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3 momentos que mexeram com o jogador

Sabe quando um jogo ultrapassa as barreiras de um simples lazer, e praticamente te coloca na pele de um personagem, passando as emoções junto com ele, como se fosse você vivendo essa situação?

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Momentos de alegria, de explosão, ou de tristeza e reflexão, podem acabar sendo eternizados na sua lembrança, tanto pelo momento em si quanto por sua reação a esses momentos, e no artigo de hoje, este que vos escreve tentará listar alguns desses momentos, explicitando o motivo de cada um. Logicamente, o ponto de vista acabará sendo um pouco mais pessoal dessa vez, e esse artigo contém vários spoilers, então leia por sua conta e risco.

 

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Morte de Jason em Heavy Rain:

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Era possível escolher vários momentos de Heavy Rain para figurar na lista, então por que não pegar o começo do jogo para isso?  Vamos lembrar aqui o quanto o jogo foi sacana para isso: O começo do jogo é uma espécie de tutorial para os controles, e nele você passa o dia com seus dois filhos, brincando de luta de espadas, rodando-os e vendo-os se divertir com isso. Você acaba realmente se sentindo o pai daquelas crianças.

Então, ao ver que tinha perdido um deles no meio de um shopping lotado, o misto da sensação de incompetência com o desespero para encontrar o garoto é praticamente inevitável. Isso só piora ainda mais quando você vê Jason atravessando a rua e um carro vindo em sua direção em alta velocidade. Você simplesmente sabe que o pior está por vir, e o quanto o jogo vai mexer com suas emoções.

Descobrir que você é um assassino maluco em The Last of Us:

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Outro jogo que parece ser especialista na arte de te fazer ser parte do universo da trama, é The Last of Us.  Chega um ponto que é inevitável que você use a primeira pessoa ao falar das experiências de Joel durante o jogo, mas no momento mais forte pra mim, ele/eu não estava presente.

O primeiro encontro entre Ellie e David, que era pra ser apenas uma negociação de escambo necessária para a situação atual, acabou tomando proporções mais graves do que as esperadas, quando David conta que, ao mandar alguns homens de seu grupo atrás de suprimentos, os poucos que voltaram relataram que o restante do grupo havia sido assassinado por um maluco acompanhado de uma garotinha.

Mas peraí… Quer dizer que aqueles não eram simples NPC’s, adicionados apenas pra ter mais ação e dificuldade no jogo? Quer dizer que aqueles que eu matei só pra me divertir com uma partida normal de um shooter em terceira pessoa também eram personagens em busca de sobrevivência? Eu sou um assassino? Essa série de perguntas foi causada por um brainstorm inigualável no momento da revelação. Pela primeira vez, um jogo me causou uma sensação diferente em algo tão banal nos videogames: Peso na consciência por matar.

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Morte de Lee em The Walking Dead:

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Vocês achavam mesmo que The Walking Dead ficaria de fora?  A relação entre Lee e Clementine, e toda a sensação de obrigação de protegê-la foi a parte mais importante da trama da primeira temporada.

Por isso, o final do jogo é muito intenso: Ver Lee, sabendo que não sobreviveria, dando todas as instruções para aquela garotinha, que, antes de ser encontrada por ele, era quase indefesa, sobre como sobreviver naquele ambiente tão hostil, e pedindo que a própria lhe dê um tiro de misericórdia, antes que ele se transformasse é provavelmente o momento mais emocional que eu consigo me lembrar em um jogo. Tanto que esse foi o primeiro, e único, momento que chegou a causar um certo suor masculino escorrendo em meus olhos.

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Vander Lissi
Vander Lissihttp://criticalhits.com.br
Vanderlei Rodrigues Lissi é colaborador do Critical Hits. Mascote da equipe, ele, que prefere ser chamado de Vander,talvez por não aguentar mais piadinhas na pré-escola com aquele técnico de futebol, até hoje ainda acha que Pokémon Stadium é o melhor jogo dos monstrinhos de bolso.