point and Click, seja com o mouse na versão de PC, seja com o controle, caso você esteja jogando o jogo no Xbox.
Como você deve imaginar, é difícil falar sobre o jogo sem entregar muito da história, então vamos analisá-lo do ponto de vista técnico e tentar fazer a análise do enredo do jogo da melhor forma possível sem entregar as principais revelações do jogo.
Twelve Minutes tem um potencial imenso que infelizmente acaba não entregando tudo o que poderia, e o principal motivo disso são algumas escolhas de game design feitas por Luís António, desenvolvedor principal do jogo.
Como você está preso num loop temporal, você deve explorar todas as possibilidades que o cenário lhe entregam, como por exemplo esconder-se ou não no closet para não ser encontrado pelo policial. Algumas das opções ignoram completamente a moral, aliás, como dopar sua esposa, mexer nas coisas dela sem que ela saiba e assim por diante.
Aqui, entra um ponto polêmico da história: há algumas dessas escolhas não morais que são obrigatórias para avançar na história do jogo, o que desagradou uma parcela dos jogadores.
Conforme você vai fazendo as escolhas certas nos loops, a história vai avançando e revelando o mistério do porque o dia está reiniciando. O problema aqui é que o grande clímax do jogo acaba acontecendo antes do final de verdade, e eu honestamente fiquei com uma sensação de “sério mesmo que é assim que o jogo acaba?” que aparentemente mais gente também ficou, ou seja, apesar de ter uma história engajante e que prende, Twelve Minutes acaba deixando um gosto amargo na boca no fim das contas.
Outro problema que o jogo tem é que, por colocar você num loop temporal, ele acaba ficando maçante se você empaca em alguma parte do jogo. Repetir as mesmas ações diversas vezes é um processo que acaba sendo cansativo, e como o loop do jogo tem até 10 minutos, você pode acabar errando algo lá pro final e tendo que resetar tudo.
Aqui, as opções de acelerar a passagem do tempo precisariam melhorar bastante, já que mais de uma vez eu acabei errando um comando e mandando meu personagem direto pro erro (ou pro reinício do ciclo temporal) tentando na verdade acelerar a passagem do tempo. No fim das contas, esse problema é algo que pode ser resolvido em futuras atualizações do jogo, pois caso Twelve Minutes tivesse boas opções de qualidade de vida, o jogo certamente seria bem mais divertido.
Graficamente, Twelve Minutes é um jogo simples com gráficos bastante simples. Não há muito o que comentar além disso, já que o visual não é um dos ênfases do jogo. Já a dublagem de Twelve Minutes é boa, mas tem alguns momentos em que ela fica parecendo até uma central de telemarketing, com as frases gravadas não encaixando bem entre si (a que mais chama a atenção é a do policial perguntando à esposa o que ela disse, mas há outras).
Mas e aí, Twelve Minutes vale a pena?
Twelve Minutes é um jogo cheio de potencial que perde um pouco do fôlego próximo ao fim, principalmente por causa das mecânicas repetitivas com poucas opções de qualidade de vida e também por um clímax que infelizmente acontece antes do final de verdade do jogo.
No fim das contas, a impressão que eu fiquei foi a de “é só isso mesmo?” e não sei se o tempo investido em cima do jogo chegou a valer a pena. Talvez se o ritmo do jogo fosse um pouco melhor, a experiência tivesse sido mais positiva. Além disso, alguns jogadores podem se incomodar com algumas possibilidades imorais dentro do jogo que são obrigatórias para que você avance na história.
Review elaborado com uma cópia do jogo para Xbox Series X acessada pelo Gamepass.
Resumo para os preguiçosos
Twelve Minutes é um jogo cheio de potencial que perde um pouco do fôlego próximo ao fim, principalmente por causa das mecânicas repetitivas com poucas opções de qualidade de vida e também por um clímax que infelizmente acontece antes do final de verdade do jogo.
No fim das contas, a impressão que eu fiquei foi a de “é só isso mesmo?” e não sei se o tempo investido em cima do jogo chegou a valer a pena. Talvez se o ritmo do jogo fosse um pouco melhor, a experiência tivesse sido mais positiva. Além disso, alguns jogadores podem se incomodar com algumas possibilidades imorais dentro do jogo que são obrigatórias para que você avance na história.
Prós
- História instigante e que prende
Contras
- O ciclo temporal fica cansativo pela falta de opções de qualidade de vida, qualquer erro geralmente coloca tudo a perder
- Algumas falas da dublagem ficaram bem artificiais
- O clímax da história infelizmente acaba decepcionando