PUBLICIDADE
InícioReviewsBatman - The Telltale Series - Realm of Shadows - Review

Batman – The Telltale Series – Realm of Shadows – Review

Atualização: a versão de PC do jogo recebeu um patch e agora está rodando como deveria. Os comentários sobre os problemas dessa versão foram mantidos no review, mas riscados pois já não valem mais.

PUBLICIDADE

Batman é provavelmente o herói mais famoso de todos os tempos, e nós, jogadores de games, convivemos com ele por um bom tempo na franquia Arkham e no jogo de luta Injustice. Quando a Telltale anunciou um jogo baseado no herói, eu não sabia bem o que esperar, ainda mais porque os jogos recentes da companhia, como Game of Thrones e The Walking Dead Season 2 pouca ação mostraram, sendo mais “filmes interativos” do que jogos em si. Com o lançamento do primeiro capítulo, podemos começar a responder a essa pergunta: será que Batman se adapta ao estilo de jogo da companhia?

PUBLICIDADE

Felizmente, a resposta inicial é sim. O começo do jogo já mostra que você vai ser bombardeado de QTEs durante as cenas de ação, que não foram tantas como se estivéssemos jogando Arkham City, por exemplo, mas o suficiente para que eu tivesse que dedicar toda a minha atenção ao jogo. Durante os combates, as sequências geralmente exigem o botão direcional para bloquear ataques e também para atacar, assim como os botões normais do controle. Além disso, algo muito útil adicionado pela Telltale foi um medidor de especial do Batman, que, quando cheio, pode encerrar a luta na hora, pro caso de você não estiver muito afim de ficar passando por todos os QTEs da sequência de combate onde você estiver.

As sequências de ação são logo seguidas de cenas de conversa, seja entre Batman e o (até o momento) Tenente Gordon, seja entre Batman e os vilões. Logo após a sequência inicial, que serve para dar o tom de como os combates do jogo e a maioria das cenas do Batman serão, o jogo muda para a verdadeira identidade do Homem Morcego: Bruce Wayne, onde o primeiro capítulo do jogo mais gasta tempo.

Sem dar spoilers, é possível detectar nos primeiros instantes do jogo que provavelmente estamos dentro do Ano 1 de Batman, já que Gordon ainda é um tenente, o prefeito e o comissário são corruptos e Carmine Falcone praticamente comanda a cidade. Para combatê-los, Bruce Wayne está apoiando Harvey Dent para prefeito, e parte importante do capítulo envolve você ajudando-o nessa campanha e entrando em conflito com Falcone para manter o nome da família Wayne intacto.

As cenas de Bruce Wayne no jogo ocupam mais da metade do episódio, e eu sinceramente gostei delas. É bom ver o que se passa na cabeça do bilionário fora do traje de Homem Morcego, e a Telltale fez um bom trabalho em dar um ar mais humano para o personagem, que ainda é odiado tanto pelos inimigos quanto pela população que ele se arrisca toda noite para proteger. As cenas entre Wayne e Alfred lembram bastante as cenas da trilogia tão bem criada por Christopher Nolan, apesar da Telltale ter tomado algumas liberdades na mitologia de Batman, como transformar Bruce e Oswald Cobblepot em amigos de infância, além de deixa-lo parecendo um completo doido da cabeça no jogo.

batman-the-telltale-series-03

PUBLICIDADE

Voltando para o Batman, o jogo ainda faz um bom trabalho em mostrar como as sequências de detetive vão operar. O modo, inclusive, funciona melhor do que nos jogos da franquia Arkham. Aqui, você deve ir combinando as pistas apresentadas na cena do crime para tentar entender o que aconteceu. As possibilidades são várias, e essa cena em questão dá margem para eventos que ainda não foram revelados durante o episódio.

Outra característica muito interessante das sequências com o Homem Morcego são os interrogatórios. Neles, você pode escolher o que você vai fazer com os criminosos, entre quebrar ossos, enchê-los de porrada e assim por diante. Como Batman trava várias guerras (e uma delas é para passar a imagem de que ele está lá para salvar a cidade), você pode escolher entre ajudar essa imagem ou simplesmente rachar a cabeça dos inimigos, afinal, eles são a escória da sociedade. Vale ressaltar aqui que o jogo tem um furo de enredo num momento, onde eu podia escolher entre surrar um bandido ou não, e o jogo me repreendeu por surrá-lo (na figura do Alfred) mesmo eu não tendo feito isso.

Um dos pontos que eu mais gostei nesse episódio é que, diferente de outros jogos da Telltale, ele realmente passa a impressão de episódio. Você pode distinguir facilmente começo, meio e fim do capítulo e ainda ficar com muita vontade de que o próximo episódio chegue, o que é muito bom, já que eu ultimamente não gostava de jogar o primeiro capítulo dos jogos da Telltale por sentir que havia muita enrolação e muito setup para pouca entrega de história. Nesse caso, não, você provavelmente vai jogar o jogo, sentir-se satisfeito com o que é mostrado e ficar querendo mais, como eu quis.

PUBLICIDADE

batman-the-telltale-series-01

Graficamente, é possível ver que a nova engine usada pela Telltale mostra melhorias nos gráficos do jogo, mas aqui vale fazer uma grande ressalva: a versão de PC está funcionando MUITO mal. Eu ia fazer o review do jogo no meu computador (Core i7 4790k, 16gb de ram, GeForce GTX 770) mas foi simplesmente impossível, já que o jogo rodava a 10 FPS nele. No PlayStation 4, o jogo rodou muito melhor, apesar de alguns slowdowns que são detectáveis. Se você está pretendendo jogar Batman – A Telltale Series no seu PC, eu realmente recomendo que você espere, pois o jogo está praticamente injogável nessa plataforma nesse momento.

Ainda sobre os problemas da versão de PC, vale lembrar que o jogo vem sem suporte a controle nela, e que o ponteiro do mouse é extremamente lento, devido ao baixo FPS que o jogo estava apresentando, tornando a experiência não só frustrante de lenta como praticamente injogável, já que o jogo volta e meia faz você fazer escolhas rápidas.

PUBLICIDADE

A trilha sonora do jogo é muito bem conduzida, e a dublagem do game também é muito boa, cortesia, para variar, de Troy Baker, que faz um bom Bruce Wayne. Vale ressaltar ainda que esse é o primeiro jogo da Telltale a oficialmente vir legendado em português! Quem não manja muito do idioma yankee (você deveria) vai conseguir entender tudo o que está acontecendo aqui, exceto em uma cena, onde a sequência de escolha de resposta apresentou escolhas que não faziam o menor sentido em relação ao que estava ocorrendo.

Review elaborado com uma cópia para PlayStation 4 fornecida pela Telltale Games. 

Resumo para os preguiçosos

Batman – A Telltale Game Series – Realm of Shadows é um excelente começo de série. O jogo tem bastante interação, uma história bem interessante e, melhor de tudo, apresenta começo, meio e fim no episódio, além de introduzir um acontecimento que vai deixar você com muita vontade de que o próximo capítulo chegue, se você jogar o jogo nos consoles. Infelizmente a versão de PC no momento está rodando muito mal e, se essa é a sua plataforma de preferência, é melhor esperar que uma atualização seja lançada para ela e que o jogo fique minimamente jogável lá. Se você joga no PC, lembre-se: a nota dada aqui é a da versão de PS4, que foi a avaliada. No PC, o jogo está sem nota pela impossibilidade de ser jogado lá.

PUBLICIDADE

Nota final

85
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Bom enredo e desenvolvimento de personagens
  • Várias cenas com Bruce Wayne
  • Ótima alternância entre cenas de conversa, de ação e de detetive
  • Bela dublagem
  • Finalmente um jogo da Telltale com legendas em português

Contras

  • A versão de PC está injogável (baixo FPS, lag, sem suporte a controles). Corrigido
  • Algumas quedas de framerate no PS4
  • Uma sequência no jogo com a tradução sem o mínimo sentido
PUBLICIDADE

3 COMENTÁRIOS

Comments are closed.

Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.