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Saints Row: Gat out of Hell – Review

A queda da antes poderosa THQ rendeu diversas propriedades intelectuais interessantes a uma gama de produtoras. Uma delas, que estava começando a ganhar sua identidade própria, era Saints Row, conhecido até então como um clone de GTA qualquer. Com Saints Row IV, a companhia mudou completamente o enfoque da trama e transformou o jogo num sandbox de super herói com muito humor. Mas o que fazer depois de conquistar até alienígenas super poderosos? Ir para o inferno, é claro.

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Em Saints Row: Gat out of Hell, você controla Johnny Gat, o humano mais poderoso e fodão da humanidade. Ele vive de assassinatos e destruição, mas é um cara legal e leal. Ele, e Kinzie, a hacker do FBI, vão ao inferno atrás do Presidente dos Estados Unidos, o líder dos Saints que foi raptado pelo diabo em pessoa para casar-se com sua filha, Jezebel. O Presidente foi escolhido para esse cargo honroso por ter causado uma destruição sem precedentes na Terra na guerra contra Zinyak em Saints Row IV, mas obviamente essa não era a intenção dele e os Saints não querem separar-se de seu líder.

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A primeira impressão que temos em Gat out of Hell é de “eu já te vi antes”. A cidade do jogo é uma versão menor e endiabrada de Steelport, a cidade onde os acontecimentos do jogo se passam. Seu objetivo é apenas um: socar a cara de satanás, e isso deve ser feito de uma maneira: interferindo nos planos dele, causando o máximo de destruição na cidade o possível e irritando o capeta. Para tal, você tem uma série de missões e atividades disponíveis no jogo, que seguem basicamente o esquema de Saints Row IV: usar o modo ragdoll para “pagar penitência” de almas e tira-las do inferno mais rápido, enfrentar os lacaios do diabo cara a cara e derrota-los dentro do inferno, enfrentar capitães e liberar mais cantos do cenário e aí pela frente.

 

Basicamente, os minigames do jogo são os mesmos de Saints Row IV, mas com uma roupagem do inferno, exceto por uma novidade no gameplay que foi inserida: você pode voar. Em Saints Row: Gat out of Hell, você recebe a auréola do diabo e com isso ganha asas. Voar é meio estranho a princípio, mas é uma tarefa bem divertida após você se acostumar, e há alguns minigames que envolvem o voo, como você catar almas que estão sendo arremessadas no chão por pura diversão do diabo, time trials e por aí vai. Além da possibilidade de voar, também há novos elementos para você controlar, como pedra, vácuo e elemento sagrado, todos fazendo bem mais sentido no inferno do que fogo, gelo, trovão, etc que estavam em Saints Row IV.

Tudo bem, até agora eu só falei sobre as características dele e não sobre o jogo ser bom de fato. E aí, qual é a dele? Bom, o jogo é divertido, mas é um Saints Row IV em escala menor. Há algumas novidades, os combates são interessantes, andar pela cidade causando o caos também, mas o jogo se desenrola tão rápido (eu terminei ele em 3h57) que a história é bem pouco exploradas. Há um monte de referências a personagens antigos da série no inferno (afinal, a maioria deles morreu) e infelizmente há pouco pouco pano pra manga, se é que vocês me entendem.

Como você pode fazer basicamente o que der na telha dentro do inferno, falta um pouco da linearidade que o jogo oferecia em Saints Row IV. A única missão obrigatória que você tem é a do endgame, e ela fica liberada bem rápido. Daí, você escolhe, dar um soco na cara do diabo ou causar mais terror na cidade pra ficar mais poderoso ainda e transformar a batalha final numa piada?

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Vale considerar também que Gat out of Hell é uma expansão e Standalone, ou seja, o jogo não tem a pretensão de ser um Saints Row V, e isso fica bem claro desde o começo, mas quem sabe poderíamos ter um pouco mais de história do que simplesmente entre no inferno, soque o diabo na cara, escolha um dos finais e repita os dois últimos passos caso você queira ver novos finais.

Vejam bem, eu não estou reclamando que o jogo é chato. Eu me diverti bastante com ele. Pena que foram só quatro horas. A genialidade de Saints Row IV não estava em andar pelo mapa tocando o terror e sim no humor do jogo, na singularidade das missões do game (como a missão em que você joga um sidescoller beat them up no melhor estilo Streets of Rage, inclusive com os sons feitos no processador de áudio do Mega Drive) e no fato dele durar bem mais do que apenas 5 ou 6 horas para chegar aos 100%.

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Graficamente, Gat out of Hell usa a mesma engine gráfica de Saints Row IV. O jogo rodou numa boa no Ultra no meu PC sem engasgos e mantendo os 60 frames por segundo sem quedas. As animações também ficaram boas e, de fato, o jogo parece mais bonito rodando no PC do que eu havia achado Saints Row IV no Xbox 360, mas também deve-se levar em consideração o fato dele ser um console de 2005. A trilha sonora do jogo é outro ponto negativo do jogo. A de Saints Row IV tinha músicas que se encaixavam perfeitamente com os momentos, já aqui, faltou isso. As músicas são bem genéricas e pouco inspiradas.

Review elaborado com uma cópia para PC de Saints Row: Gat ouf ot Hell fornecida pela Deep Silver antes do lançamento do jogo.

Resumo para os preguiçosos

Saints Row: Gat out of Hell é uma versão condensada de Saints Row IV. Infelizmente, não há muito espaço para desenvolver a história e os personagens da maneira como só Saints Row consegue. A moral do jogo é entrar no inferno, causar confusão, dar umas risadas, ficar forte, encher o diabo de porrada e ver um dos finais. Se isso é o suficiente para você, maravilha. Eu fiquei querendo mais, já que o jogo tinha potencial pra ser bem melhor.

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Nota final

75
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Voar é bem divertido
  • Novos elementos
  • Alguns momentos sensacionais na história

Contras

  • Curto demais
  • Trilha sonora abaixo do esperado
  • Realmente curto, a história podia ser algo mais do que vim, vi, venci.
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.