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Call of Duty: Infinite Warfare – Review

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A Infinity Ward foi responsável por revolucionar o gênero de tiro em primeira pessoa há 10 anos, com Call of Duty: Modern Warfare. Desde então, a franquia tem recebido lançamentos anuais e um certo ranço foi se formando contra Call of Duty, que acabou culminando na rejeição extrema ao trailer de anúncio de Infinite Warfare. De lá para cá, a companhia tem trabalho numa campanha de recuperação dos fãs, que de nada serviria se Infinite Warfare fosse um título bom, então estamos aqui para responde: Call of Duty: Infinite Warfare vale a pena? É o que vamos descobrir.

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Call of Duty: Infinite Warfare começa como basicamente qualquer um dos últimos Call of Duty: você está numa missão tutorial quando algo dá errado, o vilão é apresentado e o seu personagem tem algum destino trágico. Felizmente, a mesmice de sempre da campanha acaba logo nessa introdução, e mudamos o foco para o Capitão Nick Reyes, que comanda a nave Terrestre Retribution, e deve combater o Almirante Salen Kotch, comandante das tropas do Settlement Defense Front (SDF), um governo extremista que tomou conta de Marte e se rebelou contra o planeta Terra. Agora, os planetas entraram em guerra, e você deve defender a Terra de uma invasão de Marte.

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Diferente do que vimos nos últimos anos, a campanha de Call of Duty Infinite Warfare não é linear, e sim uma sequência de missões que pode ser escolhida por você. A história é contada em ordem, obviamente, mas como você está na Ponte de Comando da Retribution, você pode escolher qual missão vai jogar em sequência, se uma missão da história principal, ou uma das várias missões extras que o jogo tem. Tanto na campanha quanto nas missões extras, você pode joga no esquema de gameplay tradicional de Call of Duty, ou seja, missões onde você avança e atira nos inimigos, e também em missões de combate aéreo, transformando assim Infinite Warfare num jogo de tiroteio espacial. Essa novidade no gameplay é bem interessante, e as missões de combate espacial são muito divertidas e uma bela quebra na monotonia que a campanha geraria normalmente.

Essas missões extras envolvem a caça de Reyes aos mais procurados do espaço, e ao enfraquecimento das posições do SDF na guerra entre essa organização e a Terra. A cada missão concluída, você ganha novos equipamentos para as suas armas e para a sua nave espacial. Apesar das missões extras não serem tão longas assim, eu acabei achando que elas são longas o suficiente para serem divertidas servirem como distração enquanto você descansa um pouco para seguir na campanha. Além disso, mesmo nas missões onde você controla Reyes como soldado, nem sempre o seu objetivo é atirar em tudo. Há uma missão, por exemplo, onde você se infiltra em uma nave espacial inimiga e deve sabotá-la sem ser detectado pelos inimigos, numa das melhores missões do jogo.

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A campanha principal de Infinite Warfare não muda muito em relação ao que estamos acostumados nos outros Call of Duty, muita explosão, alguns momentos em que você quer se matar por causa dos inimigos que estão atirando em você sabe-se de lá onde e assim por diante, mas pelo menos neste caso temos personagens interessantes e até carismáticos, como Reyes, o robô Ethan e a comandada de Reyes, a tenente Salter. Uma decepção, entretanto, fica no Almirante Salen Kotch, interpretado por Kit Harrington. O personagem não tem nenhum momento digno de um vilão carismático durante o jogo, e não passa de um psicopata com uma arma na mão. É uma pena. Outro detalhe, também, onde a campanha de Infinite Warfare não brilha é no design das missões. Apesar do jogo contar com as adições de gameplay que têm sido o padrão de Call of Duty há três anos, como pulo duplo e mobilidade estendida, essas novidades pouco são usadas nas fases.

Uma novidade do jogo que também não é tão explorada assim é o combate em zero g. Nesse caso, eu achei a movimentação do jogo ruim, e como você está flutuando, você acaba sendo um alvo fácil para as (muitas) balas que vêm na sua direção. Fora isso, o jogo adiciona algumas novidades na campanha como um escudo balístico bem útil e como a possibilidade de hackear robôs para que eles se explodam e matem os inimigos que estariam bem escondidos e atirando em você. Resumindo: a campanha é boa. É muito melhor do que Ghosts, o último Call of Duty da Infinite Warfare, mas, não está no mesmo nível de Modern Warfare, jogo remasterizado que foi lançado como bônus de Infinite Warfare.

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Nos modos multiplayer de Infinite Warfare, você basicamente vai encontrar o mesmo que você encontrou nos últimos jogos da franquia. Sinceramente, eu consigo ver pouca diferença no tiroteio multiplayer de Advanced Warfare, Black Ops 3 e Infinite Warfare. O que muda mesmo é o sistema de progressão do seu personagem dentro do multiplayer. Agora, não há mais nível do personagem e nível da arma, e sim nível do personagem, nível que você tem nas missões que o seu comandante te dá e chaves, que servem para você receber care packages e ganhar novos equipamentos para o seu soldado.

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Esse sistema novo de loot não é bom, pois o seu progresso no multiplayer depende basicamente da sorte, e de quanto tempo você fica brigando com o gerador de números aleatórios do jogo. Todo o equipamento que você ganha aqui depende da sorte, ou seja, se você quer um certo equipamento, boa sorte, pois você vai acabar precisando bastante dela para tirá-lo nos sorteios. Para completar, o modo zombies do jogo desta vez se passa no espaço, e é um dos modos zombie mais divertidos que Call of Duty já teve, apesar de eu não ser tão fã assim desse modo de jogo.

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Graficamente, Infinite Warfare é realmente bonito e fluído, e vai agradar aos fãs, tanto no PC quanto nos consoles. O jogo, como de costume, conta com uma bela trilha sonora e trabalho de dublagem que não vai decepcionar os jogadores.

Review elaborado com uma cópia do jogo para PS4 fornecida pela Activision do Brasil.

Resumo para os preguiçosos

Call of Duty Infinite Warfare é um jogo divertido com uma boa campanha, missões extras interessantes e o multiplayer do qual estamos acostumamos. Fãs da franquia que gostam da temática ultra moderna de Call of Duty certamente vão gostar do jogo, mas se você procura mudanças radicais na franquia, esse não é o seu jogo.

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Nota final

80
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • As missões extras da campanha foram uma boa ideia
  • Boas sequências de batalha espacial
  • Tanto o protagonista quanto o robô dele formam uma boa parceria durante o jogo
  • Modo zombies bastante divertido

Contras

  • O vilão do jogo não é bem explorado
  • O loot do modo multiplayer é 100% baseado na sorte e na paciência do jogador
  • Sequências de batalha em zero gravidade não são tão bem trabalhadas assim
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.