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Thomas Was Alone – Review

Pra mim, o elemento mais importante de um jogo é a história. Claro, jogabilidade, mecânicas e gráficos são muito importantes, mas a um jogo com um bom enredo me atrai muito mais. E é exatamente por isso que Thomas Was Alone me prendeu tanto, mesmo com seus gráficos simples em 2D e jogabilidade clássica de um platformer.

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Apesar de já ser relativamente velho, eu decidi escrever o review desse jogo porque ele foi lançado há pouco mais de um ano no PS3 e PS Vita e, mais ainda, porque ele foi um dos jogos gratuitos da PlayStation Plus em Abril. Thomas Was Alone é um platformer muito charmoso, que coloca o jogador no controle de alguns seres de inteligência artificial que são liberados após um problema na rede de uma empresa.

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Com esses seres, devemos passar cada fase apresentada, as vezes controlando apenas um e as vezes controlando vários. Cada ser é diferente do outro, com características diferentes, desde tamanho e cor até suas capacidades. Não vou entrar em detalhes, mas uns pulam mais alto que os outros, outros são menores e passam em espaços específicos, e assim por diante. Frequentemente você precisa utilizá-los ao mesmo tempo, expandindo ainda mais as possibilidades de level design e desafios que podem ser propostos.

Aproveitando essa variedade de personagens que podem ser utilizados, Mike Bithell consegue criar várias fases interessantes, onde o jogador deve pular barreiras, subir em plataformas e, finalmente, chegar aos “portais” que encerram a fase. Os portais têm o formato dos seres utilizados, e para que sejam ativados, todos devem estar nas suas posições ao mesmo tempo. Os desafios são muito inteligentes, mas a dificuldade acima do padrão em 2 ou 3 fases diminuem um pouco a diversão do jogo. Felizmente, é algo que acontece pouco ao longo da campanha.

O grande charme do jogo está exatamente na história, que é contada ao longo das fases. Com um excelente trabalho do narrador, com seu sotaque britânico e entonação perfeita, o jogo vai expandindo a história aos poucos. Assim, logo no inicio da campanha minha motivação para vencer as fases rapidamente mudou. Eu sempre queria saber o que ia acontecer em seguida, queria saber mais sobre aquela envolvente história que conseguia ser tão cativante, apesar de envolver meras formas geométricas coloridas pulando por aí.

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Assim como a narrativa, a trilha sonora do jogo é muito boa, dando uma camada extra à cada fase. As músicas têm uma ligação direta com a história sendo contada, o que se reflete na sensação que ela transmite. Isso faz com que o jogo e, principalmente, o enredo seja ainda mais imersivo e tocante. Thomas Was Alone consegue criar uma forte conexão do jogador com os simples quadrados e retângulos através desses elementos relativamente simples.

Infelizmente, nem tudo está no mesmo padrão dos itens já mencionados. Nos momentos onde vários seres são controlados, o sistema de seleção deles acaba sendo um pouco confuso, o que atrapalha nos momentos em que você precisa mover com rapidez os quadrados e retângulos, tornando o jogo um tanto quanto irritante em algumas partes.

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Os gráficos são os mais simples que poderíamos imaginar. Mesmo assim, o jogo é muito bonito, pois mantém uma linha de design para todas as fases, utilizando as formas geométricas e um espectro básico de cores para construir belos cenários e inteligentes desafios. O autor tinha muito bem em mente que o atrativo principal do jogo era a narrativa e as personalidades das inteligências artificiais, e fez com que os gráficos dessem suporte ao enredo.

Resumo para os preguiçosos

Apesar dos gráficos simples e minimalistas, Thomas Was Alone consegue cativar e envolver o jogador com sua excelente história, que além de bem escrita, é narrada de forma excepcional. Prepare-se para se apegar a simples formas geométricas e ficar ansioso para chegar ao final de cada fase, apenas para poder continuar ouvindo a história.

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Nota final

85
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • História e narração fenomenais
  • Trilha sonora excelente
  • Grande número de fases

Contras

  • Dificuldade de algumas (poucas) fases diminui a diversão
  • Controles e comandos poderiam ser mais bem trabalhados
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Leonardo Koakowski
Leonardo Koakowskihttp://criticalhits.com.br
Sonysta, Sommelier de Destiny e Cyber Atleta de final de semana de Rocket League