As notícias tomaram um tom desanimador na tarde de ontem (quinta-feira, 02). Com o anúncio do adiamento de The Last of Us Part. 2, Cyberpunk 2077, Ghost of Tsushima, Avengers e muitos outros, se tornaram preocupação para os fãs e donos dos consoles.
The Last of Us Part. 2 já havia sido adiado anteriormente, em um período claramente menor se comparado a situação atual. Ao invés do projeto ser prolongado por mais um mês, nos deparamos com uma incerteza de quando o lançamento ocorrerá – considerando que não foi estipulada uma nova data. Isso inclusive, condiz com o que Jason Schreier (editor do Kotaku) havia mencionado pouco antes do adiamento de The Last of Us vir a público.
Por conta da sugestão de outros títulos sendo adiados, a atenção do público se voltou para os jogos que ainda não forma disponibilizados. Especificamente, Cyberpunk 2077 tem sido a maior preocupação, considerando o escopo de grande porte envolvido. Em suma, este promete ser um título tão aclamado quanto The Witcher 3 em seu ano de lançamento. Não há como negar que a CD Projekt Red soube fomentar expectativas, e aparentemente, pretende mais uma vez se manter como destaque nos holofotes.
Anteriormente, Cyberpunk 2077 também foi adiado, demonstrando um quadro semelhante ao que ocorreu recentemente com The Last of Us Part. 2. No entanto, o game da CD Projekt Red recebeu um prazo maior de desenvolvimento, tendo sua data migrada para Setembro. Podemos dizer o mesmo sobre o caso de Avengers, que a essa altura, já teria sido disponibilizado no Xbox One, PS4 e PC’s.
Em nota de sinceridade, todo e qualquer jogo AAA está sujeito a um possível adiamento
Infelizmente o cenário incerto causado pela pandemia do Coronavírus colocou o mundo a indústria em xeque. Por exemplo, se tratando de The Last of Us Part. 2, o maior empecilho da Sony será lidar com a parte logística, que envolve produção de mídia física e conteúdo promocional, além da distribuição global do título. Considerando a grande possibilidade de jogos como Cyberpunk 2077, Avengers, Ghost of Tsushima e muitos outros abocanharem uma boa parcela de pré-vendas, tal problema de inventário e estoque também pode acarretar em outros adiamentos maiores.
E isso sem mesmo contarmos jogos cuja data de lançamento ainda não foi revelada. Temos o caso de Halo: Infinite, Outriders (da Square Enix), Babylon’s Fall, e muitos outros. Todos possuem uma estimativa de lançamento para o decorrer do ano, mas o contexto atual acaba por tornar ainda mais complicada a noção de quando teremos algo concreto a respeito de cada título individual.
No fim das contas, múltiplas empresas estão acompanhando diariamente a situação global de isolamento e precauções necessárias. Como Jason Schreier apontou semanas atrás, a questão dos adiamentos é algo que tende a circular os arredores dos títulos de maior escopo. E isso porque, considerando a necessidade de mudanças em torno do formato de produção, todo o processo de desenvolvimento até finalização e entrega pode sofrer consequências deste intermédio. Quanto mais recurso necessário para produzir Cyberpunk 2077, por exemplo, maior será a dificuldade da CD Projekt Red em estabelecer uma linha de raciocínio que dê continuidade ao processo sem que afete essencialmente a data estipulada.