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Nidhogg 2 – Review

Nidhogg é um dos jogos modernos mais simples que podemos encontrar por aí, com visual inferior a muitos jogos do Atari, mas mesmo assim o game conquistou fama – e encheu os bolsos da Messhof Games de dinheiro – por sua jogabilidade extremamente competente que proporcionava ótimos momentos de tensão seguidos por gargalhadas nas jogatinas entre amigos. Com o sucesso do primeiro jogo, é claro que a desenvolvedora iria ordenhar a vaca e anunciou Nidhogg 2, título que possui as mesmas raízes de seu antecessor, mas uma série de novidades muito bem vindas.

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A primeira grande diferença que pode ser notada em Nidhogg 2 está no visual, sendo que agora sim podemos falar que o jogo tem identidade própria se tratando da parte gráfica. A Messhof Games não poupou esforços em deixar o jogo com visual grotesco e podemos notar isso nos detalhes de cada mapa, nas personalizações dos personagens e, é claro, no modo como as tripas de seu adversário se esparramam quando você fura o bucho dele com uma espada ou lhe atravessa o crânio com uma flecha.

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Sim, Nidhogg 2 também conta com um arsenal bem maior disponível para os jogadores, sendo que estas armas aparecem aleatoriamente nas mãos do personagem que foi morto a cada respawn. Elas podem ser atiradas no adversário e ficam no chão enquanto a batalha estiver naquela área do mapa, podendo ser reutilizadas para surpreender o inimigo a qualquer momento. Dentre as armas disponíveis temos a espada de esgrima, a espada longa, o cutelo  e o arco e flecha.

Cada uma destas armas funciona de maneira diferente, tendo vantagens e desvantagens perante outras. Um ataque com a espada de esgrima, por exemplo, é bem mais rápido do que um com a espada longa, porém esta segunda pode atingir inimigos que estejam numa plataforma elevada e aumenta o seu raio de defesa para objetos atirados. A jogabilidade de Nidhogg 2 mostra toda sua competência no uso dessas armas e para ataque e defesa, sendo que elas podem ser usadas não só para evitar que a sua cabeça seja decepada por um projétil ou dilacerar seu oponente, mas também para desarmá-lo.

Personagens desarmados, felizmente, não são um peso morto, e desde que o jogador saiba ler os movimentos do seu oponente, é possível sobreviver à investida e contra atacar com uma série de socos e chutes que transformam o corpo inimigo em geleia – o jogo é bem exagerado nesses aspectos. Apesar de gostar da variedade de armas, achei que o personagem que spawnava com o arco e flecha sempre estava em desvantagem em relação ao outro, um pouco de balanceamento cairia bem.

O objetivo principal do jogo segue o mesmo: matar seu adversário e avançar de pouco em pouco por três áreas para ser declarado o campeão (ou apenas desarmá-lo e sair correndo e rindo enquanto o vê correndo atrás de você). O troféu do campeão é ser devorado por uma simpática minhoca gigante, que combina muito bem com o atual visual do jogo.

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Não é tarefa fácil chegar ao final dos mapas e enquanto alguns possuem apenas plataformas com abismos entre elas – nos quais você sempre acaba caindo – outros possuem obstáculos mais desafiadores, como o frigorífico da imagem acima, que literalmente mói o personagem que resolver andar por cima de seus moedores.

Há uma grande variedade de mapas disponíveis e nenhum deles chega a ser cansativo, o que é muito bom. Cada um possui características próprias que mostram ao jogador que nem sempre correr balançando a espada é a melhor das decisões, como o mapa do castelo que possui diversas portas que beneficiam o jogador com a arma mais rápida ou o do pântano que possui em uma das áreas capim que pode esconder qualquer arma.

Nidhogg 2 provoca nos jogadores a mesma tensão que o primeiro jogo provocava, os fazendo ficar parados vários segundos tentando adivinhar qual será o próximo movimento do oponente. Sua jogabilidade extremamente bem feita – que agrada até nos momentos de imprecisão – e seu matchmaking rápido que não conta com nenhum lag, são o que faz o game ser outro sucesso.

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Nidhogg 2

É claro que não dava pra tudo ser perfeito e, assim como o visual, nos deparamos com quedas de frames grotescas em alguns mapas específicos, como o castelo onde essas labaredas da imagem acima acabam completamente com o clima competitivo e deixam a sorte na mão do jogador que ficar com menos lag; outros mapas apresentam algumas quedas pontuais na taxa de quadros, que não chega a atrapalhar completamente a jogatina e talvez cause apenas uma morte. Felizmente a grande maioria apresenta jogabilidade bem fluida e sendo que os problemas de performance são poucos podemos ter certeza que Nidhogg 2 estará 100% em pouquíssimo tempo.

Nós do Critical Hits recebemos duas cópias do jogo para review e não preciso dizer que ESMERILHEI o David Brito na maioria dos duelos. Não conseguimos gravar a jogatina para mostrar em vídeo o quão divertido e hilário Nidhogg 2 é, mas deixamos nossa recomendação e a certeza de que esse é um jogo que vale seu tempo e dinheiro, contanto que você jogue com um amigo, assim como o antecessor foi.

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Review elaborado utilizando duas cópias do jogo para PC fornecidas pela publisher.

Resumo para os preguiçosos

Nidhogg 2 consegue evoluir todos os aspectos que já eram bons em seu antecessor, sendo ainda mais engraçado e proporcionando momentos de diversão muito maiores em duelos entre amigos, que agora não se limitam a espadas, mas também a arcos e flechas e cutelos que sempre estarão voando na direção da cabeça de alguém. Sua jogabilidade é muito acertada e seu visual grotesco dá uma identidade única para a série que certamente continuará evoluindo e sendo ordenhada pela Messhof Games nos próximos anos.

Nota final

90
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Divertido e hilário
  • Jogabilidade competente cheia de possibilidades
  • Boa variedade de armas
  • Boa variedade de mapas e personalizações para personagens
  • Visual grotesco dá identidade ao jogo

Contras

  • Desbalanceamento entre armas
  • Problemas de performance
  • Preço de lançamento um pouco salgado
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Rafael Oliveira
Rafael Oliveirahttp://criticalhits.com.br
Rafael Oliveira faz análise de jogos, filmes e séries regularmente para o Critical Hits, além de postar notícias e artigos esporadicamente. Acha que Shadow of the Colossus é o melhor jogo já feito, é fanboy de Steins;Gate e tem um lugar especial no coração para Platformers, RPGs e Metroidvanias.